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A escassez de médicos de família em áreas rurais: uma revisão integrativa
(UNISA, 2024) Silva, Kleber Rene da
INTRODUÇÃO: Hoje, mais de 50% da população mundial é rural, mas apenas 23% dos profissionais de saúde atuam nesse meio. Além disso, 56% das pessoas que vivem na zona rural não são cobertas por serviços de Atenção Primária à Saúde. Fatores que influenciam esse cenário são educação em saúde, investimentos em saúde e discrepância salarial entre outros. O objetivo deste estudo foi identificar as dificuldades relacionadas à escassez de médicos de família em áreas rurais e integrar as soluções encontradas usando as variáveis qualitativas “educação em saúde”, “investimentos em saúde” e a “discrepância salarial”. METODOLOGIA: Foi feita uma revisão integrativa buscando por artigos nas bases pubmed, scielo e Lilacs no período de agosto de 2024 a novembro de 2024 usando a estratégia população (médicos de família), conceito (educação em saúde, investimentos em saúde e disparidade salarial) e contexto (áreas rurais) buscando os termos Decs/Mesh “medicina de famila/ family medicine”, “rural/rural” e “escassez/shortage” e os booleanos “e/and”, “ou/or”; em artigos publicados nos últimos 10 anos. A apresentação do estudo seguiu o protocolo Standards for Reporting Qualitative Research da Association of American Medical Colleges. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontradas 197 publicações, das quais 78 foram incluídas pelos critérios de inclusão. A escassez de médicos de família em áreas rurais é uma realidade em muitos países, independentemente de sua condição territorial e econômica. Observam-se muitos projetos promissores que não obtêm sucesso na captação e retenção de longo prazo de acadêmicos e profissionais pela falta de investimentos em saúde e disparidade salarial. A pesquisa científica em medicina rural também não tem sido incentivada de maneira a atrair pessoas e recursos. Fatores subjetivos podem adicionar influências na escolha entre a prática rural e urbana. CONCLUSÃO: Conclui-se que é necessária uma articulação mais robusta entre os projetos dos setores acadêmicos e profissionais e as parcerias públicas e privadas, tanto nacionais quanto locais, a fim de equilibrar necessidades, recursos e desenvolvimento. Assim, será possível garantir à população rural acesso à assistência primária, com um médico de família cuja remuneração seja equivalente à dos centros urbanos.
A importância da metodologia “análise do comportamento aplicada” (Metodologia ABA) na qualidade de vida dos pacientes dentro do espectro autista
(UNISA, 2024) Martins, Isadora Araújo; Luca, Pietra Maria de; Andrade, Sarah Germano
INTRODUÇÃO: Este estudo tem como proposta entender como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) auxilia no tratamento de pessoas com o transtorno do espectro autista. Foram observados os diferentes tipos de terapias, o impacto dessas terapias nos pacientes e como a metodologia ABA se comporta em cada paciente, individualmente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: Para isso, foi realizado um estudo de coorte em uma clínica especializada no tratamento de pessoas autistas pelo método ABA, por meio da análise de prontuários de pacientes com o diagnóstico realizado na clínica entre o período de 2021 a 2024 que estão em tratamento por, no mínimo, 6 meses. RESULTADO: Foram analisadas as diversas terapias e como elas agem nos indivíduos autistas. A aplicação da psicomotricidade, terapia ocupacional, psicoterapia, fonoaudiologia e psicopedagogia geram uma melhoria na autonomia, socialização, comunicação, cognição, coordenação motora, emocional, autoestima, habilidades acadêmicas e interação familiar, além de diminuir episódios de ansiedade e comportamentos desafiadores e agressivos. A maioria dos pacientes recebe terapias combinadas, com destaque para fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento multidisciplinar e individualizado promove um grande avanço no bem-estar e na qualidade de vida dos pacientes autistas, as tornando mais confiantes, desenvolvidas, inclusas e autônomas, além de melhorar a relação entre o paciente e o ambiente ao seu redor.
A incidência de sífilis na grande São Paulo pré e durante a pandemia por Covid-19
(UNISA, 2024) Paiva, Aline Garcia de; Santiago, Isabelle Reis; Teixeira, Laura Galego; Papa, Livia Giampiccolo; Sala, Maria Fernanda
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença sistêmica humana, de notificação compulsória, causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela é transmitida pelo contato sexual, sanguíneo ou de forma vertical para o feto durante a gestação de uma mãe não tratada ou tratada inadequadamente. O diagnóstico depende da história do paciente e a detecção de antígenos ou anticorpos por meio de testes laboratoriais. Seu tratamento é realizado com Penicilina Benzatina, com dosagem variável de acordo com o estágio da doença e a prevenção é o uso de preservativos sexuais masculinos ou femininos. Uma vez que a sífilis é uma patologia que afeta amplamente a população, fez-se necessário a realização de um estudo que verifique o comportamento epidemiológico desta infecção durante períodos com maior ou menor contato entre os indivíduos, como na pandemia por COVID-19. Desta forma, este trabalho tem como objetivo comparar a incidência de sífilis nos anos de 2018 e 2020 na grande São Paulo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo e analítico dos casos de sífilis adquirida, no qual os dados serão obtidos a partir dos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Devido à alta morbimortalidade da COVID-19, foi instituído no Brasil, em 2020, medidas de restrição de contato, que culminaram na diminuição do número de casos de sífilis adquirida notificados durante este ano, quando comparados a 2018. No entanto, é relevante destacar que durante o período pandêmico, houve um grande apelo mundial para que as pessoas só procurassem os serviços de saúde em caso de sintomas respiratórios, o que pode ter levado a uma subnotificação dos casos de sífilis. Ao analisar a sua incidência entre homens e mulheres, nota-se que é maior na população masculina, cuja lesão primária é de fácil visualização, diferente das mulheres. Quanto ao comportamento epidemiológico por grupo etário, observa-se uma maior notificação de casos na população de 20 a 39 anos, o que pode estar relacionado a um comportamento de risco, visto que este foi o grupo etário com maior incidência de casos de sífilis notificados durante o ano de 2020. Em contrapartida, observou-se, também, uma queda nos casos nas faixas etárias de 60 a 69 anos e 70+ durante a pandemia. Sabendo da alta incidência de sífilis na população, o Ministério da Saúde criou em 2017 a Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis no Brasil, visando a diminuição da sífilis adquirida, gestacional e congênita. No entanto, apesar da abordagem ampla, acredita-se que a estratégia utilizada não se mostrou eficaz, uma vez que a incidência geral da doença foi elevada em 2018, reduzindo apenas em 2020. CONCLUSÃO: Diante do exposto, conclui-se que, de modo geral, o período de isolamento social decorrente da pandemia por COVID-19 impactou na quantidade de casos de sífilis notificados na grande São Paulo.
