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- ItemO anonimato das idosas no “Abrigo Casa Amigos da Vida”(UNISA, 2007) Miranda, Damaris SilvaA velhice é uma etapa da vida semelhante a qualquer outra. Isso porque assim como na infância, na adolescência e na idade adulta temos que aprender a viver as novas exigências, vez que ocorre uma verdadeira ruptura no processo social, na velhice não é diferente. Deve-se aprender a ser velho. Se adaptar as novas limitações como também aos novos prazeres. É na velhice que se inicia a fase onde o homem sofre as maiores imitações. E é a fase da vida onde se acumula os maiores acúmulos da história. No entanto, ao mesmo tempo que a velhice constitui inegavelmente o período do amadurecimento soberano do indivíduo é, por outro lado, o período da vida onde há a maior incidência de abandono. Um dos motivos desse fenômeno se deve a questões de ordem familiar. Vale dizer: com a chegada da globalização as famílias ocidentais mudaram completamente sua forma de vida. As mulheres saíram para o mercado de trabalho, competindo de igual modo com os homens, ocasionando um abalo significativo da família tradicionalmente conhecida (a famosa família Doriana). Diante desse avanço e exigência cada dia mais intensificada da mão-de-obra humana, os idosos passaram a não atender as novas exigências do novo mercado, o que contribuiu sobremaneira para o seu distanciamento do seio familiar. Essa distância entre a família e o idoso fez florescer instituições de natureza asilar que objetivaram suprir a ausência familiar, promovendo aos idosos formas de recompor a perda que sofreram em decorrência desse processo.