Atividade física em pessoas com transtorno de estresse pós-traumático: uma revisão de literatura

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Data
2024
Autores
Nascimento, Gabriela Morais do
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: O transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno mental, relacionado a experiências traumáticas considerando: (i) situações a exposição a episódio concreto ou ameaça de morte; (ii) sintomas intrusivos associados ao evento traumático; (iii) evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento; (iv) alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento; (v) alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando após o evento. O TEPT é especialmente prevalente em veteranos de guerra e sobreviventes de eventos traumáticos, resultando em elevados custos sociais e econômicos. Os tratamentos convencionais apresentam limitações devido à resistência dos sintomas e barreiras de acesso, evidenciando a necessidade de abordagens complementares. A atividade física emerge como uma intervenção promissora, com estudos indicando sua eficácia na redução dos sintomas de TEPT e na melhora do bem-estar geral. O objetivo da presente proposta foi revisar a literatura sobre o impacto da atividade física no manejo do TEPT, destacando os benefícios das modalidades de exercício como alternativas práticas e acessíveis, contribuindo para a prática clínica e para a qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados PubMed, Embase e Web of Science, utilizando descritores relacionados ao TEPT e atividade física: "Post-Traumatic Stress Disorder", "Physical Activity", "Exercise" e "Control Group". As etapas envolveram uma busca abrangente, seleção e extração de dados por revisores independentes, considerando achados sobre a eficácia da atividade física no manejo do TEPT. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 34 estudos foram incluídos, com predominância de publicação entre os anos 2024 e 2021, totalizaram 528.513 pacientes. A ferramenta mais utilizada para avaliação de sintomas de TEPT foi a Escala de Transtorno de Estresse Pós-Traumático para o DSM-V (CAPS-5). Em resumo, os estudos indicaram que a atividade física, em suas diversas modalidades e atividades, contribui significativamente para a redução dos sintomas de TEPT. Modalidades como exercícios aeróbicos, yoga e treinamento resistido mostraram-se eficazes na melhoria do bem-estar, qualidade de vida e integração social dos pacientes. Observou-se que a intensidade dos exercícios e a personalização da atividade física desempenham papéis importantes no manejo do TEPT, sendo necessário adaptar as intervenções de acordo com o perfil de cada paciente. A análise sugere que a atividade física pode ser uma intervenção complementar valiosa, oferecendo benefícios significativos para o manejo dos sintomas e promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes com TEPT. CONCLUSÃO: Conclui-se que a atividade física é uma intervenção complementar promissora para o manejo do TEPT, oferecendo uma abordagem prática e acessível para a melhora dos sintomas e da qualidade de vida dos pacientes. Futuros estudos devem investigar a melhor forma de personalizar as intervenções e explorar as diferenças entre atividades físicas realizadas em grupo e individualmente para melhorar os benefícios terapêuticos.
Descrição
Palavras-chave
Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Atividade Física, Intervenção Não Farmacológica, Qualidade de Vida
Citação
NASCIMENTO, Gabriela Morais do. Atividade física em pessoas com transtorno de estresse pós-traumático: uma revisão de literatura. Orientador: Lucas Melo Neves. 2024. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.
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