Prevalência e resistência genética de neisseria gonorrhoeae em mulheres da zona sul de São Paulo

Imagem de Miniatura
Data
2022
Autores
Tavares, Gabriela Martinez Moura
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos e a transmissão ocorre por meio do contato sexual (oral, vaginal e anal) sem o uso de preservativo e também pode ocorrer pela gestação, parto ou amamentação, inclusive existe a possibilidade de um indivíduo ter e transmitir mesmo sem sinais e sintomas. A gonorreia é uma doença infecciosa do trato urogenital, bacteriana, transmitida quase que exclusivamente por contato sexual ou perinatal causada pela Neisseria gonorrhoeae, um diplococo Gram-negativo, não flagelado, não formador de esporos, encapsulado e anaeróbio facultativo. As infecções por N. gonorrhoeae representam um importante problema de saúde pública, uma vez que pode traz consequências clínicas consideráveis, bem como não é uma doença de notificação compulsória, o que dificulta o entendimento epidemiológico da doença, bem como causa impacto nas estratégias de tratamento, uma vez que a capacidade de aquisição de resistência a antimicrobianos é uma consequência esperada. Esse cenário se torna pior quando observamos regiões populosas e periféricas, a região sul da capital é a região mais populosa e, especialmente nos bairros do extremo sul, moram cerca de 2.5 milhões de pessoas (22,1%) da população de toda capital. Objetivo: Avaliar a frequência de N. gonorrhoeae em mulheres atendidas no Hospital Wladimir Arruda na Zona Sul de São Paulo, associar a infecção com outros tipos de infecções e classificar a frequência por faixa etária e de acordo com fatores socioeconômicos e caracterizar a resistência à doxiciclina, azitromicina e ciprofloxacina (detecção do gene tetM e suas variantes, do gene ribossomal 23S rRNA e do polimorfismo de nucleotídeo único (SNPs) da DNA Gyrase A Ser91Phe. Métodos: Estudo é observacional e descritivo. Foram realizadas coletas por conveniência do material cervico-vaginal de pacientes femininas do serviço de ginecologia do Hospital Escola Wladimir Arruda. As amostras foram processadas por PCR em Tempo Real para avaliação da frequência e da prevalência além dos ensaios de resistência genética. Resultados e Discussão: No total das 127 amostras analisadas por PCR em Tempo Real para identificação do gênero 23 foram positivas e corresponde a uma prevalência geral de uma infecção gonocócica de 17% (IC:95%), e as participantes eram casadas (43,48%), tinham vida sexual ativa (56,52%) e não 9 faziam uso de nenhum tipo de preservativo na relação sexual (52,17%). No sexo feminino a infecção é considerada sempre um achado clínico nos exames de rastreio. A maioria das infecções por N. gonorrhoeae nas mulheres da região estava sempre associada a outras infecções como HPV, clamídia e Gardnerella vaginallis. Na citologia as amostras positivas para N. gonorrhoeae foram de inflamatórias (82,71%) e a flora bacilar (52,17%) e no ensaio de genotipagem molecular para HPV os achados foram: 16, 39, 51, 58, 68 e 70. A maior prevalência dos ensaios de resistência foi a do gene tetM com 60% (IC=95%), seguida do polimorfismo da DNA Gyrase A (Ser91Phe) com 40% (IC=95%) e por fim a menor prevalência foi do gene 23S rRNA com 18% (IC=95%)
Descrição
Palavras-chave
Infecções sexualmente transmissíveis, Gonorreia, Resistência Genética, Antimicrobianos, Microbiologia, Biologia Molecular
Citação
TAVARES, G. M. M. Prevalência e resistência genética de neisseria gonorrhoeae em mulheres da zona sul de São Paulo. 2022. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2022.