A incidência de sífilis na grande São Paulo pré e durante a pandemia por Covid-19

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Data
2024
Autores
Paiva, Aline Garcia de
Santiago, Isabelle Reis
Teixeira, Laura Galego
Papa, Livia Giampiccolo
Sala, Maria Fernanda
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença sistêmica humana, de notificação compulsória, causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela é transmitida pelo contato sexual, sanguíneo ou de forma vertical para o feto durante a gestação de uma mãe não tratada ou tratada inadequadamente. O diagnóstico depende da história do paciente e a detecção de antígenos ou anticorpos por meio de testes laboratoriais. Seu tratamento é realizado com Penicilina Benzatina, com dosagem variável de acordo com o estágio da doença e a prevenção é o uso de preservativos sexuais masculinos ou femininos. Uma vez que a sífilis é uma patologia que afeta amplamente a população, fez-se necessário a realização de um estudo que verifique o comportamento epidemiológico desta infecção durante períodos com maior ou menor contato entre os indivíduos, como na pandemia por COVID-19. Desta forma, este trabalho tem como objetivo comparar a incidência de sífilis nos anos de 2018 e 2020 na grande São Paulo. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo e analítico dos casos de sífilis adquirida, no qual os dados serão obtidos a partir dos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Devido à alta morbimortalidade da COVID-19, foi instituído no Brasil, em 2020, medidas de restrição de contato, que culminaram na diminuição do número de casos de sífilis adquirida notificados durante este ano, quando comparados a 2018. No entanto, é relevante destacar que durante o período pandêmico, houve um grande apelo mundial para que as pessoas só procurassem os serviços de saúde em caso de sintomas respiratórios, o que pode ter levado a uma subnotificação dos casos de sífilis. Ao analisar a sua incidência entre homens e mulheres, nota-se que é maior na população masculina, cuja lesão primária é de fácil visualização, diferente das mulheres. Quanto ao comportamento epidemiológico por grupo etário, observa-se uma maior notificação de casos na população de 20 a 39 anos, o que pode estar relacionado a um comportamento de risco, visto que este foi o grupo etário com maior incidência de casos de sífilis notificados durante o ano de 2020. Em contrapartida, observou-se, também, uma queda nos casos nas faixas etárias de 60 a 69 anos e 70+ durante a pandemia. Sabendo da alta incidência de sífilis na população, o Ministério da Saúde criou em 2017 a Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis no Brasil, visando a diminuição da sífilis adquirida, gestacional e congênita. No entanto, apesar da abordagem ampla, acredita-se que a estratégia utilizada não se mostrou eficaz, uma vez que a incidência geral da doença foi elevada em 2018, reduzindo apenas em 2020. CONCLUSÃO: Diante do exposto, conclui-se que, de modo geral, o período de isolamento social decorrente da pandemia por COVID-19 impactou na quantidade de casos de sífilis notificados na grande São Paulo.
Descrição
Palavras-chave
Sífilis - Incidência, Covid-19, Sífilis - Notificação, Isolamento Social
Citação
PAIVA, Aline Garcia de; SANTIAGO, Isabelle Reis; TEIXEIRA, Laura Galego; PAPA, Livia Giampiccolo; SALA, Maria Fernanda. A incidência de sífilis na grande São Paulo pré e durante a pandemia por Covid-19. Orientadora: Cláudia Polubriaginof. 2024. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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