Impactos da reposição de estrogênio na pele das mulheres durante a menopausa: uma revisão de literatura

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Data
2024
Autores
Saigh, Alexandra Duarte
Fernandes, Amanda Avancini
João, Beatriz Mitsuiuqui
Guimarães, Maria Beatriz Nunes
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Resumo
INTRODUÇÃO: A menopausa pode ser definida pela cessação permanente do ciclo menstrual e da atividade ovariana, ocorrendo devido a fatores genéticos, ambientais, estilo de vida e doenças sistêmicas. A média de idade para a sua ocorrência é entre 48 e 52 anos. A transição para a menopausa não é súbita, ocorrendo em fases como a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa. A diminuição do estrogênio decorrente da menopausa afeta a estrutura dérmica, reduzindo a hidratação e a luminosidade da pele, além de aumentar a flacidez e a possibilidade de hiperpigmentação. O envelhecimento populacional, o aumento da expectativa de vida e a crescente preocupação estética têm gerado repercussões na qualidade de vida das mulheres, especialmente devido à pressão social que afeta a autoestima. Considerando o impacto da menopausa na vida das mulheres, este trabalho analisa o papel da terapia de reposição de estrogênio (TRH) na pele e nas alterações dérmicas, como ressecamento, flacidez e hiperpigmentação. O interesse pelo tema surge da relevância das questões relacionadas à autoestima e à qualidade de vida, com foco nos impactos dermatológicos. METODOLOGIA: Revisão sistemática de literatura disponível nas plataformas Scielo e PubMed, publicados no período de 2013 a 2023. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da revisão elaborada, nota-se que a suplementação de estrogênio na pele de mulheres menopausadas tem impacto significativo nas alterações dérmicas - como flacidez, alterações de pigmentação, rugas e envelhecimento. O estrogênio é responsável por aumentar e preservar o colágeno, elastina e espessura da pele. A perda de estrogênio após a menopausa leva à redução da deposição de colágeno, especialmente nos primeiros cinco anos, o que pode ser prevenido com a TRH. Estudos mostram que o uso de estrogênio durante a perimenopausa melhora os sintomas cutâneos e também tem um efeito positivo na atratividade e na saúde da pele, além de estimular a regeneração celular. Estudos também apontam uma relação entre o risco de desenvolvimento de dermatoses em mulheres que não usaram a TRH - sobretudo porque o déficit de estrogênio está ligado à dificuldade na cicatrização e aumento da perda de água cutânea. Além dos benefícios, a TRH também é associada a alguns riscos. Em um estudo longitudinal, observou-se que o uso de estrogênio sem oposição estava associado a um aumento no risco de melanoma, embora a combinação com progesterona não tenha mostrado esse efeito. Apesar dos benefícios evidentes da TRH para a saúde da pele, ainda há a necessidade de mais pesquisas para esclarecer completamente os mecanismos de proteção do estrogênio contra o envelhecimento da pele e seus possíveis riscos. CONCLUSÃO: A TRH nas mulheres menopausadas se mostra benéfica quando se tratando de alterações dérmicas decorrentes do envelhecimento e redução dos níveis estrogênicos. Contudo, ainda há necessidade de mais estudos acerca do assunto.
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Palavras-chave
Terapia de Reposição Estrogênica, Derme, Menopausa
Citação
SAIGH, Alexandra Duarte; FERNANDES, Amanda Avancini; JOÃO, Beatriz Mitsuiuqui; GUIMARÃES, Maria Beatriz Nunes. Impactos da reposição de estrogênio na pele das mulheres durante a menopausa: uma revisão de literatura. Orientadora: Fernanda Rytenband. 2024. 30 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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