Análise retrospectiva do comportamento de implantes instalados na maxila posterior em relação à integridade da membrana sinusal

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Data
2024
Autores
Reis, Francisco Carlos dos Santos
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Editor
UNISA
Resumo
A maxila atrófica continua sendo desafiadora nos casos de reabilitação com implantes, sendo influenciada por fatores como técnica cirúrgica, material de enxertia e anatomia sinusal. Sabe-se que a sobrevivência de implantes instalados nessas regiões é uma tarefa árdua, principalmente diante da perfuração da membrana sinusal. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o comportamento de implantes instalados em enxertos sinusais, através de tomografias realizadas após a instalação das próteses. Foram realizadas tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC), em 20 pacientes, sendo analisados 35 seios a fim de avaliar a influência da perfuração da membrana na sobrevivência dos implantes, volume ósseo formado e perda óssea perimplantar. Os implantes permaneceram sob cargas funcionais por um período de 12 a 90 meses. TCFC foram realizadas, independentemente da sua quantidade ou tipo de reabilitação protética. Realizou-se cortes parassagitais de 1mm e as imagens foram analisadas no software CS3D Imaging (Carestream Health Inc. New York, USA). Para a mensuração da formação de osso, utilizou-se uma linha de referência traçada no ponto médio da maior altura do rebordo alveolar, paralela ao assoalho do seio maxilar, e outra linha na superfície do rebordo. A altura do rebordo alveolar foi mensurada por meio da união de duas linhas de referência tangenciando o assoalho do seio maxilar, paralela ao ponto de maior altura, utilizando a ferramenta de ângulo do CS3D Imaging. As mensurações para avaliar a perda óssea foram feitas a partir da plataforma do implante até onde se apresentava a maior perda óssea (reabsorção mais apical). Todas as medidas foram comparadas e analisadas estatisticamente através do Stata/SE (StataCoorp® versão 12.0). Quando relacionadas à perfuração da membrana e à perda de implantes foi encontrada significância estatística (valor de p= 0,002), com 41,67% de implantes perdidos em seios com perfuração da membrana sinusal e 6,12% em membranas hígidas. A altura média do enxerto ósseo formado foi maior no grupo de indivíduos que não perfurou a membrana 12,54mm (DP: 2,45), enquanto no grupo de pessoas em que houve a perfuração 10,5mm (DP: 1,0), portanto, sem significância estatística (valor de p = 0,055). A média de perda óssea perimplantar entre os indivíduos que não tiveram a membrana sinusal perfurada foi menor (média: 1,31; DP: 1,01) que a média entre os indivíduos que tiveram a membrana sinusal perfurada (média: 1,53; DP: 0,97). não sendo estatisticamente significativa (valor de p: 0,638). Foi analisada a correlação entre a altura óssea basal inicial e o ganho ósseo em altura. A média de altura inicial foi 4,33mm (DP: 1,59), e a média de ganho ósseo em altura foi de 6,24mm (DP: 3,14), com correlação negativa entre as medidas (coeficiente de correlação de Pearson: -0,5704), com significância estatística (valor de p = 0,0003). Os dados gerados por este estudo sugerem que implantes instalados em enxertos sinusais tendem a se comportar bem, desde que não haja perfuração de membrana. Houve correlação estatisticamente significativa (valor de p = 0,002) entre a perfuração da membrana e perda de implantes.
Descrição
Palavras-chave
Seio maxilar, Reabsorção alveolar, Enxerto ósseo, Implantes dentários, Levantamento do assoalho do Seio Maxilar
Citação
REIS, Francisco Carlos dos Santos. Análise retrospectiva do comportamento de implantes instalados na maxila posterior em relação à integridade da membrana sinusal. Tese (Doutorado em Odontologia) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.