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Trilhando a liberdade: estratégias e articulações dos escravizados rumo ao fim da escravização
(UNISA, 2023) SOUZA, Amanda Seles
Este trabalho tem como objetivo analisar os fatores essenciais para o fim da escravização africana e de seus descendentes no Brasil, com ênfase nas estratégias e articulações dos próprios escravizados. A pesquisa se concentra no século XIX, destacando os elementos decisivos para a efetivação da abolição. Embora provenientes de diversas culturas, crenças e hábitos, os negros escravizados compartilhavam a cor da pele, o que muitas vezes os levava a unir-se para articular estratégias visando a conquista de maior autonomia individual. Paralelamente, a abolição da escravização foi influenciada por fatores como a pressão britânica e a evolução da industrialização global, que demandava novas formas de trabalho e consumo. Enquanto outros países das Américas já haviam abolido a escravização, o Brasil resistia devido à influência de uma elite latifundiária. Diante desse cenário, os negros e crioulos frequentemente recorriam a fugas, sabotagens, revoltas e à formação de quilombos como estratégias de defesa e resistência. Esses movimentos visavam alcançar a liberdade, que representava a autonomia do indivíduo para viver como dono de si mesmo.