Doutorado em Odontologia
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- ItemInfluência do fluxo de trabalho e do ajuste interno na desadaptação marginal e interna de coroas de dissilicato de lítio(UNISA, 2024)A adequada adaptação marginal e interna de coroas cerâmicas está associada à longevidade e funcionalidade das reabilitações protéticas. A odontologia digital tem proporcionado reabilitações com planejamentos prévios e controle das etapas de desenvolvimento clínico e protético. O objetivo neste estudo foi avaliar a influência de diferentes fluxos de trabalho (analógico, híbrido e digital) e ajustes internos na desadaptação marginal e interna de coroas de dissilicato de lítio. Foram confeccionadas 50 coroas em dissilicato de lítio, distribuídas em cinco grupos (n=10): G1A (controle): fluxo analógico / troquel gesso / coroa prensada; G2H: fluxo híbrido / troquel gesso e digital / coroa fresada; G3H: fluxo híbrido / troquel digital e impresso / coroa prensada; G4H: fluxo híbrido / troquel digital / enceramento impresso / coroa prensada; G5D: fluxo digital / troquel digital / coroa fresada. Uma matriz metálica com preparo para coroa total foi desenvolvida em software 3D e fresada em CoCr. A desadaptação marginal foi analisada, pré e após ajustes internos, por meio de estereomicroscópio em triplicata considerando 4 pontos a partir da metade de cada face, com a coroa assentada sobre a matriz. Para avaliação da desadaptação interna, foi utilizado um silicone por adição (Fit Checker Advanced) indicado para checagem de margens. As películas foram analisadas através de microtomografia computadorizada e as medições realizadas em software para arquivos DICOM. Foram analisados 3 cortes no sentido mesio-distal (central, 1mm sentido vestibular e 1mm sentido lingual). Os pontos de medição foram: parede mesial e distal: 1mm, 3mm, 5mm no sentido ocluso-apical; parede oclusal: centro da parede oclusal e 2mm em direção ao centro partindo da parede mesial e distal. Totalizando assim 9 pontos em cada corte. Após as primeiras medições, os pontos de interferências (ausência do silicone por adição) foram identificados e ajustes internos com ponta diamantada foram realizados. As películas de silicone foram refeitas e reanalisadas. Todas as películas foram incluídas em um silicone por adição (técnica de réplica) para avaliação da desadaptação interna e os mesmos pontos analisados por micro-TC foram analisados em estereomicroscópio. O teste de Shapiro-Wilk foi aplicado para avaliar a normalidade dos dados, seguido pelo teste de ANOVA para análise de variância por 2 fatores e teste de Tukey para comparações múltiplas, com nível de significância de 5%. Os resultados iniciais mostraram que o grupo G4H apresentou os menores valores de desadaptação marginal, enquanto o grupo G3H registrou os maiores valores, ambos sem diferenças estatísticas com o grupo controle. Após os ajustes internos, todos os grupos apresentaram reduções nos valores de desadaptação marginal, com o grupo G3H diferindo estatisticamente do grupo controle. Para a desadaptação interna, a Micro-TC identificou o G5D com os menores valores antes e após ajustes não diferindo estatisticamente do grupo controle. G3H apresentou maiores valores antes e após ajustes internos não diferindo estatisticamente do grupo controle após ajustes. Concluiu-se neste estudo que tanto o fluxo analógico quanto o digital são eficazes na adaptação marginal e interna, com os ajustes internos podendo promover uma melhora na adaptação de coroas de dissilicato de lítio.
