Análise sobre automedicação para desempenho sexual no sexo masculino

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Data
2024
Autores
Borklian, André Sanazar
Bozyk, Camila Pessina
Bez, Filippo Fabi
Aronis, Nicholas McKay
Ferrari, Sofia Benetti
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UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: Nos últimos tempos, observou-se um aumento na incidência dos transtornos sexuais masculinos. O objetivo da pesquisa é analisar a utilização de medicamentos para melhora do desempenho sexual masculino sem indicação médica. METODOLOGIA: Foram distribuídos formulários autoaplicáveis a homens acima da maioridade, por meio da internet. A amostragem foi feita por conveniência. O formulário contém questões relacionadas à prática sexual, consumo de material pornográfico e uso de substâncias para aumentar o desempenho sexual. Após a coleta dos questionários, os dados foram tabelados utilizando o programa Excel para o Microsoft Windows, visando uma análise subsequente dos resultados obtidos. A análise foi realizada por meio do método estatístico do qui-quadrado, adotando um nível de significância de 5%, utilizando o programa SPSS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi obtido um total de 195 respostas válidas de um total inicial de 224, após a exclusão de 29 respostas, baseada nos critérios de inclusão. A amostra apresentou uma idade média de 33 anos. O consumo de pornografia foi reportado por 128 participantes, sendo que 43,8% o fazem semanalmente. Além disso, 33,6% dos consumidores da indústria pornográfica já se automedicaram em busca de um melhor desempenho sexual, e 76% dos homens que usaram medicação o fizeram por recomendação de amigos. Outros estudos indicam que o uso de substâncias para melhorar o desempenho sexual é comum entre jovens, embora não haja uma associação estatisticamente significativa entre o número de parceiros sexuais e o consumo de pornografia no presente estudo. Em relação ao número de parceiros sexuais e o uso de pornografia, não há uma associação estatisticamente significativa entre essas variáveis. Isso sugere que outros fatores podem influenciar o comportamento sexual e o consumo de pornografia, ou que a relação entre elas não foi captada pela amostra ou métodos utilizados. Além disso, o questionário mostrou que 149 participantes usavam substâncias lícitas ou ilícitas frequentemente, e 45 destes utilizaram medicação para melhorar o desempenho sexual. Esses dados indicam uma possível correlação entre o consumo de substâncias e a busca por soluções farmacológicas para disfunção sexual, sugerindo que esses usuários podem enfrentar mais desafios na esfera sexual. No entanto, a análise estatística, com correção de Yates, não mostrou relevância. Uma outra análise foi realizada, relacionando a idade com a automedicação para o desempenho sexual. As idades médias dos entrevistados que disseram se automedicar e dos que não fazem uso desses medicamentos foi similar, indicando que não há relevância estatística. CONCLUSÃO: Há um evidente abuso de medicações para performance sexual e consumo excessivo de conteúdos adultos, motivados por insegurança e busca de perfeição. Isso resulta em piora na qualidade de vida social e sexual dos homens.
Descrição
Palavras-chave
Automedicação, Disfunção Erétil, Ejaculação Precoce
Citação
Borklian, André Sanazar; Bozyk, Camila Pessina; Bez, Filippo Fabi; Aronis, Nicholas McKay; Ferrari, Sofia Benetti. Análise sobre automedicação para desempenho sexual no sexo masculino. Orientador: Leonardo Sokolnik de Oliveira. 2024. 23 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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