A influência da palhaçoterapia no atendimento infantil ambulatorial
(UNISA, 2024) Paula, Beatriz Leite de; Pereira, Camila Gomes; Paixão, Rebeca Bressan
A palhaçoterapia ou terapia do riso é uma ferramenta que pode ser utilizada no ambiente de saúde para diminuir a tensão e tornar o ambiente mais alegre, no Brasil, essa prática foi inserida por Wellington Nogueira, em 1991, quando fundou o grupo "Doutores da Alegria". Encontram-se estudos promissores quanto ao uso da palhaçoterapia no ambiente hospitalar e na melhora do quadro de saúde das crianças, porém não há dados que demonstrem esse recurso sendo utilizado no ambiente ambulatorial, tendo isso em vista, é útil um estudo que avalie o uso da palhaçoterapia no atendimento ambulatorial infantil para que saiba se é eficaz. Neste trabalho, busca-se avaliar a influência da palhaçoterapia na espera da consulta no ambiente ambulatorial, demonstrar se a intervenção lúdica é capaz de diminuir o medo e estresse das crianças na espera das consultas, explicar como pode ser considerado a palhaçoterapia como terapia não farmacológica no alívio da ansiedade no ambiente ambulatorial e avaliar se a intervenção terapêutica é aceita pelo público-alvo (infantil). A Pesquisa é transversal de avaliação da percepção dos pais e/ou responsáveis sobre a criança, intervenção lúdica dos palhaços no ambulatório de pediatria, seguida de formulário para avaliação do impacto da intervenção. Quando perguntados sobre a percepção da intervenção lúdica com palhaços como benéfica para o comportamento das crianças, a maioria dos responsáveis respondeu positivamente, em questões como "Você acha que sua criança gostaria que houvesse sempre a interação com os palhaços?" e "Você acredita que a palhaçoterapia ajuda as crianças a perderem o medo de ir ao médico ou a ficarem menos ansiosas?", todas as respostas foram 100% positivas. A análise coletada durante a pesquisa se mostrou eficiente quando tratado a intervenção dos palhaços no ambiente ambulatorial trazendo dados promissores.
A influência do aleitamento materno sobre o desenvolvimento neurocognitivo
(UNISA, 2024) Sá, Aline Pereira da Silva; Silva, Gabriela Ribeiro da
Introdução: Segundo a neurociência, o delineamento do encéfalo humano depende de manifestações genéticas e estímulos ambientais, incluindo o aleitamento materno exclusivo (AME). Desde os anos 90, a literatura destaca os benefícios do AME como modulador das funções neurocognitivas. Apesar disso, mantê-lo ainda é um desafio para muitas nutrizes, devido às questões biopsicossociais do puerpério, sobretudo, a banalização das angústias maternas pelos profissionais de saúde e a fragilidade da rede de apoio. Sendo assim, reunir evidências sobre os benefícios da amamentação contribuem para uma melhor abordagem profissional e social do AME e no fornecimento de informações às mães. Portanto, o objetivo deste trabalho foi conhecer como o AME influencia o desenvolvimento neurocognitivo e entender porque isso acontece. Metodologia: Essa revisão analisou artigos científicos em português e inglês publicados entre 2013 e 2023, nas bases de dados Pubmed e Scielo. Os descritores utilizados foram “Breastfeeding”, “neurocognitive development”, “cognitive development”. Artigos repetidos, sem relação com o tema ou com participantes nascidos pré-termo foram excluídos. Resultados e discussão: 324 estudos foram encontrados, 23 satisfizeram os critérios de inclusão e exclusão. Segundo as evidências, crianças que amamentaram por mais de 6 meses tiveram melhores resultados cognitivos nos primeiros anos de vida, maiores níveis de quociente de inteligência (QI) na infância, melhores notas em testes educacionais na adolescência e maior média salarial na vida adulta. Além disso, ao longo da vida, esses indivíduos apresentaram autorregulação mais elaborada e menos problemas de conduta e psicopatologias frente às exigências sociais. Esses resultados atrelados ao AME são o reflexo do amplo desenvolvimento de vias cerebrais associadas, principalmente, à função de linguagem, memória verbal e tomada de decisões. As bases biológicas para esses efeitos estão atreladas às propriedades nutricionais do leite materno, rico em ácidos graxos poliinsaturados, glicocorticoides, vitaminas, minerais e micronutrientes, e ao vínculo mãe-bebê que a amamentação proporciona. Conclusão: A amamentação exclusiva e prolongada está ligada a melhorias no desempenho cognitivo, emocional, intelectual, social e econômico relacionadas à riqueza nutricional do leite materno e do vínculo mãe-bebê. Seus benefícios persistem à passagem do tempo e ultrapassam os limites individuais, favorecendo a sociedade como um todo.
