Doutorado em Odontologia

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    Doença de Heck e Herpesvírus em Populações Indígenas Yanomami
    (UNISA, 2022) Boaventura, Richardson Mondego
    As viroses que causam papilomatoses orais e herpesviroses afetam a mucosa oral de crianças e adultos de diversas regiões do mundo e em diferentes grupos étnicos como indígenas e esquimós. Há diversas papilomatoses e herpesviroses que provocam alterações nos indivíduos dentre elas a hiperplasia focal epitelial (HEF) e o Epstein-Barr vírus (EBV). A HEF é uma proliferação induzida por papilomavírus, localizada no epitélio escamoso oral. Os locais mais propensos ao desenvolvimento dessa lesão são as superfícies queratinizadas e não queratinizadas da cavidade oral. O EBV é um vírus que atinge mais de 90% da população mundial e a principal manifestação é a mononucleose infecciosa, doença que se dissemina através da saliva e muito prevalente entre adolescentes. O objetivo deste estudo foi detectar a presença de herpesvírus em indígenas Yanomamis com e sem lesão de HEF e comparar com em não indígenas presentes na literatura. Foram coletadas o total de 81 amostras de saliva dos indígenas (indivíduos que apresentavam a lesão bucal de HEF, assim como do seu núcleo familiar). Essas amostras foram congeladas para posterior análise. O DNA foi extraído da amostra e posteriormente foi analisado por meio do PCR e corrida em gel de agarose 2% para identificar os vírus HSV1, HSV2, VZV, EBV, CMV, HHV6, HHV7 e o HHV8 nas amostras. Comparou-se os indivíduos com e os indivíduos sem lesão de HEF com relação ao gênero, faixa etária, prevalência dos vírus. Verificamos que nenhuma amostra foi positiva para o HSV-2 e VZV; para o HSV-1 oito (9,9%) indivíduos foram positivos; para o EBV vinte e oito (34,6%) testaram positivo; sete (8,6%) para o CMV; sete (8,6%) para o HHV-6; cinco (6,2%) para o HHV-7 e nove (11,1%) para o HHV8. Na análise dos indivíduos portadores de HEF e a frequência do HSV-1 foi encontrada uma relação significativa (p < 0,001); e para o HHV-6 onde nenhum paciente com lesão apresentou o vírus (p = 0,022). Pode-se concluir que houve forte correlação entre pacientes com HEF e o HSV-1; a prevalência de HHV-8 mostrou-se diversa da que foi relatada na literatura em indígena e as demais herpesviroses teve prevalência semelhante a relatada na literatura em não indígenas.
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    Estudo clínico prospectivo randomizado da dosimetria da terapia de fotobiomodulação no pós-operatório de exodontia de terceiros molares inferiores
    (UNISA, 2022) Tateno, Ricardo Yudi
    Apesar das exodontias de dentes terceiros molares serem muito corriqueiras no cotidiano clínico do cirurgião-dentista, por incluir a manipulação de tecidos moles e duros da cadidade oral, estão associadas muitas vezes a complicações importantes e até mesmo incapacitantes. Dor, trismo e edema são as condições pós-operatórias mais frequentemente reportadas pelos pacientes e, tradicionalmente, terapia medicamentosa, crioterapia e recomendações de cuidados pós-operatórios são empregados com o intuito de evita-las ou controla-las. Por outro lado, a terapia de fotobiomodulação (TFBM) vem ganhando atenção no pós-operatório destas cirurgias, graças aos seus efeitos analgésico, de modulação da inflamação e de biomodulação, favorecendo o reparo tecidual. No entanto, dados da literatura evidenciam a falta de consenso quanto ao protocolo dosimétrico para tal finalidade terapêutica. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os benefícios de diferentes protocolos dosimétricos da TFBM no pós-operatório de extração dos dentes terceiros molares inferiores, considerando alguns desfechos clínicos. Setenta pacientes com necessidade de exodontia dos terceiros molares inferiores foram randomizados em 7 grupos, de acordo com o protocolo de TFBM recebido logo após a cirurgia, como se segue: G1, controle, o qual recebeu apenas a prescrição de medicamentos e cuidados pós-operatórios; G2, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação óssea e x 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação tecidual; G3, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação óssea e λ. 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação tecidual; G4, recebeu a TFBM no λ. 808nm, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação óssea e λ. 660nm, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação tecidual; G5, recebeu a TFBM по λ. 808 е 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 0.5 J por ponto para remodelação óssea e tecidual; G6, recebeu a TFBM no λ. 808 e 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 1 J por ponto para remodelação óssea e tecidual; e G7, recebeu a TFBM no λ. 808 e 660nm associados em aplicação simultânea, 100 mW, 35 J/cm², 2 J por ponto para remodelação óssea e tecidual. A dor foi avaliada no pós-operatório imediato, 24 horas, 48 horas e 7 dias, e trismo e edema no pós-operatório imediato e 7 dias. Não houve diferença em nenhuma variável estudada em nenhum tempo de avaliação quando qualquer protocolo de TFBM foi comparado com o grupo controle (G1). Dentro das limitações metodológicas do presente estudo, não houve diferença entre nenhum protocolo dosimétrico de TFBM em relação à terapia medicamentosa associada a orientações pós-operatórias convencionais quando considerados escore de dor, trismo e edema.
