A relação da úlcera de Marjolin nos casos de carcinoma espinocelular
A relação da úlcera de Marjolin nos casos de carcinoma espinocelular
Data
2024
Autores
Santis, Leticia Almeida de
Oliveira, Sophia Bermal
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: A úlcera de Marjolin (UM) é uma degeneração cutânea que
ocorre em uma área da pele onde houve ferida ou cicatriz por um longo tempo e
o carcinoma espinocelular (CEC) é o principal tipo histopatológico de úlcera de
Marjolin, sendo a principal causa de malignidade da doença, por mais que outros
tipos de câncer também possam ocorrer. As lesões causadas pela úlcera de
Marjolin são agressivas e possuem um prognóstico ruim, com alta taxa de
recorrência. Ademais, a prevenção inclui o manejo adequado da ferida e a
detecção precoce da conversão maligna seguida de ressecção cirúrgica. O
diagnóstico da Úlcera de Marjolin baseia-se através da avaliação da ferida,
biópsias e coleta da anamnese do paciente. O objetivo principal desta revisão
literária consiste na avaliação da relação da úlcera de Marjolin nos casos de
carcinoma espinocelular. METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado
através de buscas na plataforma eletrônica PubMed, obtendo ao todo 21 artigos
após uma análise criteriosa a respeito do tema abordado. As palavras chaves
utilizadas juntamente com o termo booleano “AND” foram: Marjolin ulcers and
squamous cell carcinoma and burns. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A suspeita
do carcinoma espinocelular e úlcera de Marjolin é caracterizada através da
formação de um nódulo endurecido e ulcerado nos tecidos cicatriciais, obtendo
uma resposta imune enfraquecida no local. A UM ocorre com maior incidência
na população masculina, iniciando-se normalmente na quinta década de vida. Já
em relação a sua fisiopatologia, foi evidenciado que ainda não há um
entendimento abrangente, embora existam vários fatores contribuintes para a
formação da UM, tais como: predisposição genética, irritação crônica da pele,
resposta imunológica da pele, influências ambientais… A partir da análise dos
estudos, houve o entendimento de que a prevenção é a principal forma de
tratamento, visto que obter um diagnóstico precoce e preciso é imprescindível
para diminuição do risco de degeneração maligna. A biópsia é o diagnóstico
padrão ouro e deve ser combinada com um acompanhamento multidisciplinar.
Embora não exista um protocolo específico de tratamento, a cirurgia de Mohs
está dentre as opções mais coerentes para a terapêutica da úlcera de Marjolin.
CONCLUSÃO: Foi observado que o principal tipo histopatológico da úlcera de
Marjolin é o carcinoma espinocelular, podendo-se assim concluir a intrínseca
relação da UM e o CEC. O exame anatomopatológico, biópsia, é necessário para
o diagnóstico da doença, no qual se caracteriza como o exame padrão ouro. A
prevenção da úlcera de Marjolin é crucial, com ênfase na investigação de lesões
suspeitas e acompanhamento multidisciplinar de feridas crônicas não
cicatrizantes. Em relação ao tratamento, a cirurgia de Mohs é uma das técnicas
mais aceitas atualmente.
Descrição
Palavras-chave
Queimaduras, Úlcera de Marjolin, Carcinoma Espinocelular
Citação
SANTIS, Leticia Almeida de; OLIVEIRA, Sophia Bermal. A relação da úlcera de Marjolin nos casos de carcinoma espinocelular. Orientador: Hézio Jadir Fernandes Junior. 2024. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.