A obesidade como fator predisponente para a puberdade precoce
(2024) Mingrone, Cláudia; Narchi, Gustavo; Beani, Isadora; Toledo, Vitoria
Introdução: A obesidade em crianças e adolescentes é um problema crescente de saúde pública, associado a complicações de saúde, como o desenvolvimento de puberdade precoce. Este trabalho buscou avaliar a relação entre obesidade infantil e puberdade precoce, destacando diferenças entre os sexos, principais consequências da puberdade precoce associada à obesidade e estratégias de prevenção e tratamento. Método: Trata-se de revisão narrativa da literatura, utilizando bases de dados como PubMed para artigos publicados entre 2020 e 2024. Resultados e Discussão: Identificamos uma associação sólida e consistente entre obesidade e início precoce da puberdade, particularmente em meninas, com o IMC elevado sendo um marcador importante. Estudos destacaram o papel dos hormônios leptina e insulina, estimulados pelo excesso de tecido adiposo, na ativação de vias hormonais que promovem o desenvolvimento puberal precoce. A obesidade está associada ao desenvolvimento precoce de características sexuais secundárias devido a desequilíbrios metabólicos e hormonais. Intervenções precoces, incluindo melhorias na dieta e aumento da atividade física, são fundamentais para mitigar o risco de puberdade precoce. Conclusão: A necessidade de abordagens para tratamentos personalizados e a realização de estudos longitudinais são essenciais para aprofundar nosso entendimento dos mecanismos que relacionam a obesidade e a puberdade precoce, possibilitando assim o desenvolvimento de políticas de saúde pública mais efetivas. Estudos como este corroboram para progressos na prática clínica e para a formulação de estratégias de saúde pública, visando combater esse significativo desafio de saúde.
A relação da úlcera de Marjolin nos casos de carcinoma espinocelular
(UNISA, 2024) Santis, Leticia Almeida de; Oliveira, Sophia Bermal
INTRODUÇÃO: A úlcera de Marjolin (UM) é uma degeneração cutânea que ocorre em uma área da pele onde houve ferida ou cicatriz por um longo tempo e o carcinoma espinocelular (CEC) é o principal tipo histopatológico de úlcera de Marjolin, sendo a principal causa de malignidade da doença, por mais que outros tipos de câncer também possam ocorrer. As lesões causadas pela úlcera de Marjolin são agressivas e possuem um prognóstico ruim, com alta taxa de recorrência. Ademais, a prevenção inclui o manejo adequado da ferida e a detecção precoce da conversão maligna seguida de ressecção cirúrgica. O diagnóstico da Úlcera de Marjolin baseia-se através da avaliação da ferida, biópsias e coleta da anamnese do paciente. O objetivo principal desta revisão literária consiste na avaliação da relação da úlcera de Marjolin nos casos de carcinoma espinocelular. METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado através de buscas na plataforma eletrônica PubMed, obtendo ao todo 21 artigos após uma análise criteriosa a respeito do tema abordado. As palavras chaves utilizadas juntamente com o termo booleano “AND” foram: Marjolin ulcers and squamous cell carcinoma and burns. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A suspeita do carcinoma espinocelular e úlcera de Marjolin é caracterizada através da formação de um nódulo endurecido e ulcerado nos tecidos cicatriciais, obtendo uma resposta imune enfraquecida no local. A UM ocorre com maior incidência na população masculina, iniciando-se normalmente na quinta década de vida. Já em relação a sua fisiopatologia, foi evidenciado que ainda não há um entendimento abrangente, embora existam vários fatores contribuintes para a formação da UM, tais como: predisposição genética, irritação crônica da pele, resposta imunológica da pele, influências ambientais… A partir da análise dos estudos, houve o entendimento de que a prevenção é a principal forma de tratamento, visto que obter um diagnóstico precoce e preciso é imprescindível para diminuição do risco de degeneração maligna. A biópsia é o diagnóstico padrão ouro e deve ser combinada com um acompanhamento multidisciplinar. Embora não exista um protocolo específico de tratamento, a cirurgia de Mohs está dentre as opções mais coerentes para a terapêutica da úlcera de Marjolin. CONCLUSÃO: Foi observado que o principal tipo histopatológico da úlcera de Marjolin é o carcinoma espinocelular, podendo-se assim concluir a intrínseca relação da UM e o CEC. O exame anatomopatológico, biópsia, é necessário para o diagnóstico da doença, no qual se caracteriza como o exame padrão ouro. A prevenção da úlcera de Marjolin é crucial, com ênfase na investigação de lesões suspeitas e acompanhamento multidisciplinar de feridas crônicas não cicatrizantes. Em relação ao tratamento, a cirurgia de Mohs é uma das técnicas mais aceitas atualmente.