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    Avaliação da precisão da instalação dos implantes dentários por meio da técnica de cirurgia guiada estática com e sem retalho: estudo coorte prospectivo com 4 anos de acompanhamento.
    (UNISA, 2023) Lima, Ricardo Seixas de Paiva
    A instalação de implantes dentários por meio da técnica de cirurgia guiada estática tem mostrado aplicabilidade clínica satisfatória por ser minimamente invasiva. Entretanto, pode ocorrer erros na transferência do planejamento virtual para a posição real dos implantes. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar por meio de tomografias computadorizadas, as posições dos implantes realizados nos planejamentos virtuais, com as posições reais obtidas após a realização da instalação dos implantes osseointegrados com a técnica de cirurgia guiada etática com e sem retalho e também avaliar as condições clínicas das próteses sobre implantes ao longo de 4 anos de acompanhamento. Desta forma, foi instalado um implante por meio da técnica de cirurgia guiada estática na região de pré-molar superior direito ou esquerdo na maxila ou mandíbula de 13 pacientes (n=13). Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes em que a cirurgia foi realizada sem retalho e em pacientes que a cirurgia foi realizada com retalho. Com a utilização de uma ferramenta do software coDiagnostiXÒ foram realizadas as mensurações dos desvios dos implantes instalados nos dois grupos. Os desvios avaliados foram os correspondentes a plataforma do implante e ao ápice do implante. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste estatístico t de Student e o nível de significância adotado foi de 5%. Também foi realizado o acompanhamento clínico e a satisfação do paciente através de um questionário. Os resultados obtidos demonstraram maior desvio com a utilização da técnica de cirurgia guiada estática sem retalho com diferença estatisticamente significante para o desvio 3D base (P=0,016) e 3D ponta (P=0,024). A avaliação clínica demonstrou que não houve perdas de implantes e nenhum tipo de complicações, durante os 4 anos de acompanhamento. Desta forma, foi concluído que a cirurgia guiada estática utilizando a técnica sem retalho apresenta maior desvio quando comparado com a técnica com retalho.
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    Influência de diferentes compósitos restauradores experimentais contendo nanopartículas com capacidade de liberação de clorexidina sobre a desmineralização de esmalte dentário humano – estudo in vitro
    (UNISA, 2022) Pérez, Mirko Dennys Ayala
    O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de diferentes compósitos restauradores experimentais contendo nanopartículas com capacidade de liberação de clorexidina sobre a desmineralização de esmalte dentário humano. Para isso, a etapa inicial deste estudo baseou-se na manipulação dos compósitos com matrizes resinosas à base de Bis-GMA e TEGDMA, cargas inorgânicas à base de vidro de bário e sílica coloidal e variando em duas concentrações (30% e 60% em peso) e em duas proporções (80/20 e 70/30), além da adição de 5% do complexo montmorilonita/clorexidina (MMT/CHX). Outros três grupos foram utilizados como controle, sendo um constituído apenas por matriz resinosa, outro por matriz e as partículas de MMT/CHX e o último por um compósito comercial, totalizando 7 grupos experimentais. A etapa subsequente foi o preparo dos espécimes, mediante aprovação do CEP (CAAE: 58611322.8.0000.0081, ANEXO A), onde 49 espécimes (n=7) oriundos de 25 terceiros molares humanos extraídos foram seccionados, planificados e fixados com resina acrílica em dispositivos circulares de PVC, finalmente as cavidades foram cuidadosamente preparadas em formato circular com cerca de 2,1 milímetros de diâmetro e 2,4 milímetros de profundidade e restauradas com os compósitos experimentais. Com os espécimes supracitados já restaurados, procedeu-se a realização de dois ensaios: (1) Microdureza Knoop, que mensurou em pontos padronizados ao redor da restauração a dureza de superfície