Modulação fenotípica de subtipos de monócitos na doença periodontal associada ao diabetes

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Data
2022
Autores
Alves, Jhefferson Miranda
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Editor
UNISA
Resumo
A doença periodontal é caracterizada por um distúrbio da microbiota presente no ambiente bucal, uma condição inflamatória das estruturas de proteção e inserção dos dentes, ocasionando uma resposta imunológica no individuo, desta forma, afetando os tecidos de proteção e apoio do periodonto, podendo ocasionar a perda dentária, em caso de não ser devidamente tratada e é a forma mais prevalente de doença óssea em humanos. Estudos têm mostrado a relação bidirecional entre diabetes e doença periodontal, visto que vários mecanismos contribuem para maior severidade desta doença em indivíduos com diabetes. Acredita-se que a incapacidade de resolver o meio pró-inflamatório na periodontite desempenhe um papel fundamental na patogênese da doença. Neste contexto, monócitos são os principais componentes celulares da imunidade inata que desempenham papéis importantes na homeostase tecidual. Monócitos são grandes células precursoras originadas da medula óssea, que circulam pelo sangue por alguns dias antes de migrarem para os tecidos e são classificados em clássicos, intermediários e não clássicos, que desempenham várias funções, principalmente na defesa imunológica, homeostase e reparo tecidual. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento Periodontal não cirúrgico em relação à modulação fenotípica dos subtipos de monócitos, na presença ou não de Diabetes. Métodos: O estudo incluiu pacientes de ambos os sexos que fizeram acompanhamento na Clínica de Odontologia da Universidade Santo Amaro - UNISA, idade entre 40 e 75 anos, com Doença Periodontal (moderada e avançada) associada ou não ao Diabetes. Foram realizadas visitas clínicas para coleta dos dados como fatores de risco, exame clínico, coletas de amostras de sangue e fluido gengival, no basal e 30 dias após o término do tratamento periodontal não cirúrgico. Os subtipos de monócitos (clássicos, intermediários e não-clássicos) foram avaliados por citometria de fluxo, com base na expressão de proteínas de superfície celular (CD14 e CD16). Resultados: Após comparações entre basal e após 30 dias do término do tratamento periodontal, independente da presença de Diabetes, houve aumento de monócitos não-clássicos após o tratamento e redução de monócitos intermediários, sem diferenças para o subtipo clássico. Análises nos grupos com e sem Diabetes, no basal e 30 dias após o término do tratamento, mostraram redução de monócitos intermediários e aumento de monócitos não clássicos após o tratamento no grupo com Diabetes, sem diferenças para monócitos clássicos. Não houve diferenças significantes para monócitos clássicos, intermediários e não-clássicos no grupo sem Diabetes. Após comparações entre os grupos, foram encontradas diferenças significantes para monócitos intermediários e não- clássicos no basal, sem diferenças para monócitos clássicos, tais diferenças não foram encontradas após o tratamento. Conclusão: Tratamento Periodontal não-cirúrgico, especialmente de indivíduos com Diabetes, modula o fenótipo dos subtipos de monócitos e induz o controle da resposta inflamatória, a avaliação de biomarcadores inflamatórios é útil para uma melhor avaliação dos mecanismos fisiopatológicos associados à doença, contribuindo para a a relevância do tratamento periodontal, em pacientes sob risco de doença cardiovascular.
Descrição
Palavras-chave
Doença periodontal, Diabetes mellitus, Inflamação
Citação
ALVES, J. M. Modulação fenotípica de subtipos de monócitos na doença periodontal associada ao diabetes. 2022. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2022.