Prevalência de Toxoplasmose em gestantes atendidas em policlínica na região do extremo sul de São Paulo em 2023

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Data
2024
Autores
Machline, Maria Paula Bordon
Khoury, Mariana Pery
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: A toxoplasmose (TXP) é transmitida pelo parasita Toxoplasma gondii. O homem se infecta pelo consumo e manipulação de água ou alimentos contaminados com oocistos ou pelo contato direto com os oocistos excretados nas fezes de gatos infectados no meio ambiente. Na fase aguda da TXP há a proliferação de taquizoítos de 14 a 21 dias, apresentando um curto período de parasitemia, que em imunocompetentes pode ser assintomática e autolimitada ou apresentar sintomas inespecíficos, como febre, mialgia, artralgia, erupção cutânea e linfadenopatia. Em resposta à infecção, o sistema imune do hospedeiro intermediário faz com que os taquizoítos se transformem em bradizoítos, que apresentam uma divisão mais lenta e formam cistos tissulares (músculos e SNC), resultando em uma infecção crônica. A TXP apresenta alta gravidade em imunossuprimidos podendo causar pneumonite e encefalite, devido a uma reativação da doença no SNC. A TXP também apresenta alta gravidade se ocorrer a primeira infecção durante a gestação devido à alta taxa de transmissão materno fetal, ocorrendo a toxoplasmose congênita colocando o feto em risco para complicações, tais como: abortamento, nascimento prematuro, déficits neurológicos, corioretinite e até óbito fetal. Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência da infecção por toxoplasmose em todas as gestantes que passaram por acompanhamento médico pré-natal na região do extremo sul de São Paulo no ano de 2023. A pesquisa atual visa informar e chamar atenção de investigadores, profissionais da saúde, autoridades de saúde pública, decisores políticos e governantes para o problema pendente e atual da toxoplasmose na gravidez. METODOLOGIA: Um estudo transversal por meio de pesquisa de campo de prontuários de atendimentos ginecológicos e obstétricos e acompanhamento de gestação no HEWA - Hospital Escola Wladimir Arruda. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No total foram analisados 182 prontuários de gestantes destas, 50% eram suscetíveis, 27,5% imunes, 1,1% com infecção ativa e 21,4% não realizaram testagem. Ao final de 2023, tiveram 4 gestantes com infecção ativa, dessa forma, estabelecendo uma prevalência de 2,2% de TXP durante a gestação. Por conta da falta de seguimento das consultas, não foi possível avaliar se as gestantes seguiram o tratamento adequado para a infecção e nem foi possível analisar se houve adesão ao tratamento prescrito pelos médicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa atual reforça a relevância do diagnóstico precoce de toxoplasmose em gestantes, para tentar prevenir a transmissão materno fetal e assim melhorar a saúde de ambos, mãe e bebê. Além de ressaltar a importância da atenção dos profissionais de saúde, autoridades de saúde pública, decisores políticos e governantes para uma melhor disseminação de informações em relação ao diagnóstico, risco e cuidados com a doença.
Descrição
Palavras-chave
Toxoplasmose, Gestantes, Toxoplasmose Congênita, Soroprevalência
Citação
MACHLINE, Maria Paula Bordon; KHOURY, Mariana Pery. Prevalência de Toxoplasmose em gestantes atendidas em policlínica na região do extremo sul de São Paulo em 2023. Orientador: Jorge Figueiredo Senise. 2024. 18 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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