Prognóstico de sobrevida de recém-nascidos de uma UTI neonatal por meio do escore de risco SNAP-PE II
Prognóstico de sobrevida de recém-nascidos de uma UTI neonatal por meio do escore de risco SNAP-PE II
Data
2015
Autores
Lima, Renato Oliveira de
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Introdução: Embora a mortalidade infantil tenha diminuído de maneira
expressiva nas últimas décadas, a redução da parcela neonatal ainda é um
grande desafio para os promotores de saúde, uma vez que representa 2/3 da
mortalidade desta população. O objetivo deste estudo é avaliar a predição da
morbimortalidade neonatal a partir de um estudo individual das variáveis que
compõem o escore SNAP-PE II e os fatores associados. Métodos: O
delineamento do estudo foi observacional do tipo transversal de coleta em
parte retrospectiva, em parte prospectiva. A amostra incluiu todos os recém nascidos admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal validados pela
ferramenta SNAP-PE II no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2014.
Resultados: Dentre as características maternas, observou-se mães jovens
(mediana de 24 anos), 13,8% sem realização de pré-natal e 49,4% com
número de consultas insuficientes (n<6). Das intercorrências maternas
ocorridas, foram observados 15,2% de presença de Infecção do Trato Urinário,
18,6% de Doença Hipertensiva Específica da Gravidez, 2,9% de colonização
positiva para Estreptococo do Grupo B e 3,3% de Descolamento Prematuro de
Placenta. Apenas 47,2% dos prematuros menores de 34 semanas receberam
corticoide antenatal e 19% das mães receberam Antibiótico Intraparto. Mais da
metade dos partos, 51,7%, foram partos vaginais. Dos 209 RN avaliados,
62,4% foram do sexo masculino sendo o peso médio ao nascer de 2300
gramas. 61,7% foram prematuros. Desconforto Respiratório Precoce foi a
principal complicação observada: 77,6% e 13 RN evoluíram para óbito
caracterizando uma mortalidade neonatal de 6,2%. As principais variáveis que
contribuíram para um aumento da pontuação do SNAP-PE II foram a
temperatura e o peso ao nascer. Dos que evoluíram para óbito, 76,7%
apresentaram pontuação do SNAP-PE II superior a 30, índice muito próximo ao
observado em outros estudos. Conclusão: O SNAP-PE II foi um bom preditor
de mortalidade neonatal. A prevenção da prematuridade e hipotermia por meio
da melhoria da assistência materna e ao recém-nascido poderá influenciar
decisivamente na mortalidade neonatal.
Descrição
Palavras-chave
Recém-nascido, Avaliação de Risco, SNAP-PE II
Citação
LIMA, Renato Oliveira de. Prognóstico de sobrevida de recém-nascidos de uma UTI neonatal por meio do escore de risco SNAP-PE II. Orientadora: Patrícia Colombo de Souza. 2015. 88 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2015.