do espécime antes e após o crescimento do biofilme, e desta forma foi possível prever o perfil de desmineralização após a perda da dureza, (2) Biofilme, experimento que desencadeou a desmineralização do esmalte e avaliou a resposta dos compósitos experimentais diante do desafio microbiano a que foram expostos com a formação do biofilme a partir de culturas com Streptococcus Mutans. A análise estatística foi realizada de acordo com a normalidade e a homocedasticidade dos dados. A partir dos resultados obtidos com estes ensaios foi possível observar que houve desmineralização em todos os grupos após 7 dias de crescimento do biofilme, notada a redução da dureza em todos os grupos. Além disso, no grupo com maior redução na dureza também foi visto um alto valor na contagem de unidades formadoras de colônias (UFCs), o que pode ser explicado pela ausência de cargas inorgânicas no referido compósito experimental e com isso uma possível liberação rápida e excessiva da clorexidina. Apenas numericamente há uma tendência de melhor desempenho bioativo nos grupos com alta concentração de carga inorgânica embora estatisticamente não os grupos não tenham apresentado diferença. Portanto, dentro das limitações do estudo pode-se concluir que somente os compósitos experimentais com MMT/CHX não são suficientes para liberar clorexidina ao longo de 7 dias e impedir desmineralização.
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    Comparação dos efeitos dentoesqueléticos da expansão rápida assistida por mini-implantes (MARPE) e assistida por cirurgia (SARPE) no tratamento das discrepâncias transversais da maxila
    (UNISA, 2022) Quintela, Marcelo de Melo
    O MARPE (miniscrew assisted rapid expansion) é uma técnica recente que pretende substituir terapias mais consagradas de expansão rápida de maxila (ERM), como os expansores convencionais apoiados em dentes, ou técnica mais invasiva, como a SARPE (surgically assisted rapid palatal expansion), para abertura da sutura palatina mediana (SPM) em pacientes jovens e adultos com deficiência transversal, acompanhada ou não de mordida cruzada uni ou bilateral. Com o desenvolvimento de técnicas de fluxo digital, que sobrepõe imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) e arquivo gerado por escaneamento intraoral, tem-se utilizado guias cirúrgicos para instalação e corticopunções em procedimentos chamados MARPE Guide e Cortex Guide. O objetivo desse estudo-piloto prospectivo, intervencional e unicêntrico foi comparar por meio de TCFC os efeitos esqueléticos e dentoalveolares verificados a partir de 3 grupos tratados com 1) MARPE, 2) MARPE/Cortex Guides e 3) SARPE. Os critérios de inclusão foram deficiência transversal maxilar > 5mm, crescimento puberal completo, higiene bucal adequada e ausência de tratamento ortodôntico prévio. Anomalias craniofaciais, estágios precoces de ossificação da SPM, indivíduos sindrômicos e presença de doença periodontal em qualquer estágio foram considerados critérios de exclusão. Foram analisados 15 pacientes, divididos igualmente entre os grupos, com 13 mulheres (86,7%) e 2 homens (13,3%) (p = 0,412), com média de idade de 23,2 anos (DP: ±7,9), variando de 13,8 a 43,5 anos. Dezoito parâmetros ósseos e dentários foram analisados estatisticamente, utilizando-se testes da razão de verossimilhanças, análise de variâncias (ANOVA) e comparações múltiplas de Bonferroni. Houve diferença estatística em todas as variáveis em todos os grupos, demonstrando a eficácia das técnicas e os resultados sugeriram superioridade do MARPE/Cortex Guides em relação à SARPE e à instalação convencional do MARPE, especialmente na abertura posterior da sutura, determinando assim maior qualidade da ERM com efeitos esqueléticos mais acentuados e inclinações dentárias de menor magnitude, ainda que tenha sido a terapêutica eleita para os casos de maior ossificação sutural na amostra. Concluiu-se que o fornecimento de guias cirúrgicos para reprodutibilidade exata do planejamento virtual pode superar limites e determinar o sucesso da expansão em casos complexos.