A comunicação alternativa na educação musical e o transtorno do aspecto autista: uma abordagem quantitativa e qualitativa na perspectiva interdisciplinar

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Data
2018
Autores
Medeiros, Rodolfo Jonasson de Conti
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Editor
UNISA
Resumo
O Transtorno do Espectro Autista é um dos Transtornos do Neurodesenvolvimento especificado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que compreende um grupo de condições com início no período do desenvolvimento, caracterizado por déficits na comunicação social e na interação social, acompanhados por comportamentos repetitivos, interesses restritos e insistência nos mesmos afazeres. O objetivo da presente pesquisa é observar como o recurso de Comunicação Alternativa pode otimizar a aprendizagem musical para a pessoa com Transtorno do Espectro Autista. As práticas pedagógicas musicais foram realizadas, inicialmente, em um estudo piloto, com um estudante do sexo masculino com 9 anos de idade, sendo que as aulas ocorreram individualmente e em contexto de aprendizagem especializado, com finalidade de promover o desenvolvimento de habilidades musicais e extramusicais. Após a análise de dados do referido estudo, estabeleceu-se uma pesquisa de campo quantitativa e qualitativa com base em um estudo longitudinal, experimental, participante, exploratório, com levantamento de dados por documentação direta, amostragem por conveniência não probabilística, e a utilização de grupo-controle. Participaram da pesquisa de campo 16 indivíduos com TEA, diagnosticados com base nos critérios estabelecidos na 5a. edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), organizado pela Associação Americana de Psiquiatria. Os participantes selecionados para a pesquisa de campo foram randomicamente divididos em dois grupos. Um deles, denominado TEA-MUS-CA é composto por 8 meninos, e o outro, TEA-MUS composto por 6 meninos e 2 meninas. O grupo TEA-MUS-CA recebeu aulas de música com o suporte de Comunicação Alternativa, ou seja, utilizaram pranchas de comunicação com ajudas visuais com a temática das aulas de música, enquanto que o grupo TEA-MUS recebeu aulas de música sem o suporte de Comunicação Alternativa. Inicialmente, as amostras de pesquisa foram submetidas a aplicação do teste de música Avaliação Auditiva de Sequência Sonoro Musical, destinado a sondagem e reconhecimento das habilidades de cada aluno, sendo este, um teste de aprendizagem musical validado no Brasil em 2015. Em seguida, as amostras participaram de seis aulas de música individuais de 30 minutos, e ao final das intervenções, o teste de música foi refeito, com a finalidade de mensurar o escore de cada participante, assim como do grupo, e diante dos resultados, traçou-se as variantes de todo o processo estatístico. A estrutura desta pesquisa foi criada utilizando-se a metodologia interdisciplinar, tendo como base três grandes áreas do conhecimento: a Comunicação Alternativa, um domínio pertencente à Tecnologia Assistiva, a qual oportunizou a produção de recursos assistivos, no que diz respeito ao material de ajudas visuais; a Educação Musical e sua interface com a Educação Inclusiva, que propiciou a seleção e a avaliação de atividades adaptadas para a pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e o Neurodesenvolvimento Infantil, uma especialidade da Psiquiatria, responsável pela compreensão global da pessoa com Transtorno do Espectro Autista e que evidencia os aspectos biopsicológicos, as características psicossociais, psicossociocognitivos e funcionais, assim como as habilidades e deficiências encontradas nas pessoas com Transtorno do EspectroAutista. Os resultados apontam uma melhora no rendimento musical, bem como atitudinal e social do educando pertencente ao grupo experimental. Este estudo é fundamentado em teóricos que se dedicam a análise deste campo de estudo: DELIBERATO (2007), DUARTE (2016), LOURO (2006, 2012), SCHWARTZMAN (2011).
Descrição
Palavras-chave
Educação musical, Transtorno do espectro autista, Comunicação alternativa
Citação
MEDEIROS, R. J. C. A comunicação alternativa na educação musical e o transtorno do aspecto autista: uma abordagem quantitativa e qualitativa na perspectiva interdisciplinar. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2018.