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    Impactos do uso de cigarros eletrônicos no surgimento e agravamento de lesões cancerígenas
    (UNISA, 2024) Ognibene, Carina Abdalla; Kwong, Marcela Manna Rigoni; Almeida, Maria Eduarda Brito
    INTRODUÇÃO: O consumo de cigarros eletrônicos tem crescido de forma exponencial em todo o mundo, especialmente entre jovens e adultos. Acredita-se que este crescimento se deve a uma falsa percepção da população desses dispositivos como uma alternativa menos prejudicial, em relação ao tabaco convencional. Isso se dá pelo desconhecimento de seus malefícios, ausência de cheiro e gosto fortes característicos do cigarro tradicional. No entanto, persistem as dúvidas quanto aos seus efeitos a longo prazo na saúde, especificamente no desenvolvimento de cânceres e tumores. Este estudo busca reunir dados científicos para esclarecer os impactos dos Dispositivos Eletrônicos de Fumar (DEFs) na saúde pública, com foco na relação entre seu uso e o desenvolvimento de doenças cancerígenas. A revisão de literatura pretende analisar o perfil dos usuários, os efeitos das substâncias vaporizadas, a incidência de lesões cancerígenas e os sintomas respiratórios associados, além de destacar a importância de políticas públicas para regulamentar esses dispositivos. METODOLOGIA: Baseia-se na revisão de literaturas de artigos em inglês selecionados da plataforma PubMed que tratam da relação entre o uso de cigarros eletrônicos e o surgimento ou o agravamento de lesões cancerígenas, publicados a partir de 1 de Janeiro de 2012. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O debate sobre os impactos dos cigarros eletrônicos no surgimento de lesões pré-cancerígenas e no desenvolvimento do câncer é complexo e ainda está em evolução. Estudos indicam que a popularidade desses dispositivos, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, é impulsionada por fatores como a variedade de sabores, a falsa percepção de menor risco em comparação com os cigarros convencionais e a influência social. No entanto, estes dispositivos contêm substâncias potencialmente carcinogênicas, como formaldeído e acetaldeído, formadas durante o processo de vaporização, que podem causar danos celulares e ao DNA, além de aumentar os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares. CONCLUSÃO: As mutações e alterações no DNA relacionadas ao uso de cigarros eletrônicos sugerem um risco elevado ao desenvolvimento de mutações cancerígenas. Embora os estudos atuais indiquem essas repercussões, há escassez de evidências diretas destes efeitos em humanos. Assim, torna-se essencial a realização de pesquisas longitudinais e epidemiológicas para melhor compreender as implicações do uso desses dispositivos. Também há necessidade de regulamentação e melhor conscientização sobre os prováveis danos associados, com o fim de minimizar os efeitos adversos à saúde pública.
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    Apendicite aguda durante o terceiro trimestre da gravidez: complicações e manejo clínico
    (UNISA, 2024) Zimmer, Mel Boldrim; Simone, Roberta Leiva; Andrade, Sofia de
    INTRODUÇÃO: A apendicite é uma das emergências cirúrgicas não obstétricas mais comuns durante a gravidez, com uma incidência de aproximadamente 1 em cada 1500 gestantes. Essa condição é mais prevalente durante os dois primeiros trimestres, com a perfuração apendicular sendo a complicação mais comum, presente em 55% dos casos em gestantes e aumentando conforme a idade gestacional. Os sintomas apresentados pelas pacientes grávidas são variados. No primeiro e segundo trimestres, eles são semelhantes aos apresentados por não gestantes. No entanto, durante o terceiro trimestre, podem ocorrer sintomas atípicos devido ao grande crescimento uterino e à alteração da anatomia abdominal. Assim, quanto maior a idade gestacional, mais difícil é o diagnóstico de apendicite aguda, o que leva a um atraso diagnóstico e a maiores complicações materno-fetais. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica, utilizando artigos das bases de dados PubMed e Scielo. A população de interesse são gestantes diagnosticadas com apendicite aguda, com foco no terceiro trimestre gestacional. A pesquisa abrangeu o período de 2011 a setembro de 2023, utilizando os descritores "Apendicite", "Gestação" e "Terceiro trimestre da gravidez" em português, inglês e espanhol. