Composição corporal de pessoas transexuais com a utilização de terapia hormonizante com testosterona e estrógeno
Composição corporal de pessoas transexuais com a utilização de terapia hormonizante com testosterona e estrógeno
Data
2024
Autores
Marcondes, Matheus de Barros
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: a transexualidade é conceituada sobre a não conformidade da pessoa com
o sexo designado ao seu nascimento. Embora seja uma população estigmatizada, hoje em
dia existem métodos usando a terapia hormonal para assemelhar o paciente ao sexo
desejado utilizando os hormônios sexuais base: testosterona e estrógeno. Esse tratamento é
marcado principalmente pela alteração da composição corporal pela influência desses
hormônios. OBJETIVO: avaliar como e quanto a terapia hormonal em pessoas transexuais
pode afetar a sua composição corporal, além de analisar se há a criação de fatores de risco
por conta dessa composição corporal alterada. MÉTODO: esse trabalho é uma revisão
sistemática com a população alvo sendo pessoas transexuais que já passaram ou estão
passando pelo processo de transição. Foram utilizadas as bases de dado do Pubmed e
Medline, com os critérios de inclusão contemplando pesquisas em inglês disponíveis
gratuitamente, nos últimos 5 anos, e que apreciem a conclusão dos objetivos do trabalhos;
já os de exclusão, falam daqueles que não seguiam os de inclusão e não abordassem o
tema. Após análise, foram coletados 31 artigos, porém 19 foram utilizados após aplicação
dos critérios. Foram usados os descritores: Body Composition; Hormone Therapy;
Transgender. RESULTADO: Foi unânime em todos os estudos que acontecia alteração da
composição corporal nas pessoas submetidas ao tratamento. Em relação à massa magra e
massa gordurosa, 17 estudos mostraram que há um aumento da primeira e diminuição da
segunda em homens transexuais, acontecendo o contrário com mulheres transexuais. Isso
se dá porque a testosterona permite que o fluxo de oxigenação para o músculo seja maior,
favorecendo a recuperação muscular; o estrógeno não possui esse efeito. 6 autores, quando
foram avaliar a massa óssea, concordam que essa massa se assemelha aos parâmetros do
sexo alvo do tratamento, porém não o alcança completamente. 12 dos estudos abordam a
criação de problemas metabólicos a partir da alteração dessa composição corporal, sendo
que esses os riscos para dislipidemia e síndrome metabólica. Isso se dá porque a
testosterona permite com mais facilidade a concentração de gordura visceral; já para
mulheres transexuais, esse risco é criado pelo aumento abrupto de massa gordurosa,
embora não haja alterações relevantes na relação cintura-quadril. CONCLUSÃO: a principal
alteração seria o aumento da massa magra e diminuição de massa gordurosa no uso da
testosterona, acontecendo o contrário com o estrógeno. No que diz sobre massa óssea, ela
é assemelhada ao sexo desejado, mas não há alterações no IMC. Foi observado também uma pré-disposição criada a partir do tratamento para problemas metabólicos, como a
dislipidemia e a síndrome metabólica.
Descrição
Palavras-chave
Composição Corporal, Transgênero, Terapia Hormonal
Citação
MARCONDES, Matheus de Barros. Composição corporal de pessoas transexuais com a utilização de terapia hormonizante com testosterona e estrógeno. Orientadora: Patricia Colombo de Souza. 2024. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.