Estudo epidemiológico sobre a prevalência de comorbidades em idosos com indícios de transtornos neurocognitivos maiores
Estudo epidemiológico sobre a prevalência de comorbidades em idosos com indícios de transtornos neurocognitivos maiores
Data
2024
Autores
Oliveira, Fábio Yamane de
Di Domizio, Luigi Meirelles Jeuken
Barione, Thomas
Ballester, Vitor Dias
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: Os transtornos neurocognitivos maiores, anteriormente
chamados de demências, afetam funções cognitivas como memória,
linguagem e julgamento, sendo causados por fatores como doenças
degenerativas, traumas e condições médicas. São reconhecidos como
doenças graças ao avanço da neurologia e à identificação de condições como
o Alzheimer. Estes têm impactos significativos na qualidade de vida, e seus
tratamentos ajudam no retardo da progressão e manejo sintomático. Idade
avançada, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo,
depressão e baixa escolaridade são fatores de risco, assim como a perda
auditiva, que está associada à perda cognitiva. Este estudo visa analisar a
prevalência de comorbidades em idosos com indícios desses transtornos na
zona sul de São Paulo, com base em prontuários clínicos, visando contribuir
na epidemiologia com dados atualizados. METODOLOGIA: Estudo transversal
com 938 prontuários de pacientes ≥ 60 anos atendidos em neurologia e
geriatria na zona sul de São Paulo. Incluídos 80 prontuários com diagnóstico
de transtorno neurocognitivo maior ou alterações cognitivas e funcionais
(MEEM, Katz, Lawton e Brody). Analisadas características demográficas e
comorbidades. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise de 80 prontuários
revelou alta prevalência de hipertensão arterial (82,5%), diabetes (45%),
dislipidemia (42,6%), doenças cardiovasculares (41,3%) e depressão (37,5%). A
maioria apresentou sedentarismo (86,3%), comorbidade frequentemente
associada a agravamento da saúde cognitiva. Além disso, identificou-se que
78,9% dos pacientes tinham até 8 anos de escolaridade, reforçando a relação
entre baixa escolaridade e maior risco de demência, conforme apontado pela
literatura. CONCLUSÃO: O estudo reforça a consistência entre os fatores de
risco e a prevalência destas comorbidades, observadas nos idosos com
transtornos neurocognitivos maiores, alinhando-se à literatura e destacando a
importância de novas pesquisas, políticas públicas para prevenção, tratamento
e para uma melhor investigação e documentação destas comorbidades,
especialmente diante do aumento da prevalência dessas condições no Brasil.
Descrição
Palavras-chave
Demência, Prevalência, Comorbidade
Citação
OLIVEIRA, Fábio Yamane de; DI DOMIZIO, Luigi Meirelles Jeuken; BARIONE, Thomas; BALLESTER, Vitor Dias. Estudo epidemiológico sobre a prevalência de comorbidades em idosos com indícios de transtornos neurocognitivos maiores. Orientador: Daniel Gomes Lichtenthaler. 2024. 15 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.