Abordagem diagnóstica da Hérnia de Amyand: uma análise comparativa dos achados imagiológicos por ultrassonografia e tomografia computadorizada
(UNISA, 2024) Souza, Loren Mendes; Matta, Tatiana Ribeiro Gomes da
Introdução: A hérnia de Amyand é uma condição rara na qual o apêndice cecal se protrai através de uma hérnia inguinal. Esta anomalia apresenta uma gama de manifestações clínicas desafiadoras para o diagnóstico e tratamento. Sua abordagem tem sido tema de discussão há séculos, desde a sua primeira descrição por Claude Amyand em 1735.Objetivo: Investigar os achados imagiológicos relacionados à hérnia de Amyand comparando as imagens obtidas por meio de untrasonografia e tomografia computadorizada. Material e Método: Trata-se de uma revisão narrativa realizada por meio de uma análise retrospectiva da literatura. Foram incluídos artigos relevantes dos últimos 20 anos indexados nas principais bases de dados eletrônicas. Os descritores foram selecionados pelos DeCS/MeSH em português e inglês. Foram excluídos estudos cujo tema não se adequaram a pesquisa, publicações em idiomas diferentes de português e inglês e, artigos cujo texto completo não estava disponível. Resultados: A revisão revelou uma ampla gama de achados imagiológicos associados à hérnia de Amyand, abrangendo desde a presença do apêndice na hérnia inguinal até complicações como inflamação e necrose. Destaca-se a importância da utilização de ultrassonografia e tomografia computadorizada na avaliação precisa e na orientação do tratamento. Discussão: Destacou-se a natureza desafiadora do diagnóstico da hérnia de Amyand, evidenciando a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para o seu manejo. Conclusão: O estudo compreende uma análise dos achados imagiológicos da hérnia de Amyand, evidenciando a complexidade dessa condição e destacando a importância da integração entre a clínica e a radiologia para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Achados mais recentes das alterações estruturais e funcionais na esquizofrenia
(UNISA, 2024) Schaedler, Luiza Hendges; Caruso, Victória Nicole Montanari Derderian Arnaud Sampaio
INTRODUÇÃO: A esquizofrenia é um transtorno mental neuroprogressivo e crônico que representa um desafio significativo na psiquiatria, caracterizando-se por sintomas positivos, como alucinações e delírios, e negativos, que refletem a perda de funções cognitivas e volitivas. Com uma prevalência de cerca de 1,6 milhões de brasileiros afetados, a doença é a terceira maior causa de perda de qualidade de vida entre jovens adultos. A complexidade da esquizofrenia está relacionada a disfunções em neurotransmissores e circuitos neurais, sendo a neuroimagem essencial para identificar biomarcadores que ajudem a entender sua fisiopatologia. Este estudo se fundamenta na importância de compreender as alterações neurofisiológicas no cérebro dos portadores da doença, com o intuito de facilitar diagnósticos e intervenções terapêuticas. Sendo assim, o objetivo principal é descrever os mecanismos fisiopatológicos da esquizofrenia, enfatizando as alterações funcionais e estruturais identificadas nas pesquisas mais recentes sobre neuroimagem. METODOLOGIA: Este estudo trata de uma revisão narrativa, realizada a partir de uma pesquisa no PubMed e no SciELO com os termos: “esquizofrenia”, “fisiopatologia”, "neuroimagem" e "circuito cerebral". Foram selecionados artigos pertinentes à temática da pesquisa, publicados nos idiomas inglês e português entre os anos de 2019 a 2024. Após a análise, foi possível limitar a pesquisa em um número de 19 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram constatadas diversas alterações funcionais e estruturais relativas à esquizofrenia, propiciando uma compreensão mais detalhada da fisiopatologia desta condição complexa. Aplicando tecnologias avançadas de neuroimagem, tornou-se possível detectar alterações neuroquímicas típicas em várias regiões do cérebro. Estudos demonstram uma hiperatividade dopaminérgica no gânglio basal, contrastando com a hipoatividade no córtex frontal. Além disso, foram observadas alterações estruturais significativas, como o aumento dos ventrículos laterais e a diminuição da espessura cortical, as quais estão associadas a déficits cognitivos, incluindo dificuldades de memória, atenção e habilidades executivas. A disfunção dos receptores NMDA é outro fator crítico, pois esses receptores desempenham um papel essencial na comunicação sináptica e na plasticidade neuronal. Adicionalmente, o desequilíbrio entre as vias excitatórias e inibitórias no sistema nervoso central contribui para a manifestação dos sintomas psicóticos, sublinhando a complexidade da esquizofrenia e a necessidade de novas abordagens de pesquisa que ajudem a elucidar os mecanismos subjacentes à doença. Essas descobertas ressaltam a importância de uma análise aprofundada das alterações neuroquímicas e estruturais, a fim de promover uma compreensão mais holística e integrada da esquizofrenia. CONCLUSÃO: A neuroimagem desempenha um papel crucial na identificação das alterações estruturais, funcionais e neuroquímicas no cérebro entre cérebros saudáveis e aqueles acometidos pela esquizofrenia, permitindo a detecção de biomarcadores neurofuncionais que elucidam a fisiopatologia da doença.
Adenomiose com enfoque em ressonância magnética, uma revisão sistemática
(UNISA, 2021) Brigo, Nicolli Mikami; Labate, Mariana Domingos
Este estudo tem como proposta a realização de uma revisão sistemática da literatura dos últimos 10 anos sobre o emprego da ressonância magnética para o diagnóstico não-cirúrgico da adenomiose. Para este fim, foram acessadas as bases de dados BVS e SciELO com o intuito de acessar artigos que versem sobre o tema, com o auxílio das diretrizes do método PRISMA e das palavras chave “adenomiose” “ressonância magnética” e “diagnóstico por imagem”, desde que tenham sido publicados nos últimos 10 anos e estejam disponíveis na íntegra. A pesquisa nos bancos de dados BVS e SciELO retornaram 199 resultados, sendo que em muitos casos os artigos não estavam disponíveis na íntegra, fazendo com que fossem descartados, em específico artigos mais recentes sobre o emprego da ressonância magnética para o diagnóstico de adenomiose. Avanços na tecnologia de diagnóstico por imagem, no qual se inclui a ressonância magnética, têm levado a numerosos tipos de adenomiose, e por consequência muitos pesquisadores tem desenvolvido classificações para a doença, tornando difícil o estabelecimento de um consenso.
