Graduação | Bacharelado
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Navegando Graduação | Bacharelado por Autor "Aguiar, Elias Isabela Lapido"
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- ItemRevisão narrativa sobre o manejo do lipedema(UNISA, 2024) Vaz, Eduarda Andrade; Dutra, Gabriel Pereira; Aguiar, Elias Isabela Lapido; Costa, Júlia Brandão; Santos, Nilza Aparecida Moraes dosINTRODUÇÃO: O lipedema é uma doença que envolve o tecido adiposo subcutâneo, tem caráter crônico e progressivo e acomete mais frequentemente os membros, principalmente os inferiores. Está associada a dor crônica e em casos mais graves, ao edema local e repercussões psicossociais, além de alterações estéticas consideráveis. É mais frequente em mulheres e sua prevalência é de aproximadamente 10% nesta população. Apesar da necessidade de mais elucidação, sua fisiopatologia envolve um acúmulo exacerbado de tecido adiposo subcutâneo, o que leva a uma cascata inflamatória e, consequente, dor local. A clínica é classificada de acordo com quatro estágios, representando graus ascendentemente progressivos de acometimento e gravidade da doença. Para isto, tanto as alterações morfológicas quanto as manifestações clínicas são levadas em consideração. Atualmente, entende-se que o edema não é condição preponderante dessa patologia, o que levanta dúvidas sobre a eficácia das opções terapêuticas voltadas ao controle do edema no lipedema, e as literaturas mais recentes têm trazido considerações importantes sobre a conjunção da terapia cirúrgica já descrita (lipoaspiração) com as opções conservadoras, mostrando resultados positivos. METODOLOGIA: O estudo visa realizar uma revisão narrativa da literatura mais recente sobre o tratamento do lipedema, utilizando as bases de dados PubMed, MEDLINE, LILACS, Scielo, Research Gate e Cochrane Library, buscando identificar as opções terapêuticas atuais para o manejo desta patologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O manejo do lipedema pode ser dividido em conservador (método não invasivo) e cirúrgico (método invasivo). Os métodos conservadores abrangem dietas, fisioterapias, terapias compressivas, e drenagens. Já os métodos invasivos contam com lipoaspiração, lipoaspiração tumescente e a lipoaspiração por jato d’água. No entanto, é compreendido que o manejo do lipedema corresponde à estratificação de cada paciente, entendendo tanto o estadiamento da doença, quanto às suas comorbidades associadas para a decisão do tratamento, uma vez que a doença pode estar relacionada a condições de saúde como hipotireoidismo, alto IMC, sobrepeso ou obesidade, varizes e insuficiência venosa, depressão e ansiedade. O lipedema é uma doença passível de controle, e não cura completa, o que torna o papel da autogestão do paciente importante para a adesão à terapia. CONCLUSÃO: O diagnóstico precoce do lipedema é crucial, mas a condição é frequentemente confundida com obesidade, levando a tratamentos inadequados e impactando a qualidade de vida. O tratamento envolve métodos conservadores e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, sendo como mais aconselhável uma abordagem multimodal, mostrando-se mais eficaz para a melhora dos sintomas. Portanto, é de extrema importância considerar a saúde mental e física dos pacientes para desenvolver estratégias de tratamento eficazes a longo prazo.