A importância da farmacoterapia para a prevenção secundária em pacientes com doenças cardiovasculares, assistidos em serviços de atenção primária

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Data
2018
Autores
Dias, Fernanda Galvão Canda Kimura
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Editor
UNISA
Resumo
As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a primeira causa de morte no mundo. Engloba as Doenças Cardiovasculares (DCV), as Doenças Isquêmicas do Coração (DIC), tendo como maior representante a entidade: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e as Doenças Cerebrovasculares (DCBV). Em 2013, o Estudo da Carga Global das DCV, estimou que 30% de todas as mortes em todo o mundo foram causadas por DCV, sendo 28,7% dos óbitos em países em desenvolvimento e 26,6% em países desenvolvidos, de acordo com a Organização Mundial de saúde (OMS). Medidas preventivas, incluindo farmacoterapia, são importantes não apenas para diminuir a morbidade e mortalidade das DCV, mas também porque tem impacto na qualidade de vida. Segundo diretrizes internacionais de prevenção secundária das DCV recomenda-se tratamento medicamentoso ao longo da vida com antiagregante plaquetários (aspirina), beta bloqueadores, estatinas e inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA). Objetivo: avaliar a prevenção secundária medicamentosa em pacientes que já apresentaram eventos cardiovasculares, frequentadores das Unidades saúde da família do município de Embu-Guaçu. Método: estudo observacional, transversal e analítico. Participaram do estudo 67 pacientes que apresentaram pelo menos um evento cardiovascular e que responderam a um questionário contemplando dados sócio demográficos, identificação do evento cardiovascular, medicações prescritas, prescritores e o local de acompanhamento. Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 64 anos. O AVE foi o evento mais prevalente (p= 0,0000) seguido de IAM. Não houve diferença significante na distribuição dos eventos segundo o gênero. Apenas 21% das prescrições estavam adequadas e em sua grande maioria, são acompanhados pelo cardiologista (p=0,0000). Dos pacientes acompanhados pela atenção primária à saúde, apenas 26% estavam com a prescrição adequada. Conclusão: A prevenção secundária medicamentosa considerada adequada, está longe de ser considerada ideal em nossa população estudada (26%) e muito aquém do que se observa em alguns estudos que chega a ser 90%. Das classes medicamentosas, os IECAS foram os mais prescritos. O acompanhamento dos pacientes é feito principalmente pelo cardiologista com diferença significante com a UBSF, Hospital e Neurologista. O acompanhamento pela AP foi de 51%, sendo que todos os pacientes estão no território de abrangência e cadastrados pelas UBSF.
Descrição
Palavras-chave
Doenças cardiovasculares, Epidemiologia, Prevenção Secundária, Atenção Primária à Saúde
Citação
DIAS, Fernanda Galvão Canda Kimura. A importância da farmacoterapia para a prevenção secundária em pacientes com doenças cardiovasculares, assistidos em serviços de atenção primária. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2018.