Fatores que influenciam no diagnóstico tardio do câncer de ovário

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Data
2024
Autores
Castro, Thamiris Rocha
Santos, Thamires da Silva
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer de ovário (CO) é o mais letal dentre os cânceres ginecológicos, afetando mulheres principalmente após a menopausa. Ainda que não seja o tumor mais incidente, é um dos com maior mortalidade, podendo ser classificado em epitelial, de célula germinativa e estromal do cordão sexual. O CO tem início incidioso, sendo geralmente assintomático, porém em estágios mais avançados, as pacientes podem apresentar massa abdominal, distensão abdominal, sintomas gastrointestinais e relacionados a compressão ou infiltração do tumor. O biomarcador Antígeno de Câncer (CA-125) é considerado o melhor e mais utilizado marcador tumoral de CO, porém, possui baixa sensibilidade em estágios iniciais. O objetivo deste estudo é determinar os fatores que influenciam o diagnóstico tardio do câncer de ovário. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados PubMed e Scielo, com artigos publicados entre 2014 e 2024, em inglês, espanhol e português. Foram usados os descritores em saúde: Ovarian, Cancer, Diagnosis e Ovarian Cancer. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram selecionados 32 artigos, os quais demonstraram que, entre 2011 e 2021, a maior taxa de mortalidade por CO no Brasil foi entre 60 a 69 anos, seguido pelas mulheres de 50 a 59 anos. O tempo médio entre o surgimento do primeiro sintoma e o início do tratamento é de aproximadamente 3 anos, principalmente pela sintomatologia difusa e inespecífica. A partir disso, novos biomarcadores têm sido avaliados na tentativa de melhorar o diagnóstico precoce do CO. Até o momento, os estudos têm investigado o potencial biomarcador dos RNAs, contudo são necessárias etapas adicionais de validação antes que a aplicação em seja possível, levando-se em conta que marcador tumoral ideal deve refletir o crescimento tumoral e a metástase com relação quantitativa, assim como deve ter alta sensibilidade e alta especificidade. Além disso, o contínuo desenvolvimento de técnicas de imagem tem o potencial de melhorar significativamente a detecção de lesões menores associadas ao CO. Isso inclui avanços na precisão e sensibilidade da ultrassonografia transvaginal, bem como o desenvolvimento de outras modalidades de imagem. A detecção precoce do CO continua sendo um desafio também devido a questões pessoais de acesso e procura do sistema de saúde, raciais e étnicas, ausência ou má percepção de sintomatologia precoce e sintomas inespecíficos em estágios avançados, que erroneamente são diagnosticados como doenças gastrointestinais e questões ginecológicas. CONCLUSÃO: A inexistência de métodos eficientes de rastreio da doença para a população de risco contribui para a alta taxa de mortalidade, uma vez que quando rastreado, o CA-125 não impacta positivamente no prognóstico. No entanto, apesar dos avanços tecnológicos, o USG transvaginal e o CA-125, continuam sendo os métodos diagnósticos amplamente utilizados, sendo esse um fator determinante para a permanência do cenário de diagnóstico tardio do câncer de ovário.
Descrição
Palavras-chave
Câncer de Ovário, Diagnóstico Tardio, Rastreio, Sintomatologia
Citação
CASTRO, Thamiris Rocha; SANTOS, Thamires da Silva. Fatores que influenciam no diagnóstico tardio do câncer de ovário. Orientador: Thomas Gabriel Miklos. 2024. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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