Adenomiose com enfoque em ultrassonografia, uma revisão sistemática
(UNISA, 2022) Lima, Yasmin Batisteli de; Fernandes, Gabriella Isidoro
Este estudo tem como proposta a realização de uma revisão sistemática da literatura dos últimos 10 anos sobre o emprego da ultrassonografia para o diagnóstico não-cirúrgico da adenomiose. Para este fim, foram acessadas as bases de dados BVS e SciELO com o intuito de acessar artigos que versem sobre o tema, com o auxílio das diretrizes do método PRISMA e das palavras chave “adenomiose” “ultrassom” e “diagnóstico por imagem”, desde que tenham sido publicados nos últimos 10 anos e estejam disponíveis na íntegra. Constatou-se por meio desta revisão que a ultrassonografia transvaginal é um método eficaz e que tem sido utilizada como a abordagem metodológica de referência para o diagnóstico de adenomiose, principalmente pela melhoria observada em relação a sensibilidade. Embora a falta de consenso ainda persista em relação aos critérios de imagem usados para confirmação não-histológica deste quadro clínico, isto evidencia a necessidade de estudos comparativos mais aprofundados para se avançar no entendimento desta doença e expandir as possibilidades de tratamento não cirúrgico.
Aleitamento materno: mecanismos e alterações da composição do leite entre as mamadas
(UNISA, 2024) Pereira, Giulia Nicaretta Scramin Lopes; Volpe, Giulia; Sousa, Vitor Torres de; Pontes, Henrique Souza de
INTRODUÇÃO: A amamentação desempenha um papel crucial no desenvolvimento e crescimento saudável do lactente, fornecendo nutrição, proteção contra infecções e estabelecendo vínculos afetivos. O leite materno é uma substância complexa e dinâmica, composta por uma variedade de nutrientes, células vivas e componentes bioativos, cuja composição pode variar não apenas entre mulheres, mas também entre mamadas na mesma mulher. Essas variações têm um impacto significativo no crescimento e na nutrição do bebê, adaptando-se às suas necessidades em constante mudança. OBJETIVO: Estudar as mudanças na composição do leite materno entre as mamadas, examinando os fatores que influenciam essas variações e suas implicações clínicas. METODOLOGIA: Uma revisão narrativa foi realizada, abrangendo estudos desde 2004 até 2023, obtidos de bases de dados como PubMed e SciELO. Os critérios de inclusão envolveram artigos relacionados ao leite humano e sua variabilidade de composição, enquanto os de exclusão eliminaram estudos sobre leite de outros mamíferos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos dados revelou uma composição dinâmica do leite materno, com variações em macronutrientes, micronutrientes e componentes bioativos, influenciada por fatores como dieta materna e idade gestacional. A microbiota do leite materno desempenha um papel crucial na colonização intestinal do lactente. Destaca-se ainda o conteúdo imunológico do leite materno, que evolui ao longo do tempo para fornecer suporte imunológico ao lactente. Os benefícios da amamentação incluem não apenas nutrição, mas também proteção imunológica e desenvolvimento adequado da microbiota intestinal. Compreender a composição e a variabilidade do leite materno é fundamental para promover a saúde infantil e orientar mães, pais e profissionais de saúde. CONCLUSÃO: Através da análise de diversos estudos, confirmou-se que o leite humano é uma fonte incomparável de nutrientes e fatores imunológicos, adaptando-se dinamicamente às necessidades em evolução do bebê. Este estudo ressalta a importância de um maior entendimento sobre o leite materno para a prevenção de doenças e o melhor crescimento e nutrição dos lactentes.
Análise comparativa de técnicas intra uterinas para reparo de mielomeningocele
(2024) Zuppo, Anna Carolina Nobre; Fontoura, Rafael Chain
Objetivo: Comparar as diferentes técnicas perinatais de reparo de mielomeningocele. Métodos: O estudo é uma revisão bibliográfica realizada entre fevereiro e julho de 2024, com dados coletados nas bases SCIELO e PubMed, sem restrição de idioma. Para delimitar a busca, usaram-se os termos: fetal surgery, neural tube defects, open surgery, endoscopic e mielomeningocele. Discussão: O estudo MOMS comparou abordagens para o tratamento da mielomeningocele, destacando a superioridade da correção intrauterina aberta sobre o tratamento pós-natal. Contudo, dificuldades e complicações associadas à técnica endoscópica levaram ao desenvolvimento de diferentes estratégias, cada uma com seus riscos e benefícios. Conclusão: O reparo intrauterino da mielomeningocele trouxe avanços importantes, com diferentes técnicas apresentando vantagens e desafios. A cirurgia fetal aberta é eficaz, mas envolve maiores riscos maternos. As técnicas fetoscópicas, como o uso de patches ou suturas, são menos invasivas e promissoras, embora dependam da habilidade da equipe. Já a abordagem sem gás reduz complicações do CO₂, mas apresenta dificuldades no controle do campo operatório. Assim, é necessário um contínuo aprimoramento de técnicas e materiais, visando melhores resultados, tanto maternos quanto fetais.