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O melhor método diagnóstico para a apendicite durante a gestação é a Ressonância Magnética devido a sua alta especificidade e nula exposição à radiação ionizante. Durante a gravidez, a ultrassonografia se torna inviável devido às altas chances de não visualizar o apêndice. O tratamento padrão da apendicite aguda é a apendicectomia, que pode ser realizada tanto por via laparoscópica quanto aberta. Durante o terceiro trimestre, ainda há dúvidas de qual técnica é preferível. A laparoscopia, apesar de ter diversas vantagens, pode apresentar algumas complicações durante a gravidez, como danos ao útero gravídico e intolerância fetal ao pneumoperitôneo, o que pode levar a acidose fetal e diminuição do retorno venoso materno, com consequente redução do fluxo sanguíneo fetal. Para diminuir os desfechos adversos laparoscópicos, é aconselhável iniciar a apendicectomia com a técnica de entrada aberta de Hasson, com a pressão pneumoperitoneal não excedendo 10-12mm e com o tempo cirúrgico máximo de 60 minutos, além da mesa cirúrgica posicionada entre 15-30 graus. As principais complicações da apendicite durante a gestação são o rompimento do apêndice, morte fetal, abortamento, parto prematuro e peritonite. Em quadros de peritonite e abscesso peritoneal, a incidência de perda fetal e de trabalho de parto prematuro aumentam. Além disso, abcessos e formação de aderências consequentes pela ruptura do órgão podem dificultar o desenvolvimento de gestações futuras. CONCLUSÃO: Em suma, conclui-se que o terceiro trimestre gestacional apresenta uma maior incidência de emergência cirúrgica devido a alterações anatômicas abdominais significativas, que dificultam e atrasam o diagnóstico clínico, resultando em uma taxa mais elevada de complicações. Os melhores métodos diagnósticos são a ressonância magnética e a laparoscopia diagnóstica. Quanto à técnica operatória, é essencial a realização de novos ensaios prospectivos randomizados para determinar a melhor opção cirúrgica para gestantes, especialmente durante o terceiro trimestre.
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    Mortalidade por doenças cardiovasculares em pessoas com transtorno bipolar: uma revisão sistemática
    (UNISA, 2024) Santos, Anna Lais Teixeira dos
    INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar (TB) é um transtorno crônico e complexo caracterizado por alterações de humor: episódios maníacos, hipomaníacos e depressivos. A população com TB apresenta uma mortalidade de duas a três vezes maior do que a população em geral. Estudos com meta-análise mostraram que as chances de morte por doenças cardiovasculares aumentam em pacientes com TB. Contudo, os estudos não trouxeram as sub causas de morte por doença cardiovascular e quais seriam suas contribuições para a mortalidade em pacientes com TB. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivo revisar a literatura e sumirizar as diferentes sub causas de mortalidade por doenças cardiovasculares em TB. METODOLOGIA: Essa revisão sistemática foi formulada com base no protocolo PRISMA. Foram usadas três plataformas de busca (Web of Science, Pubmed e Embase) com os seguintes principais descritores: ‘Mortality’, Bipolar disorder e ‘Cardiovascular ’ com operador booleano AND. Dois revisores independentes selecionaram os artigos pertinentes e um terceiro ficou responsável por possíveis divergências na escolha dos estudos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 21 estudos foram selecionados para compor o estudo. A maioria (n=15) abordou a doença cardiovascular de forma genérica, revelando uma taxa de mortalidade excessiva para transtornos bipolares 2,0 a 3,0 vezes maior comparado com a população geral. O restante dos estudos abordou várias doenças cardiovasculares que contribuem com valores diferentes para o excesso de mortalidade como morte cardíaca súbita (4,1 vezes), aterosclerose (2,3 vezes) e doença cardíaca isquêmica (1,7 vezes). CONCLUSÃO: O presente estudo reiterou o excesso de mortalidade cardiovascular em indivíduos com bipolaridade adicionando dados de doenças específicas como morte cardíaca súbita, isquemia cardíaca e aterosclerose, principais responsáveis por mortes cardiovasculares neste grupo.
