Impacto da soropositividade para citomegalovírus (CMV) na resposta imune/inflamatória sistêmica de indivíduos jovens-adultos e idosos vacinados para gripe
Impacto da soropositividade para citomegalovírus (CMV) na resposta imune/inflamatória sistêmica de indivíduos jovens-adultos e idosos vacinados para gripe
Data
2024
Autores
Botelho, Angélica Rodrigues
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Introdução: Dentre vários aspectos, é sabido que a população idosa se apresenta não
apenas como a população mais afetada, mas também que esta contabiliza o maior
número de mortes pela gripe. Estudos sugerem que o aumento da taxa de infecção,
gravidade e letalidade pelo vírus Influenza, agente causador da gripe, em idosos está
associada tanto à ocorrência da imunossenescência quanto do fenômeno
“inflammaging”. Neste sentido, tem sido proposto que a reativação da infecção pelo
citomegalovírus (CMV), um herpes vírus, pode favorecer o desenvolvimento da
imunossenescência, pelo fato deste poder ser um importante fator desencadeante do
“inflammaging”. Vale destacar que é sabido que a imunossenescência e o “inflammaging”
impactam de forma negativa nas respostas vacinais dos idosos. Em contrapartida, outros
estudos mostram que a presença do CMV pode potencializar a resposta imune em
pessoas jovens-adultas. Objetivo: Este estudo objetiva investigar o impacto da
soropositividade para CMV sobre as respostas imunes/inflamatórias em jovens-adultos
idosos vacinados para a gripe. Métodos: Para isso, foram convidados a participar deste
estudo 109 pessoas soropositivas para CMV, tanto jovens-adultos (GJA, n=42, média de
idade 31,13±9,33 anos), quanto idosos (GI, n=67, média de idade 71,22±11,11 anos),
saudáveis, de ambos os sexos, todos vacinados contra a gripe. Amostras de sangue
foram obtidas em dois momentos: antes e 30 dias após a vacinação e foram utilizadas
para confirmação da soropositividade para CMV, além da avaliação das concentrações
sistêmicas de IgA, IgM e IgG específicas para antígenos da vacina contra a gripe, bem
como das citocinas pró e anti-inflamatórias. Resultados: Enquanto o GJA mostrou
aumento significativo de IgA e IgG, o GI apresentou maiores níveis de IgM e IgA, bem
como de IgG para CMV, no momento pós-vacinação quando comparado ao momento
pré-vacinação. Na avaliação intergrupos, o GJA mostrou maior nível de IgM no momento
pré-vacinação do que no GI. Já, no momento pós-vacinação, enquanto o GI mostrou
maiores níveis de IgM do que no GJA, os níveis de IgG no GJA foram maiores do que
no GI. Interessantemente, não somente os níveis de IgA, mas também de IgG para CMV,
observados no GI foram maiores do que no GJA, tanto pré- quanto pós-vacinação. Além
destes, vale ressaltar que significativas correlações positivas e negativas foram
observadas entre as concentrações séricas das imunoglobulinas e citocinas nos grupos
estudados tanto pré- quanto pós-vacinação. Conclusão: De maneira geral, o GJA
mostrou melhor resposta a vacinação para gripe do que o GI e a soropositividade para
CMV aparentemente mostrou um papel importante na resposta de anticorpos à
vacinação particularmente no GJA.
Descrição
Palavras-chave
Imunossenescência, Inflammaging, Anticorpos, Influenza
Citação
BOTELHO, Angélica Rodrigues. Impacto da soropositividade para citomegalovírus (CMV) na resposta imune/inflamatória sistêmica de indivíduos jovens-adultos e idosos vacinados para gripe. Orientador: Luís Lacerda Bachi. Coorientadora: Patrícia Colombo. 2024. 46 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.