Achados mais recentes das alterações estruturais e funcionais na esquizofrenia

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Data
2024
Autores
Schaedler, Luiza Hendges
Caruso, Victória Nicole Montanari Derderian Arnaud Sampaio
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: A esquizofrenia é um transtorno mental neuroprogressivo e crônico que representa um desafio significativo na psiquiatria, caracterizando-se por sintomas positivos, como alucinações e delírios, e negativos, que refletem a perda de funções cognitivas e volitivas. Com uma prevalência de cerca de 1,6 milhões de brasileiros afetados, a doença é a terceira maior causa de perda de qualidade de vida entre jovens adultos. A complexidade da esquizofrenia está relacionada a disfunções em neurotransmissores e circuitos neurais, sendo a neuroimagem essencial para identificar biomarcadores que ajudem a entender sua fisiopatologia. Este estudo se fundamenta na importância de compreender as alterações neurofisiológicas no cérebro dos portadores da doença, com o intuito de facilitar diagnósticos e intervenções terapêuticas. Sendo assim, o objetivo principal é descrever os mecanismos fisiopatológicos da esquizofrenia, enfatizando as alterações funcionais e estruturais identificadas nas pesquisas mais recentes sobre neuroimagem. METODOLOGIA: Este estudo trata de uma revisão narrativa, realizada a partir de uma pesquisa no PubMed e no SciELO com os termos: “esquizofrenia”, “fisiopatologia”, "neuroimagem" e "circuito cerebral". Foram selecionados artigos pertinentes à temática da pesquisa, publicados nos idiomas inglês e português entre os anos de 2019 a 2024. Após a análise, foi possível limitar a pesquisa em um número de 19 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram constatadas diversas alterações funcionais e estruturais relativas à esquizofrenia, propiciando uma compreensão mais detalhada da fisiopatologia desta condição complexa. Aplicando tecnologias avançadas de neuroimagem, tornou-se possível detectar alterações neuroquímicas típicas em várias regiões do cérebro. Estudos demonstram uma hiperatividade dopaminérgica no gânglio basal, contrastando com a hipoatividade no córtex frontal. Além disso, foram observadas alterações estruturais significativas, como o aumento dos ventrículos laterais e a diminuição da espessura cortical, as quais estão associadas a déficits cognitivos, incluindo dificuldades de memória, atenção e habilidades executivas. A disfunção dos receptores NMDA é outro fator crítico, pois esses receptores desempenham um papel essencial na comunicação sináptica e na plasticidade neuronal. Adicionalmente, o desequilíbrio entre as vias excitatórias e inibitórias no sistema nervoso central contribui para a manifestação dos sintomas psicóticos, sublinhando a complexidade da esquizofrenia e a necessidade de novas abordagens de pesquisa que ajudem a elucidar os mecanismos subjacentes à doença. Essas descobertas ressaltam a importância de uma análise aprofundada das alterações neuroquímicas e estruturais, a fim de promover uma compreensão mais holística e integrada da esquizofrenia. CONCLUSÃO: A neuroimagem desempenha um papel crucial na identificação das alterações estruturais, funcionais e neuroquímicas no cérebro entre cérebros saudáveis e aqueles acometidos pela esquizofrenia, permitindo a detecção de biomarcadores neurofuncionais que elucidam a fisiopatologia da doença.
Descrição
Palavras-chave
Esquizofrenia, Fisiopatologia, Neuroimagem, Circuito Cerebral
Citação
SCHAEDLER, Luiza Hendges; CARUSO, Victória Nicole Montanari Derderian Arnaud Sampaio. Achados mais recentes das alterações estruturais e funcionais na esquizofrenia. Orientador: Kalil Duailibi. 2024. 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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