Mancalas e tabuleiros africanos : contribuições metodológicas para educação intercultural

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Data
2019
Autores
CUNHA, Débora Alfaia da
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Resumo
Há várias formas de se escrever e de se falar do Continente do ouro, da diversidade, das civilizações, dos antigos impérios. Há variadas possibilidades de se falar naquele Continente que é o Berço da Civilização Humana – o Africano. Podemos falar dos ricos e estratégicos impérios, como o de Gana, o de Mali, o Songai, o Etíope, o Egípcio, entre outros. Dos diversos reinos e nações do Antigo Continente, cujos legados pouco foram, ou somente agora têm sido, ensinados ou introduzidos em nossas formações, nas escolas, nos institutos, nas universidades ou nas “bibliotecas coloniais” das ex-colônias, a exemplo da Argentina, do Brasil, da Colômbia, do Peru, e do Uruguai. É possível falar da África como Continente de origem, de vivências, de potências, de resistências e de experiências tecnológicas, religiosas, mitológicas, filosóficas, cientificas e artísticas4. Como lugares de agricultura, mineração, matemáticas, línguas e linguagens; das Seleções de futebol, a exemplo de Camarões, Nigéria, Moçambique, África do Sul, Argélia, Marrocos, Egito e outros. Através de ideogramas e escritas tradicionais como os Adinkras. Teríamos milhares de páginas para escrever. África de pensadores pós-estruturais, a exemplo dos filósofos, do Congo: Valentin Mudimbe, de Camarões: Achille Mbembe, de Gana: Kwame Anthony Appiah; além de Ngoenha, Murunga, dentre outros (VALERA, 2018). O livro (E-book) Mancala e tabuleiros africanos: contribuições metodológicas para educação intercultural, de Débora Alfaia, apresenta outra possibilidade de se mergulhar nas culturas tradicionais africanas. A professora Debora Alfaia, amiga de trabalho, de instituição, de faculdade e de aproximação temática, há anos vem se debruçando em estudar, catalogar e apresentar aos acadêmicos e ao público em geral, um conjunto de jogos e brinquedos de raciocínios matemáticos e (sócio)lógicos originários de variadas regiões do Antigo Continente - Africano – Mancalas e jogos de tabuleiros. Alguns aparentemente novos na Amazônia, no Brasil e nas Américas. Outros, comuns e familiares entre crianças, jovens, adultos e idosos do novo mundo, a exemplo dos quilombolas do Nordeste do Pará, ou nas cidades de Belém, Bragança, Castanhal, Cametá, Macapá, Santarém e em outras da Amazônia brasileira (AMARAL, 2001; 2008; 2015, 2016, 2018). Este segundo livro (E-book) traz variadas possibilidades de jogos e brincadeiras que além de valorizarem os países de origens africanas contribuem com o raciocínio, o equilíbrio, a perspicácia, a concentração, a paciência, o envolvimento coletivo, a experiência e a ciência do Velho Continente. O novo trabalho vem ao encontro da epistemologia aberta pela Lei 10639/03, em suas diretrizes e planos que tornam obrigatórios os ensinos da História e da Cultura Africanas, em todos os níveis e modalidades de ensino no Brasil, suprindo assim um déficit histórico de conhecimento; além da obrigação da educação das relações étnico-raciais e do ensino de história e da cultura afrobrasileira 8. Ainda assim, pode ser que “aquele que não sabe dançar irá dizer: as batidas dos tambores estão ruins”, como aprendemos em provérbios africanos.
Descrição
Palavras-chave
Jogos Africanos, Brincadeiras Africanas, Educação Multicultural, Jogos de Tabuleiro
Citação
CUNHA, Débora Alfaia da Mancalas e tabuleiros africanos : contribuições metodológicas para educação intercultural. Castanhal, PA : Ed. do Autor, 2019.