- ItemEfeito antimicrobiano do plasma de baixa temperatura sob pressão atmosférica e da terapia fotodinâmica sobre biofilme de Streptococcus gordonii em discos de titânio(UNISA, 2024)A implantodontia tem alcançado elevado sucesso nas últimas décadas, refletido pelo aumento significativo no número de implantes instalados. Contudo, esse crescimento está associado a uma maior incidência de falhas, que variam desde problemas na instalação até o desenvolvimento de doenças peri-implantares. O principal desafio no tratamento peri-implantar reside na descontaminação eficaz da superfície dos implantes e dos tecidos de suporte comprometidos. Esse tratamento abrange tanto as abordagens convencionais para peri-implantite quanto métodos de descontaminação da superfície do implante. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos antimicrobianos de diferentes tratamentos de descontaminação como: plasma de baixa temperatura sobre pressão atmosférica (P), terapia fotodinâmica (T) com azul de metileno a 0,01% na forma de aplicação pulverizada (Tp) e por imersão do disco na solução (Ti), Clorexidina (CX) a 0,12% e sem tratamento (C). Um total de 180 discos, 90 de superfície lisa (SL) e 90 de superfície tratada (ST) foram divididos em 2 grupos: (1) tratamento antimicrobiano sobre biofilme de Streptococcus gordonii (S. gordonii) formado nos discos de titânio (tratamento depois-D) e (2) tratamentos antimicrobianos prévios sobre os discos de titânio antes da formação do biofilme S. gordonii (tratamento antes-A). O efeito antimicrobiano destes tratamentos foi avaliado pela contagem da unidade formadora de colônia por mililitro (UFC/ml) realizado em triplicata. As análises qualitativas destes grupos descritos acima, tanto na superfície do implante quanto no biofilme, foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados foram submetidos aos testes de Shapiro-Wilk, Levene, Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, com nível de significância de 5% para todos os testes. O grupo PD mostrou maior efeito antimicrobiano sobre o biofilme formado, tanto em SL como ST, em relação aos grupos TDi, TDp e CD (p<0,0001), e sem diferença estatística comparando com CXD. No entanto, quando os discos de titânio de SL eram submetidos previamente aos tratamentos antimicrobianos, o biofilme que se formava após o tratamento, PA, este se mostrou maior em número de UFC/ml do que os outros tratamentos antimicrobianos (p<0,05). O tratamento prévio não fez diferença na formação do biofilme na ST. As análises qualitativas das superfícies dos discos, tanto para a SL quanto ST, mostraram a presença de resíduos e alteração da superfície após os tratamentos com P e T. As análises do biofilme após os tratamentos mostram que a CX, P e T também modificaram em quantidade e tamanhos das bactérias presentes no biofilme. Conclui-se que o plasma teve efeito antimicrobiano sobre o biofilme formado de S. gordonii sendo mais uma opção na desinfecção da superfície do titânio, seguido dos tratamentos com CX e T. No entanto, quando os discos eram submetidos previamente aos tratamentos antimicrobianos, estes tratamentos não faziam diferença na formação do biofilme, ao contrário, no tratamento com o PA pode ter alterado a superfície dos discos, o que aumentou a adesão bacteriana. Os resultados indicam a necessidade de avaliar os impactos de cada tratamento a longo prazo.
- ItemDoença de Heck e Herpesvírus em Populações Indígenas Yanomami(UNISA, 2022)As viroses que causam papilomatoses orais e herpesviroses afetam a mucosa oral de crianças e adultos de diversas regiões do mundo e em diferentes grupos étnicos como indígenas e esquimós. Há diversas papilomatoses e herpesviroses que provocam alterações nos indivíduos dentre elas a hiperplasia focal epitelial (HEF) e o Epstein-Barr vírus (EBV). A HEF é uma proliferação induzida por papilomavírus, localizada no epitélio escamoso oral. Os locais mais propensos ao desenvolvimento dessa lesão são as superfícies queratinizadas e não queratinizadas da cavidade oral. O EBV é um vírus que atinge mais de 90% da população mundial e a principal manifestação é a mononucleose infecciosa, doença que se dissemina através da saliva e muito prevalente entre adolescentes. O objetivo deste estudo foi detectar a presença de herpesvírus em indígenas Yanomamis com e sem lesão de HEF e comparar com em não indígenas presentes na literatura. Foram coletadas o total de 81 amostras de saliva dos indígenas (indivíduos que apresentavam a lesão bucal de HEF, assim como do seu núcleo familiar). Essas amostras foram congeladas para posterior análise. O DNA foi extraído da amostra e posteriormente foi analisado por meio do PCR e corrida em gel de agarose 2% para identificar os vírus HSV1, HSV2, VZV, EBV, CMV, HHV6, HHV7 e o HHV8 nas amostras. Comparou-se os indivíduos com e os indivíduos sem lesão de HEF com relação ao gênero, faixa etária, prevalência dos vírus. Verificamos que nenhuma amostra foi positiva para o HSV-2 e VZV; para o HSV-1 oito (9,9%) indivíduos foram positivos; para o EBV vinte e oito (34,6%) testaram positivo; sete (8,6%) para o CMV; sete (8,6%) para o HHV-6; cinco (6,2%) para o HHV-7 e nove (11,1%) para o HHV8. Na análise dos indivíduos portadores de HEF e a frequência do HSV-1 foi encontrada uma relação significativa (p < 0,001); e para o HHV-6 onde nenhum paciente com lesão apresentou o vírus (p = 0,022). Pode-se concluir que houve forte correlação entre pacientes com HEF e o HSV-1; a prevalência de HHV-8 mostrou-se diversa da que foi relatada na literatura em indígena e as demais herpesviroses teve prevalência semelhante a relatada na literatura em não indígenas.