Análise comparativa entre taxa de mortalidade e internação por acidente vascular cerebral de 2013 a 2023 no município de São Paulo
(2024) Fernandes, Arthur Martins; Chuery, Giovanna Bertolini
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil, representando um grave problema de saúde pública, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo. O AVC pode ser classificado como isquêmico, devido à obstrução arterial, ou hemorrágico, caracterizado pela ruptura espontânea de vasos, com prognóstico desfavorável em casos graves. Fatores como condições socioeconômicas, comorbidades e estilo de vida inadequado são determinantes para a incidência desta doença. Com base nisso, este estudo busca analisar internações e óbitos por AVC em São Paulo (2013-2023), considerando variáveis como faixa etária, sexo, zona regional e tempo de internação. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo observacional e descritivo utilizando dados do Sistema Único de Saúde (SUS), extraídos do TABNET, para analisar internações e óbitos por AVC no município de São Paulo, utilizando o código CID-10 I64 (AVC não especificado como hemorrágico ou isquêmico). As variáveis investigadas foram: faixa etária, sexo, zona regional e tempo de permanência hospitalar. Foi realizado uma análise descritiva e regressão logística binomial para examinar as taxas de internação e óbitos, identificar os fatores preditores de mortalidade e calcular a razão de chances (odds ratio) e seus intervalos de confiança. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre as variáveis analisadas, a faixa etária, zona regional e tempo de internação foram preditores significativos de mortalidade, com destaque para a maior probabilidade de óbito em pacientes com 80 anos ou mais, pacientes nas regiões Leste e Sul, principalmente, e pacientes com internações mais prolongadas. Os fatores socioeconômicos exercem um papel importante nessas diferenças regionais, já que áreas mais periféricas frequentemente apresentam maior vulnerabilidade devido ao acesso limitado a serviços especializados de saúde, o que agrava os desfechos. Nos anos de 2020 e 2021 observou-se um padrão diferente dos outros anos, o que se correlaciona com o impacto da pandemia de COVID-19, revelando uma queda nas internações e um aumento na gravidade dos casos hospitalizados que evoluíram a óbito. Por outro lado, a variável sexo não apresentou associação estatisticamente significativa com o desfecho de óbito, diferentemente do que foi encontrado em literatura. CONCLUSÃO: A análise das taxas de internação e óbito por AVC de 2013 a 2023 contribuiu para um maior entendimento dos fatores associados à mortalidade, destacando a importância de políticas públicas que ampliem o acesso aos cuidados especializados, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Além disso, o impacto dos fatores socioeconômicos, idade e tempo de internação no prognóstico do AVC reforça a necessidade de estratégias integradas de prevenção, tratamento e reabilitação para melhorar os desfechos dos pacientes.
Análise da fisiologia da cocaetileno
(UNISA, 2024) Pinha, Lucas Pazini; Pereira, Giovana Andrade
INTRODUÇÃO: A cocaetileno (CE), é um metabólito formado pela interação entre cocaína e etanol, descoberto em 1885, mas cujas propriedades farmacológicas não foram estudadas até recentemente. A CE é sintetizada no fígado quando essas substâncias são consumidas juntas, não sendo uma droga de abuso por si só. Sua presença foi identificada em investigações de mortes relacionadas à cocaína na década de 1990. Pesquisas demonstraram que a CE é equipotente à cocaína na inibição da recaptação de dopamina, mas pode ser mais eufórica e tóxica, especialmente para os sistemas cardiovascular e hepático. A combinação dessas substâncias intensifica os efeitos tóxicos da cocaína, aumentando o risco de complicações graves e morte súbita, considerando que cerca de 90% das overdoses relacionadas a cocaetileno resultam em morte, principalmente devido à falta de conscientização dos usuários sobre os riscos associados a seu consumo. OBJETIVO: Analisar os efeitos sobre a fisiologia da cocaetileno em diversos sistemas do corpo humano. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão narrativa, a partir de uma busca bibliográfica em diversas bases de dados, incluindo PubMed, SciELO, LILACS e Google Scholar, utilizando termos de busca relevantes para o tema, como “cocaethylene physiology”, “cocaethylene pharmacokinetics”, “cocaethylene pharmacodynamics”, entre outros. A busca não foi limitada por data devido à escassez de pesquisas na aérea. DISCUSSÃO: A cocaetileno (CE) reduz a contratilidade cardíaca ao diminuir o cálcio intracelular e inibir canais de sódio e hERG, prolongando o potencial de ação e aumentando o risco de arritmias. Os sintomas incluem cefaleia, hipertensão e taquicardia, evidenciando a necessidade de conscientização sobre sua cardiotoxicidade. Além disso, possui efeitos semelhantes à cocaína, bloqueando a recaptação de dopamina e intensificando a euforia, inclusive afeta a transmissão de neurotransmissores, amplificando os efeitos de prazer associados ao uso. A utilização de cocaína também pode provocar rabdomiólise, com risco aumentado em combinação com álcool e está associada a riscos de morbidade psiquiátrica e médica, além de complicações renais, e por ser hepatotóxica, o uso pode causar fibrose hepática, devido a sua combinação com álcool aumentar a toxicidade e o estresse oxidativo no fígado. Por fim, a CE causa um leve aumento na taxa respiratória, mas seus efeitos depressivos sobre a respiração são limitados e temporários. CONCLUSÃO: O uso da CE apresenta riscos significativos à saúde, incluindo potencial eufórico elevado e toxicidade aumentada, especialmente para os sistemas cardiovascular e hepático. Sua capacidade de intensificar os efeitos nocivos da cocaína, junto à falta de conscientização dos usuários sobre os perigos associados, torna o consumo dessa combinação extremamente arriscado, com altas taxas de complicações graves e morte súbita. A necessidade urgente de educação e prevenção é evidente, dada a gravidade das consequências do uso conjunto dessas substâncias.