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    Autoimagem em mulheres mastectomizadas com ou sem reconstrução mamária
    (UNISA, 2024) Escobar, Larissa Salomão; Cançado, Melina Brito; Damin, Sofia Dias Araújo
    INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma neoplasia maligna prevalente nas mulheres, responsável por 24.2% de novos casos a cada 100.000 mulheres no Brasil. A mastectomia, a remoção total ou parcial da mama, é um procedimento comum, porém impacta negativamente na autoestima e bem-estar das pacientes. A reconstrução mamária após a mastectomia demonstrou benefícios significativos, incluindo a restauração da aparência física, melhoria da autoestima e da vida sexual. A lei 9.797/99 assegura o direito das mulheres à cirurgia plástica reconstrutiva no SUS após a mastectomia, visando melhorar sua qualidade de vida e autoimagem. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da reconstrução mamária pós mastectomia na autoimagem feminina. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo de avaliação da satisfação das pacientes mastectomizadas com uso de expansor mamário. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo mostrou que 32% das mulheres entrevistadas não realizaram a reconstrução mamária após a mastectomia, por razões que variam desde a ausência de indicação médica até questões financeiras ou preferências pessoais. Entre as 68% que optaram pela reconstrução, 44% relataram resultados positivos, melhorando sua autoestima, enquanto 20% enfrentaram complicações, como dor e assimetria. Além disso, 60% das mulheres destacaram a importância da reconstrução para sua recuperação emocional, embora uma pequena parcela (8%) não tenha percebido essa necessidade. A experiência com a reconstrução, portanto, variou significativamente entre as pacientes. CONCLUSÃO: O estudo revela que a reconstrução mamária tem um impacto positivo na autoestima de muitas mulheres mastectomizadas, mas nem todas a consideram necessária. As pacientes que optaram pela reconstrução relataram melhorias na percepção corporal, embora algumas tenham enfrentado complicações, como dor e assimetria. Já aquelas que não realizaram a reconstrução, muitas vezes, se mostraram satisfeitas com suas decisões, destacando que a aceitação corporal pode ocorrer sem o procedimento. Esses achados reforçam a importância de uma abordagem personalizada, com suporte psicológico e informações completas para auxiliar as mulheres a tomarem decisões informadas sobre a reconstrução.
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    Incidência de acidente vascular cerebral e análise populacional: um estudo retrospectivo
    (UNISA, 2024) Viana, Bianca Lorayne de Almeida; Zati, Lara Batistoni; Fernandino, Maria Eduarda Santos
    INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de mortalidade mundial e se apresenta como uma importante ameaça à saúde pública, seja na forma isquêmica, seja na forma hemorrágica. Haja vista a etiologia multifatorial, os fatores de risco variam de acordo com as diferentes etnias e regiões do mundo e o conhecimento dessa variabilidade é benéfico para a implementação e melhora da assistência médica para a doença. Nesse sentido, o presente estudo visa avaliar a incidência de AVC em uma Rede de Atenção à Saúde na Zona Sul de São Paulo e relacionar os fatores de risco e perfis populacionais mais acometidos. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão bibliográfica na base de dados PubMed, para selecionar artigos disponíveis de forma íntegra online nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2018 e 2023 com a temática em foco. Em seguida, foi realizada a fase ecológica, retrospectiva e analítica do trabalho, através da coleta de dados dos prontuários entre janeiro e dezembro de 2023 dos pacientes do ambulatório de neurologia do Hospital Dia da Rede Hora Certa da Capela do Socorro, na Zona Sul de São Paulo. Por fim, a amostra obtida foi comparada aos dados coletados na revisão bibliográfica, obtendo a correlação entre as informações da literatura e da população envolvida no estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 81 pacientes tinham registros consistentes e foram acompanhados no ambulatório de neurologia, após algum episódio de AVC. 58% dos pacientes eram do sexo masculino e cerca de 55,9% eram de procedência da região nordeste. 74 pacientes apresentavam algum tipo de doença crônica e 42,5% já tinham sido submetidos a algum tipo de cirurgia prévia. 35 indivíduos apresentavam familiares de primeiro grau com histórico de infarto agudo do miocárdio e/ou AVC. Em relação ao tipo de evento, 93,5% dos AVCs foram do tipo isquêmico e ao analisar a assistência dos pacientes, durante o episódio agudo em hospital de referência, dentre 33 respostas em relação a realização ou não da trombólise, apenas 10 pacientes realizaram o procedimento. Em comparação com a literatura, o presente estudo se mostrou concordante em alguns aspectos, principalmente os fatores de risco, com antecedentes de doenças crônicas, além da etiologia da doença, sendo a maior parte AVC isquêmico. Alguns dados se mostraram relevantes, como a idade de acometimento do primeiro episódio, sendo a maioria abaixo de 70 anos, e cirurgias prévias como possível fator de risco. CONCLUSÃO: A população analisada apresenta características consistentes com o previsto pela literatura, porém algumas correlações interessantes propõem particularidades, como a incidência de cirurgias prévias. É essencial que os fatores de risco sejam identificados e manejados à conjuntura da população acometida, de modo que os protocolos de promoção em saúde possam ser aplicados de acordo com as particularidades dos grupos populacionais atendidos pela rede de saúde da região abordada. Ademais, vale ressaltar a importância do preenchimento dos dados em prontuários para corroborar com pesquisas epidemiológicas que visam a promoção à saúde.