A cor e o pecado: literatura, homossexualidade e raça na obra Bom Crioulo (1895)
A cor e o pecado: literatura, homossexualidade e raça na obra Bom Crioulo (1895)
dc.contributor.author | Garupe, Luiz Fernando Pereira | pt |
dc.date.accessioned | 2025-02-05T13:00:51Z | pt |
dc.date.available | 2025-02-05T13:00:51Z | pt |
dc.date.issued | 2024 | pt |
dc.description.abstract | Este trabalho tem como objetivo analisar a construção da imagem de masculinidade e do homoerotismo do homem negro no romance Bom Crioulo, do escritor cearense Adolfo Caminha, cuja primeira publicação data de 1895. Neste estudo, o problema de pesquisa tem a seguinte questão: o que permitiu à historiografia considerar essa obra literária como o primeiro romance homossexual brasileiro? Como o autor representa o homem negro na sociedade brasileira finissecular? De que modo a psiquiatria colabora para formalizar a homossexualidade como desvio patológico? Como hipótese, compreendemos que homoerotismo e raça, interseccionados, atuam no corpo do personagem Amaro, gerando opressões e obsessões que são reflexos de um país cunhado pelo racismo e pela homofobia, temas que reverberam atualmente. Assim, o objetivo geral é retomar a relação homoerótica inter-racial de dois marinheiros e sua representação em termos de negritude e homoerotismo. Pretendemos analisar o protagonista Amaro, de codinome bom crioulo, figurativizado como negro, ex-escravizado e homossexual, que reverbera diagnósticos médicos acerca do “homossexualismo” à época . Assim, temos três objetivos específicos a saber: a) identificar os impactos da publicação do romance na sociedade brasileira do século XIX; b) delinear a condição do homem negro na sociedade brasileira finissecular, fundamentalmente, na cidade do Rio de Janeiro; e c) analisar de modo interdisciplinar como a medicina psiquiátrica colaborou para cristalizar a imagem do negro considerado sexualmente desviante, e a patologização da homossexualidade. O corpus do presente estudo, como destacado, é delimitado pelo romance Bom Crioulo, especificamente a edição publicada pela Editora Todavia, em 2019. O que justifica este trabalho reside na relação estabelecida por discursos de submissão e hiperssexualização a respeito dos homens negros no Brasil, objetivando produzir uma verdade sobre seus corpos. O arcabouço teórico que sustenta nossas hipóteses remonta as relações de poder tratadas em perspectiva foucaultiana, dialogando, nesse sentido, com a metodologia utilizada na Análise do Discurso. Para essa abordagem, o instrumental teórico proposto pela Teoria Queer também será utilizado como via para perceber os gêneros como múltiplos e para além do binarismo sexual e de gênero. Os resultados esperados visam desconstruir a noção de “inferioridade natural” dos negros forjada, inclusive, na fixação do órgão genital, construídas e divulgadas recorrentemente com a função de desumanizar, animalizar e controlar suas existências. | pt |
dc.identifier.citation | GARUPE, Luiz Fernando Pereira. A cor e o pecado: literatura, homossexualidade e raça na obra Bom Crioulo (1895). Orientador: Paulo Fernando de Souza Campos. 2024. 127 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024. | pt |
dc.identifier.uri | http://dspace.unisa.br/handle/123456789/2845 | pt |
dc.language.iso | pt | pt |
dc.publisher | UNISA | pt |
dc.subject | Homossexualidade | pt |
dc.subject | Gênero | pt |
dc.subject | Psiquiatria | pt |
dc.subject | Literatura | pt |
dc.subject | Interdisciplinaridade | pt |
dc.title | A cor e o pecado: literatura, homossexualidade e raça na obra Bom Crioulo (1895) | pt |
dc.type | Dissertação | pt |
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