Qualidade de vida de cuidadores informais e formais de pacientes graves

Imagem de Miniatura
Data
2020
Autores
Francisco, Adeilton
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a sobrecarga e a qualidade de vida de cuidadores informais e formais de pacientes graves que causam um enorme impacto na vida desses cuidadores. Quando os homens, mulheres e crianças são vítimas de lesão do sistema sensorial, motor ou cognitivo, podem deixar de se locomover ou de associar à deambulação, e ações simultâneas. A necessidade da assistência aos indivíduos incapacitados resulta na sobrecarga do cotidiano dos cuidadores. O cuidador informal é uma pessoa eleita por alguma circunstância a cuidar do seu ente querido, abdicando de sua vida para suprir os cuidados do paciente. E os primeiros eleitos são as pessoas que moram com estes pacientes ou parentes próximos, geralmente sem conhecimento do que fazer. Na reabilitação é preciso preparar os cuidadores a exercer o ato de cuidar do outro e de si, sem comprometer o seu status profissional, social e familiar. O cuidador informal vivencia um desgaste físico e mental, principalmente quando se trata dos pacientes neurologicamente afetados, que exige, muitas vezes sobrecargas emocionais e físicas enormes, como: transferência postural, higiene e vestuário. À prática contínua destas tarefas soma-se aos efeitos desgastantes ocasionados pelos maus hábitos de vida, que comprometem a saúde em sintomas tais como a obesidade, o descontrole na pressão arterial sistêmica, os processos álgicos musculotendíneos e as variações de humor como a ansiedade e a depressão. Portanto, estima-se como hipótese que, a orientação e a troca de experiências vivenciadas, podem melhorar as condições de saúde e qualidade de vida para essa população aprender a viver bem, saudável e sem adoecer, enquanto cuida do próximo. Método: foi um estudo transversal analítico. Foi selecionada uma amostra por conveniência de 60 cuidadores voluntários, sendo 38 informais e 22 formais com idade entre 25 anos e 85 anos completos, que responderam a um questionário contemplando dados sociodemográficos, qualidade de vida SF3620 e inventário de Beck21. O intuído foi comparar os dois grupos e identificar a sobrecarga imposta a esses cuidadores. Resultados: na comparação entre os dois grupos de cuidadores informais e formais, verificamos resultados significantes como a idade do grupo informal que foi significantemente maior, geralmente os informais são representados por mãe, esposa, irmã. O teste do quiquadrado mostrou diferença significante, evidenciado maior nível de escolaridade nos formais. O questionário inventário de depressão de Beck mostra diferença significante entre os grupos, enquanto no grupo de cuidadores informais a porcentagem do nível grave é de 31,6%, no formal é de apenas 4,6%,5 por outro lado ao comparar os níveis mínimos observamos 81,84% nos formais e 23,7% nos informais. No questionário Qualidade de Vida SF36 observamos que a capacidade funcional dos informais é menor do que a dos formais, vitalidade nos informais é menor do que nos formais, saúde mental também mostrou menor nos informais do que nos formais.A necessidade da assistência nesses indivíduos resulta na baixa autoestima e sobrecarga do cotidiano. Esta sobrecarga refere-se a problemas pessoais, dificuldades ou eventos adversos que afetam significantemente a vida do cuidador informal. Conclui-se que os cuidadores informais apresentam uma redução da qualidade de vida e alto nível de depressão quando comparado ao grupo de cuidadores formais.
Descrição
Palavras-chave
Acidente vascular encefálico, Cuidadores, Qualidade de vida
Citação
FRANCISCO, A. Qualidade de vida de cuidadores informais e formais de pacientes graves. 2020. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2020.