Avaliação por meio de microtomografia computadorizada do efeito da fibrina rica em plaquetas e leucócitos associada ao beta tri cálcio fosfato em regeneração óssea em tíbias de coelho

Resumo
As indicações de procedimentos de enxertia quando há escasso volume ósseo em pacientes submetidos à cirurgia de implantes bucais tem levado ao desenvolvimento de vários biomateriais. Há situações em que a capacidade de reparo é limitada pelo tamanho da perda óssea como aquelas causadas por traumas, patologias ou consequências de procedimentos cirúrgicos diversos, onde o defeito ósseo torna-se crítico a reparação espontânea e se faz necessário o uso de enxertos para um correto tratamento e bom prognóstico. Vários estudos têm demonstrado que biomateriais de enxertia como o beta tricálcio fosfato (BTCP) e a fibrina rica em plaquetas e leucócitos (PRF - L) otimizam o processo de regeneração. O objetivo deste estudo foi de avaliar a formação óssea em defeitos ósseos criados cirurgicamente em tíbias de coelho por meio de microtomografia computadorizada, comparando o BTCP e o PRF – L e em associação. Foram criados defeitos ósseos não críticos com trefina de 5mm de diâmetro em tíbias de 20 coelhos da raça Nova Zelândia. O experimento foi dividido em 4 grupos, cada um com 2 períodos (30 dias / 06 coelhos e 60 dias / 14 coelhos). O grupo coágulo foi denominado de controle, uma vez que ele é o ponto de referência para a comparação dos resultados entre os grupos PRF - L, PRF - L + BTCP e o grupo BTCP. Os coelhos foram eutanasiados nos períodos determinados respectivamente e as amostras foram encaminhadas para análise microtomográfica. Foram utilizados dois softwares para a verificação do volume total de osso formado. Todos os dados obtidos nos resultados foram submetidos há um teste de normalidade e os testes estatísticos utilizados foram Anova e Tukey. No período de 30 dias não houve diferença entre os grupos. Após período de 60 dias o grupo BTCP e grupo BTCP+PRF-L apresentaram diferença estatística comparado aos grupos coágulo e PRF-L. Houve um comportamento semelhante entre os grupos coágulo e PRF-L, quando avaliado o percentual de volume ósseo. De acordo com o estudo proposto, pode-se concluir que a associação de PRF e BTCP não promoveu aumento da formação do tecido mineralizado neste modelo experimental. A utilização do BTCP é uma técnica segura e clinicamente previsível, sendo uma alternativa viável para enxerto de osso autógeno.
Descrição
Palavras-chave
Implantes dentários, Formação óssea, Enxerto
Citação
DOMINGUES, Fabio Murillo. Avaliação por meio de microtomografia computadorizada do efeito da fibrina rica em plaquetas e leucócitos associada ao beta tri cálcio fosfato em regeneração óssea em tíbias de coelho. 2015. Dissertação (Mestrado em Odontologia) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2015.