- ItemEstudo clínico prospectivo randomizado da dosimetria da terapia de fotobiomodulação no pós-operatório de exodontia de terceiros molares inferiores(UNISA, 2022)Apesar das exodontias de dentes terceiros molares serem muito corriqueiras no cotidiano clínico do cirurgião-dentista, por incluir a manipulação de tecidos moles e duros da cadidade oral, estão associadas muitas vezes a complicações importantes e até mesmo incapacitantes. Dor, trismo e edema são as condições pós-operatórias mais frequentemente reportadas pelos pacientes e, tradicionalmente, terapia medicamentosa, crioterapia e recomendações de cuidados pós-operatórios são empregados com o intuito de evita-las ou controla-las. Por outro lado, a terapia de fotobiomodulação (TFBM) vem ganhando atenção no pós-operatório destas cirurgias, graças aos seus efeitos analgésico, de modulação da inflamação e de biomodulação, favorecendo o reparo tecidual. No entanto, dados da literatura evidenciam a falta de consenso quanto ao protocolo dosimétrico para tal finalidade terapêutica. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os benefícios de diferentes protocolos dosimétricos da TFBM no pós-operatório de extração dos dentes terceiros molares inferiores, considerando alguns desfechos clínicos. Setenta pacientes com necessidade de exodontia dos terceiros molares inferiores foram randomizados em 7 grupos, de acordo com o protocolo de TFBM recebido logo após a cirurgia, como se segue: G1, controle, o qual recebeu apenas a prescrição de medicamentos e cuidados pós-operatórios; G2, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação óssea e x 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação tecidual; G3, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação óssea e λ. 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação tecidual; G4, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação óssea e λ. 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação tecidual; G5, recebeu a TFBM по λ. 808 е 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação óssea e tecidual; G6, recebeu a TFBM no λ. 808 e 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação óssea e tecidual; e G7, recebeu a TFBM no λ. 808 e 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação óssea e tecidual. A dor foi avaliada no pós-operatório imediato, 24 horas, 48 horas e 7 dias, e trismo e edema no pós-operatório imediato e 7 dias. Não houve diferença em nenhuma variável estudada em nenhum tempo de avaliação quando qualquer protocolo de TFBM foi comparado com o grupo controle (G1). Dentro das limitações metodológicas do presente estudo, não houve diferença entre nenhum protocolo dosimétrico de TFBM em relação à terapia medicamentosa associada a orientações pós-operatórias convencionais quando considerados escore de dor, trismo e edema.
- ItemAvaliação da precisão da instalação dos implantes dentários por meio da técnica de cirurgia guiada estática com e sem retalho: estudo coorte prospectivo com 4 anos de acompanhamento.(UNISA, 2023)A instalação de implantes dentários por meio da técnica de cirurgia guiada estática tem mostrado aplicabilidade clínica satisfatória por ser minimamente invasiva. Entretanto, pode ocorrer erros na transferência do planejamento virtual para a posição real dos implantes. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar por meio de tomografias computadorizadas, as posições dos implantes realizados nos planejamentos virtuais, com as posições reais obtidas após a realização da instalação dos implantes osseointegrados com a técnica de cirurgia guiada etática com e sem retalho e também avaliar as condições clínicas das próteses sobre implantes ao longo de 4 anos de acompanhamento. Desta forma, foi instalado um implante por meio da técnica de cirurgia guiada estática na região de pré-molar superior direito ou esquerdo na maxila ou mandíbula de 13 pacientes (n=13). Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes em que a cirurgia foi realizada sem retalho e em pacientes que a cirurgia foi realizada com retalho. Com a utilização de uma ferramenta do software coDiagnostiXÒ foram realizadas as mensurações dos desvios dos implantes instalados nos dois grupos. Os desvios avaliados foram os correspondentes a plataforma do implante e ao ápice do implante. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste estatístico t de Student e o nível de significância adotado foi de 5%. Também foi realizado o acompanhamento clínico e a satisfação do paciente através de um questionário. Os resultados obtidos demonstraram maior desvio com a utilização da técnica de cirurgia guiada estática sem retalho com diferença estatisticamente significante para o desvio 3D base (P=0,016) e 3D ponta (P=0,024). A avaliação clínica demonstrou que não houve perdas de implantes e nenhum tipo de complicações, durante os 4 anos de acompanhamento. Desta forma, foi concluído que a cirurgia guiada estática utilizando a técnica sem retalho apresenta maior desvio quando comparado com a técnica com retalho.