Análise das atividades biológicas e dos peptídeos bioativos da planta Ananas comosus (Abacaxi)
(UNISA, 2024) Tanganelli, Caroline Baptista
INTRODUÇÃO: Ananas comosus, mais conhecido como abacaxi, é uma infrutescência muito comum no Brasil e na América do sul, é utilizado na dieta brasileira principalmente nas formas in natura e de suco de sua polpa. Com o passar do tempo, seus benefícios medicinais tradicionais começaram a chamar a atenção de alguns pesquisadores, principalmente por suas propriedades farmacológicas em doenças que acometem o mundo todo, como o câncer. No entanto, as pesquisas com essa planta ainda são ínfimas e insuficientes perante seu grande potencial ainda inexplorado. Tratamentos em vigor, além de onerosos e impactarem no sistema de saúde, ainda possuem grande taxa de morbimortalidade, sinalizando a grande necessidade do trabalho árduo de pesquisadores do mundo todo em encontrar novas alternativas. Assim como diversos vegetais, o abacaxi apresenta um grande conteúdo proteico, destacando-se enzimas proteolíticas como a Bromelina, e apresenta uma composição que é favorável à atividade antioxidante e antitumoral. METODOLOGIA: Foram realizados ensaios bioquímicos e biofísicos, in vitro, a fim de analisar a atividade antioxidante dos extratos do abacaxi. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi obtida reposta antioxidante pelos métodos empregados, com o predomínio de atividade oxidante na casca macerada pelo método de Folin, porém reduzida em relação ao miolo quente pelo método DPPH, apesar de não se constatar um consumo global significativo deste reagente. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos sugerem o potencial terapêutico dos extratos de abacaxi e indicam a importância de estudos adicionais para explorar sua eficácia e aplicabilidade clínica, especialmente no contexto da prevenção e tratamento do câncer.
Análise epidemiológica das neoplasias gástricas no Brasil
(UNISA, 2024) Fernandes, Adriana Maia; Sousa, Rafaela Máximo de
INTRODUÇÃO: O câncer gástrico é o 5º câncer mais comum em todo o mundo e a 3º principal causa de morte relacionada ao câncer e esse fato se deve ao diagnóstico tardio da doença. O diagnóstico, estadiamento e tratamento do câncer gástrico no Brasil segue padronização definida pelo Consenso Brasileiro de Câncer Gástrico. Além disso, a vigilância em saúde é crucial para entender o perfil epidemiológico da população, proteger e promover a saúde coletiva por meio do monitoramento contínuo e da adoção de medidas que reduzam riscos e controlem fatores que afetam o bem-estar. No controle do câncer, destaca-se a necessidade de estratégias eficazes voltadas à prevenção de fatores de risco, diagnóstico precoce e uso de dados confiáveis para identificar populações vulneráveis e prever tendências da doença. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é traçar um perfil epidemiológico do câncer gástrico nas regiões brasileiras, assim como diagnóstico, número de óbitos, sexo e idade. METODOLOGIA: Estudo observacional e descritivo, com coleta de dados secundário do INCA e Tabnet no período de 2019 a 2022 referentes às cinco regiões do Brasil. Sendo identificadas as variáveis como número de óbitos, sexo e idade. Os dados foram expressos em frequência absoluta, relativa e medidas de tendência central e apresentados de forma descritiva utilizando tabelas e gráficos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período de 2019 a 2022, foram diagnosticados 73.998 novos casos de câncer de estômago no Brasil, com uma média anual de 18.499,5 casos. A mortalidade também é expressiva, com destaque para o Sudeste, responsável por 44,1% das mortes no período analisado, enquanto o Centro-Oeste registrou a menor porcentagem (5,93%). Em relação ao perfil demográfico, a doença é mais frequente em homens e pessoas acima de 50 anos, com o pico de incidência por volta dos 70-79 anos. Nossos achados apontam subnotificações nos bancos de dados e reforçam a necessidade de aprimorar sistemas de rastreamento e diagnóstico precoce, especialmente nas regiões mais vulneráveis. CONCLUSÃO: O câncer gástrico é um problema de saúde significativo, com grande quantidade de óbitos e ocorrência de casos globalmente e no Brasil. Os valores elevados no Brasil são influenciados pela falta de rastreamento eficaz, desigualdades socioeconômicas e geográficas, e hábitos de vida pouco saudáveis como o uso de tabaco, álcool e sedentarismo.
Análise estrutural de prontuários da policlínica vinculada à Universidade de Medicina Santo Amaro (UNISA)
(UNISA, 2023) Maruyama, Eric Kenzo; Jabra, Thiago Amante
INTRODUÇÃO: Comunicação e trabalho em equipe são atributos essenciais para o funcionamento de qualquer processo na área da saúde. O prontuário médico é o principal meio em que os profissionais de saúde se comunicam. Para que ele consiga exercer suas funções meticulosamente ele deve ser escrito adequadamente. OBJETIVO: Este estudo visou analisar o modo no qual alunos de medicina da UNISA preenchem o prontuário da policlínica e determinar os principais erros cometidos. MÉTODOS: Este estudo é análise estrutural e retrógrada de prontuários. A fim de realizar a coleta e a análise dos dados foi preparado um modelo padronizado em forma de tabela no Excel. Foram formados 6 principais grupos de critérios. Com base nesta tabela, foram calculados os escores finais de cada prontuário, somando as notas de todos os critérios. RESULTADOS: Foram analisados 275 prontuários. Os resultados obtidos apontam um intervalo de notas entre 0,21 e 9,15. Obteve-se uma média de 5,65. Com base na divisão de notas: 26,18% dos prontuários (72) obtiveram notas boas de 7>10, 56% deles (154) obtiveram notas medianas de 4>7 e 17,82% dos documentos (49) obtiveram notas ruins abaixo de 4. DISCUSSÃO: Conforme os resultados apontados, pode-se observar que o modo como os alunos escrevem o prontuário ainda pode melhorar. Nesta parte do trabalho é discutida a importância dos principais acertos e erros cometidos no preenchimento dos documentos. CONCLUSÃO: A maioria dos alunos não escreve o prontuário de maneira ideal e os principais erros são nas partes relacionadas a religião, antecedentes de acidentes e violências e número de registro do prontuário.
