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Navegando Medicina por Assunto "Acidente Vascular Cerebral"
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- ItemAnálise comparativa entre taxa de mortalidade e internação por acidente vascular cerebral de 2013 a 2023 no município de São Paulo(2024) Fernandes, Arthur Martins; Chuery, Giovanna BertoliniINTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte no Brasil, representando um grave problema de saúde pública, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo. O AVC pode ser classificado como isquêmico, devido à obstrução arterial, ou hemorrágico, caracterizado pela ruptura espontânea de vasos, com prognóstico desfavorável em casos graves. Fatores como condições socioeconômicas, comorbidades e estilo de vida inadequado são determinantes para a incidência desta doença. Com base nisso, este estudo busca analisar internações e óbitos por AVC em São Paulo (2013-2023), considerando variáveis como faixa etária, sexo, zona regional e tempo de internação. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo observacional e descritivo utilizando dados do Sistema Único de Saúde (SUS), extraídos do TABNET, para analisar internações e óbitos por AVC no município de São Paulo, utilizando o código CID-10 I64 (AVC não especificado como hemorrágico ou isquêmico). As variáveis investigadas foram: faixa etária, sexo, zona regional e tempo de permanência hospitalar. Foi realizado uma análise descritiva e regressão logística binomial para examinar as taxas de internação e óbitos, identificar os fatores preditores de mortalidade e calcular a razão de chances (odds ratio) e seus intervalos de confiança. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre as variáveis analisadas, a faixa etária, zona regional e tempo de internação foram preditores significativos de mortalidade, com destaque para a maior probabilidade de óbito em pacientes com 80 anos ou mais, pacientes nas regiões Leste e Sul, principalmente, e pacientes com internações mais prolongadas. Os fatores socioeconômicos exercem um papel importante nessas diferenças regionais, já que áreas mais periféricas frequentemente apresentam maior vulnerabilidade devido ao acesso limitado a serviços especializados de saúde, o que agrava os desfechos. Nos anos de 2020 e 2021 observou-se um padrão diferente dos outros anos, o que se correlaciona com o impacto da pandemia de COVID-19, revelando uma queda nas internações e um aumento na gravidade dos casos hospitalizados que evoluíram a óbito. Por outro lado, a variável sexo não apresentou associação estatisticamente significativa com o desfecho de óbito, diferentemente do que foi encontrado em literatura. CONCLUSÃO: A análise das taxas de internação e óbito por AVC de 2013 a 2023 contribuiu para um maior entendimento dos fatores associados à mortalidade, destacando a importância de políticas públicas que ampliem o acesso aos cuidados especializados, especialmente nas áreas mais vulneráveis. Além disso, o impacto dos fatores socioeconômicos, idade e tempo de internação no prognóstico do AVC reforça a necessidade de estratégias integradas de prevenção, tratamento e reabilitação para melhorar os desfechos dos pacientes.
- ItemIncidência de acidente vascular cerebral e análise populacional: um estudo retrospectivo(UNISA, 2024) Viana, Bianca Lorayne de Almeida; Zati, Lara Batistoni; Fernandino, Maria Eduarda SantosINTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de mortalidade mundial e se apresenta como uma importante ameaça à saúde pública, seja na forma isquêmica, seja na forma hemorrágica. Haja vista a etiologia multifatorial, os fatores de risco variam de acordo com as diferentes etnias e regiões do mundo e o conhecimento dessa variabilidade é benéfico para a implementação e melhora da assistência médica para a doença. Nesse sentido, o presente estudo visa avaliar a incidência de AVC em uma Rede de Atenção à Saúde na Zona Sul de São Paulo e relacionar os fatores de risco e perfis populacionais mais acometidos. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão bibliográfica na base de dados PubMed, para selecionar artigos disponíveis de forma íntegra online nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2018 e 2023 com a temática em foco. Em seguida, foi realizada a fase ecológica, retrospectiva e analítica do trabalho, através da coleta de dados dos prontuários entre janeiro e dezembro de 2023 dos pacientes do ambulatório de neurologia do Hospital Dia da Rede Hora Certa da Capela do Socorro, na Zona Sul de São Paulo. Por fim, a amostra obtida foi comparada aos dados coletados na revisão bibliográfica, obtendo a correlação entre as informações da literatura e da população envolvida no estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: 81 pacientes tinham registros consistentes e foram acompanhados no ambulatório de neurologia, após algum episódio de AVC. 58% dos pacientes eram do sexo masculino e cerca de 55,9% eram de procedência da região nordeste. 74 pacientes apresentavam algum tipo de doença crônica e 42,5% já tinham sido submetidos a algum tipo de cirurgia prévia. 35 indivíduos apresentavam familiares de primeiro grau com histórico de infarto agudo do miocárdio e/ou AVC. Em relação ao tipo de evento, 93,5% dos AVCs foram do tipo isquêmico e ao analisar a assistência dos pacientes, durante o episódio agudo em hospital de referência, dentre 33 respostas em relação a realização ou não da trombólise, apenas 10 pacientes realizaram o procedimento. Em comparação com a literatura, o presente estudo se mostrou concordante em alguns aspectos, principalmente os fatores de risco, com antecedentes de doenças crônicas, além da etiologia da doença, sendo a maior parte AVC isquêmico. Alguns dados se mostraram relevantes, como a idade de acometimento do primeiro episódio, sendo a maioria abaixo de 70 anos, e cirurgias prévias como possível fator de risco. CONCLUSÃO: A população analisada apresenta características consistentes com o previsto pela literatura, porém algumas correlações interessantes propõem particularidades, como a incidência de cirurgias prévias. É essencial que os fatores de risco sejam identificados e manejados à conjuntura da população acometida, de modo que os protocolos de promoção em saúde possam ser aplicados de acordo com as particularidades dos grupos populacionais atendidos pela rede de saúde da região abordada. Ademais, vale ressaltar a importância do preenchimento dos dados em prontuários para corroborar com pesquisas epidemiológicas que visam a promoção à saúde.