Efeitos da pandemia do COVID-19 sobre os aspectos físicos e comportamentais da corrida no retorno da sua prática ao ar livre entre corredores recreacionais
Efeitos da pandemia do COVID-19 sobre os aspectos físicos e comportamentais da corrida no retorno da sua prática ao ar livre entre corredores recreacionais
Data
2022
Autores
Silva, Camila Requia
Freua, Flávia Figueiredo
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: A corrida é uma das práticas esportivas mais populares no mundo, visto ser um exercício facilmente acessível e barato, pois exige requisitos mínimos de equipamento
para a sua prática.
OBJETIVO: Verificar os efeitos do isolamento social durante a pandemia do COVID-19 sobre os aspectos da doença e comportamentos da corrida relacionados ao
treino e lesões musculoesqueléticas dos corredores recreacionais.
MÉTODOS: Estudo transversal, com 100 corredores selecionados, após período de confinamento social, advindo da pandemia da COVID-19 em 2021. Foram aplicados questionários on-line auto relatado pela plataforma google forms, sobre as informações antropométricas e a presença de comorbidades e histórico de diagnóstico da COVID-19 com ou sem necessidade de
internação e Questionário de Corrida COVID-19, sobre comportamento e hábitos dos corredores em período quarentena.
RESULTADOS: Dentre os 100 corredores avaliados, 63%
foram masculino e 37% feminino. Destes 68% foram testados para COVID-19, sendo positivos em 45% pelo teste do PCR (81%), sem necessidade de internação em 98% dos casos. A prática de corrida foi de 46% durante o período de confinamento social com a frequência de treino 3 vezes na semana e a distância percorrida de 15,8±6,4, sendo esta reduzida comparada ao período antes da pandemia (30,4±6,1). A prevalência de treino permaneceu em ambiente ao ar-livre (91%), sendo o local de predominância a rua em 74%. A corrida foi supervisionada de forma virtual em 80% dos corredores, sendo o treinador em 35%, o educador físico em 22% e o fisioterapeuta em 20% e realizada de forma individualizada (91%). A prática de treino seguiu as medidas preventivas contra a COVID-19 em 89%, com uso de máscara protetiva em 57%, sendo de maior prevalência as máscaras de tecido (42%) e a cirúrgica (37%), seguindo o distanciamento social de 1,5m em 90%. Outro ponto importante observado foi a prática de outras modalidades esportivas, além da corrida, sendo a bicicleta (51%), o funcional (22%) e a musculação (20%) em ambiente fechado de casa. Além disso, dos 20% que relataram lesões, sendo a mais prevalente a fratura por estresse tibial com 11% dos relatos, o que limitou a atividade de caminhar em 35% dos casos.
CONCLUSÃO: Ao decorrer da pandemia da COVID-19, a prática da corrida se manteve durante o período de isolamento social, com frequência semanal moderada, porém, com redução do volume percorrido, afetando negativamente o comportamento do exercício. As práticas de corrida permaneceram sendo realizadas majoritariamente ao ar livre, porém de forma individualizada e com supervisionamento virtual, comprometendo os treinos em equipe e consequentemente o desempenho, já que muitos corredores advêm desta prática para melhores resultados. Houve adesão das medidas preventivas contra a COVID-19, com o uso de máscara de tecido ou cirúrgica e distanciamento social. Além disso, houve prevalência de lesões musculoesqueléticas nos segmentos dos joelhos e pés, tendo um aumento de quatro vezes quando comparado com o período pós quarentena, consequentemente devido a mudança dos hábitos de corrida, a forma de monitoramento destes treinos e maior ansiedade deste grupo. Em relação a vitamina D, 51% dos corredores não tiveram deficiência devido aos treinos ao ar livre. A maioria dos corredores foram
testados para COVID-19, sendo 45,3% acometidos pela doença, porém nenhum dos pesquisados desenvolveu complicações da doença.
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Palavras-chave
Citação
SILVA, Camila Requia; FREUA, Flávia Figueiredo. Efeitos da pandemia do COVID-19 sobre os aspectos físicos e comportamentais da corrida no retorno da sua prática ao ar livre entre corredores recreacionais. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2022.