Análise sobre automedicação para desempenho sexual no sexo masculino
(UNISA, 2024) Borklian, André Sanazar; Bozyk, Camila Pessina; Bez, Filippo Fabi; Aronis, Nicholas McKay; Ferrari, Sofia Benetti
INTRODUÇÃO: Nos últimos tempos, observou-se um aumento na incidência dos transtornos sexuais masculinos. O objetivo da pesquisa é analisar a utilização de medicamentos para melhora do desempenho sexual masculino sem indicação médica. METODOLOGIA: Foram distribuídos formulários autoaplicáveis a homens acima da maioridade, por meio da internet. A amostragem foi feita por conveniência. O formulário contém questões relacionadas à prática sexual, consumo de material pornográfico e uso de substâncias para aumentar o desempenho sexual. Após a coleta dos questionários, os dados foram tabelados utilizando o programa Excel para o Microsoft Windows, visando uma análise subsequente dos resultados obtidos. A análise foi realizada por meio do método estatístico do qui-quadrado, adotando um nível de significância de 5%, utilizando o programa SPSS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi obtido um total de 195 respostas válidas de um total inicial de 224, após a exclusão de 29 respostas, baseada nos critérios de inclusão. A amostra apresentou uma idade média de 33 anos. O consumo de pornografia foi reportado por 128 participantes, sendo que 43,8% o fazem semanalmente. Além disso, 33,6% dos consumidores da indústria pornográfica já se automedicaram em busca de um melhor desempenho sexual, e 76% dos homens que usaram medicação o fizeram por recomendação de amigos. Outros estudos indicam que o uso de substâncias para melhorar o desempenho sexual é comum entre jovens, embora não haja uma associação estatisticamente significativa entre o número de parceiros sexuais e o consumo de pornografia no presente estudo. Em relação ao número de parceiros sexuais e o uso de pornografia, não há uma associação estatisticamente significativa entre essas variáveis. Isso sugere que outros fatores podem influenciar o comportamento sexual e o consumo de pornografia, ou que a relação entre elas não foi captada pela amostra ou métodos utilizados. Além disso, o questionário mostrou que 149 participantes usavam substâncias lícitas ou ilícitas frequentemente, e 45 destes utilizaram medicação para melhorar o desempenho sexual. Esses dados indicam uma possível correlação entre o consumo de substâncias e a busca por soluções farmacológicas para disfunção sexual, sugerindo que esses usuários podem enfrentar mais desafios na esfera sexual. No entanto, a análise estatística, com correção de Yates, não mostrou relevância. Uma outra análise foi realizada, relacionando a idade com a automedicação para o desempenho sexual. As idades médias dos entrevistados que disseram se automedicar e dos que não fazem uso desses medicamentos foi similar, indicando que não há relevância estatística. CONCLUSÃO: Há um evidente abuso de medicações para performance sexual e consumo excessivo de conteúdos adultos, motivados por insegurança e busca de perfeição. Isso resulta em piora na qualidade de vida social e sexual dos homens.
Anomalias congênitas renais: uma revisão literária
(UNISA, 2024) Rocholli, Alice Amy de Queiroz; Moedim, Julia Corrêa de Castro; Signoreto, Letícia Molezine; Naddeo, Marcelo Lopes da Cruz; Silveira, Phelipe Augusto de Agostini Randmer da
INTRODUÇÃO: O estudo das anomalias congênitas renais é de suma importância por várias razões que afetam tanto a saúde pública quanto individual. Em primeiro lugar, compreender essas condições permite a identificação precoce e o tratamento eficaz, o que pode prevenir complicações graves e custos significativos com a saúde a longo prazo. O diagnóstico precoce viabiliza a intervenção médica apropriada, reduzindo o risco de insuficiência renal crônica, infecções recorrentes do trato urinário, hipertensão e outras complicações associadas às anomalias renais. METODOLOGIA: A presente pesquisa é caracterizada por uma revisão literária de natureza qualitativa, na qual será realizado apenas o levantamento bibliográfico, sem a utilização de outros instrumentos de pesquisa, como entrevistas ou questionários. Com os descritores selecionados, após a leitura criteriosa foram selecionados 15 artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão e foram utilizados para a discussão desta revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: as principais anomalias renais congênitas encontradas nos artigos foram a agenesia renal uni ou bilateral, o rim em ferradura, a hipoplasia e a displasia renal. Embora alguns estudos mostrem influência ambiental, as anomalias em geral estão relacionadas a mutações gênicas hereditárias ou espontâneas Estudos sobre anomalias renais ajudam a identificar as causas subjacentes e os mecanismos por trás dessas condições. Isso é fundamental para aprofundar nosso conhecimento sobre o desenvolvimento fetal e as bases genéticas das anomalias, possibilitando estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes. CONCLUSÃO: O estudo dessas anomalias não apenas contribui para o avanço da medicina e da genética, mas também tem um impacto direto na qualidade de vida dos pacientes afetados.

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