Diagnóstico e gravidade da colecistite aguda utilizando o Tokyo Guidelines 2018: verificação de sensibilidade e especificidade em uma amostra da população brasileira
Diagnóstico e gravidade da colecistite aguda utilizando o Tokyo Guidelines 2018: verificação de sensibilidade e especificidade em uma amostra da população brasileira
Data
2023
Autores
Lourencini, Rafael Rodrigues
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Introdução: Cálculos biliares, litíase biliar ou simplesmente colelitíase é a presença
de cálculos no interior da vesícula biliar. Apresenta grande prevalência e idade, sexo
feminino e obesidade são seus principais fatores de risco. Possuem três principais
tipos conforme sua composição e podem levar a Colecistite aguda. Atualmente três
principais vias patológicas podem explicar a colecistite aguda sendo que a presença
de bactérias na bile é frequente mas não primordial para desenvolvimento da doença.
O diagnóstico é firmado mediante avaliação clinico-laboratorial e de imagem e o
tratamento quase sempre é cirúrgico. O Tokyo Guidelines 2018 (TG18) parece ser
uma ferramenta útil e precisa no diagnóstico e estratificação de gravidade da
colecistite aguda Porém, as modalidades de imagem sugeridas pelo TG18 tem se
diferido em precisão quando comparadas entre si (ultrassonografia e tomografia
computadorizada), o que pode afetar a precisão do diagnóstico. Objetivos:
Demonstrar a aplicabilidade dos critérios diagnósticos e de severidade do TG18 em
uma amostra da população brasileira e verificar a sensibilidade e especifidade
utilizando ultrasonografia ou tomografia computadorizada. Métodos: Foram
considerados casos suspeitos todos paciente que apresentaram sintomas clínicos,
locais e sistêmicos sugestivos de colecistite aguda. Estes foram submetidos a testes
laboratoriais e de imagem e tendo seu diagnostico firmado e severidade constatada,
foram tratados conforme orientações do próprio guideline. Os resultados serão
comparados com a analise anátomo-patológica da vesícula biliar. Foram incluídos
indivíduos de ambos os sexos, acima dos 18 anos, com historia suspeita de colecistíte
aguda, que não possuíam contraindicação a infusão de constraste iodado
endovenoso e a exposição a radiação. Foram excluídos portadores de injuria renal
aguda, indivíduos alérgicos a contraste iodado, gestante e aqueles que durante o
diagnostico apresentaram outras patologias hepatobiliares ou abdominais ou que não
foram submetidos a colecistectomia. Resultados: 46 indivíduos foram recrutados.
Utilizando o Ultrassom (US) como método de imagem, o TG18 resultou em uma baixa
especificidade (0,66) quando comparado a tomografia computadorizada (TC) (0,88).
A sensibilidade de ambos foi elevada (0,97 para o US e 0,94 para a TC). Discussão:
O ultrassom revelou uma grande quantidade de falsos negativos, número esse que
diminuiu quando o método de imagem foi a TC. Conclusão: O uso do TG18 para o
diagnostico de colecistite, quando eleita a TC como método de imagem, apresentou
uma alta especificidade em comparação ao US. Ambos apresentaram boa
sensibilidade.
Descrição
Palavras-chave
Colecistite Aguda - Especificidade, Tóquio Guideline, Colecistite Aguda - Sensibilidade
Citação
LOURENCINI, Rafael Rodrigues. Diagnóstico e gravidade da colecistite aguda utilizando o Tokyo Guidelines 2018: verificação de sensibilidade e especificidade em uma amostra da população brasileira. Orientador: Lucas Melo Neves. Coorientador: Neil Novo. 2023. 44 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2023.