Mestrado em Ciências da Saúde
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Mestrado em Ciências da Saúde por Assunto "Acelerometria"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAvaliação do tempo de atividade física e comportamento sedentário em pessoas com transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar: concordância entre métodos subjetivo e objetivo(UNISA, 2021) Nascimento, Rafael Bonfim doA atividade física (AF) e o comportamento sedentário (CS) parecem ser indicadores potenciais do estado geral de saúde de pessoas com transtorno depressivo maior (TDM) e transtorno bipolar (TB). A avaliação dessas medidas depende de questionários padronizados de autorrelato, como o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) ou equipamentos eletrônicos, como acelerômetro. Estudos recentes com pessoas com esquizofrenia mostraram as discrepâncias entre o IPAQ e o acelerômetro. Entretanto, estudos de concordância para variáveis de AF e CS não foram realizados em pessoas com TDM ou TB. Objetivo: Verificar em pessoas com TDM ou TB a concordância de medidas de AF e CS avaliadas pelo IPAQ e acelerômetro. Métodos: Nesse estudo observacional, incluímos 30 pessoas de um ambulatório psiquiátrico com diagnósticos confirmados (Μ.Ι.Ν.Ι.). Os sintomas depressivos foram avaliados pela escala MADRS e sintoma maníacos pela escala YRMS. As medidas de AF (atividade física moderada AFM; atividade física vigorosa AFV; atividade física moderada e vigorosa AFMV) e CS foram obtidas durante 7 dias e pelo IPAQ (versão curta) e acelerômetro (ActiGraph® GT9X). Os dados foram analisados no software SPSS. O nível de significância adotado foi de p≤0,05 e todos os dados foram apresentados em minutos por dia. Fizemos testes para determinar a normalidade e a igualdade da variância, sendo que dados com distribuição paramétrica apresentamos em média e desvio padrão (ex: xx + xx) e dados com distribuição não paramétrica, apresentamos em mediana e intervalo interquartil [ex: xx (xxxx)]. Por fim, comparamos os valores observados entre IPAQ e acelerômetro (Mann Whitney test), correlação (correlação de Spearman) e análise de concordância (Bland-Altman). Resultados: Para a variável tempo de AF verificou-se valores menores para IPAQ comparado ao acelerômetro [AFM 4 (0-17) minutos por dia vs 22 (1033) minutos por dia p<0,001]; AFMV [7 (0-18) minutos por dia vs 22 (10- 33) minutos por dia p=0,001], respectivamente. Para tempo de CS o IPAQ também apresentou valores menores comparado ao acelerômetro [171 (90-309) minutos por dia vs 490 (386-587) minutos por dia p<0,001]), respectivamente. As associações entre IPAQ e acelerômetro foram fracas (rho= 0,03 a 0,39) para AFM, AFV e AFMV e moderadas (rho= 0,40 a 0,69) para CS. Na análise de concordância verificamos para AFM uma subestimação dos dados (IPAQ vs acelerômetro) havendo uma discordância entre os métodos com um viés de 10,7 minutos por dia. Para AFMV houve subestimação dos dados (IPAQ vs acelerômetro), havendo uma discordância entre os métodos com um viés de -9,4 minutos por dia. Para CS houve subestimação dos dados (IPAQ vs Acelerômetro), havendo uma discordância entre os métodos com um viés de -325,2 minutos por dia. Discussão: Demonstramos que o tempo de AF (moderada, vigorosa ou moderada e vigorosa) e o tempo de CS em pessoas com TDM ou TB avaliados pelo IPAQ ou acelerômetro apresentam: 1) valores diferentes na análise de comparação; 2) baixas associações nas correlações; 3) alta discordância entre os métodos. Conclusão: Devido às diferenças observadas entre as medidas subjetivas (IPAQ) e objetivas (acelerômetro), os dados sugerem a utilização de medições objetivas de AF e CS em pessoas com TDM ou TВ.