Mestrado em Ciências Humanas

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    Educação e trabalho: uma análise interdisciplinar do Proeja no IFSP
    (UNISA, 2018) Pereira, Reginaldo Vitor
    Para a compreensão sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil é necessária a contextualização histórica sobre o percurso percorrido da oferta da EJA no nosso país e, deste modo, chegarmos à política educacional estabelecida pelo Decreto nº. 5.840/2016, por meio do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). Tal programa, como política pública, caracteriza-se pelo seu caráter interdisciplinar, promovendo a interlocução entre a educação e o trabalho. O Proeja tem seus alicerces na convergência de três campos da educação que consideram: a formação para atuação no mundo do trabalho (EPT); o modo próprio de fazer a educação, considerando as especificidades dos sujeitos jovens e adultos (EJA); e a formação para o exercício da cidadania. O presente trabalho transita de modo interdisciplinar entre a articulação sobre a Educação e Trabalho, principalmente nos aspectos que envolvem a educação, cultura, ciência e tecnologia. Esta dissertação tem por objetivo analisar e promover o debate sobre a importância do Estado na construção de políticas governamentais na área de Educação, sobretudo na oferta da Educação de Jovens e Adultos, delimitando como objeto de pesquisa a oferta do Proeja no Instituto Federal de São Paulo. E, para tanto, foi adotada inicialmente, como metodologia, a pesquisa bibliográfica, que foi elaborada a partir das fontes bibliográficas e de materiais publicados, como artigos de periódicos e outros disponibilizados pela internet. Ao delimitar o campo de pesquisa, no decorrer do desenvolvimento do trabalho, o método se amplia para a pesquisa descritiva, que culminou na análise dos dados levantados caracterizados na população da Educação de Jovens e Adultos atendidos na referida instituição. A pesquisa mostra que políticas governamentais, além do Proeja, tais como o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), a Lei n° 9.394/1996 (Diretrizes e Bases da Educação), o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Assistência Estudantil, no âmbito Federal; e, no âmbito institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional (2014-2018) do IFSP, contribuíram fortemente para o acesso a esta modalidade de ensino. E mais, foi percebida também a necessidade de se pensar na promoção de itinerários formativos verticalizados aos estudantes egressos do Proeja e do ensino médio técnico integrado, concomitante ou subsequente, em relação ao ingresso no curso superior, disponibilizado em três categorias: licenciaturas, tecnologias e bacharelados ofertadas pelo IFSP.
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    Influência do diabetes na qualidade de vida e na imagem corporal de idosos que frequentam núcleo de convivência
    (UNISA, 2017) Batista, Raquel Fernandes
    A qualidade de vida do idoso precisa ser estimulada e observada. Os diferentes órgãos da sociedade tem se organizado à amparar os idosos e garantir que sejam ativos nessa fase da vida. O desafio atual a ser superado por essa população é o de manter uma vida autônoma e com qualidade. As doenças crônicas são fatores preocupantes por diminuírem a qualidade e a funcionalidade destes. A hipertensão e o diabetes mellitus, são as patologias mais frequentes e que geram limites pessoais e sociais que podem acarretar em problemas físicos, emocionais e sociais. Assim, torna-se indispensável, a estimulação de hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividades físicas, bons hábitos alimentares, otimismo e satisfação com a imagem corporal. OBJETIVO: Comparar a influência do diabetes na qualidade de vida e na percepção da imagem corporal de idosos que frequentam núcleo de convivência. MÉTODO: Foi realizada uma pesquisa de campo, transversal, exploratória, sistemática, de observação individual, com abordagem quantitativa. Todos os participantes concordaram com as questões éticas da pesquisa e responderam três questionários sobre caracterização da amostra, qualidade de vida e Imagem corporal. Os idosos diabéticos responderam um quarto questionário para investigar a qualidade de vida e o sofrimento relacionado ao convívio com o diagnóstico e ao tratamento da diabetes. RESUTADOS: Participaram dessa pesquisa 85 pessoas, frequentadores ativos dos Núcleos de Convivência de Idosos, com faixa etária média de ±71 anos. Permaneceram nesse estudo 81 idosos sendo 52 não diabéticos e 29 diabéticos, ambos os grupos apresentaram co-morbidades como hipertensão, artrose, catarata e osteoporose. Os não diabéticos (90%) realizavam atividade física em média 5 vezes por semana, por mais de 30 minutos, já os diabéticos (69%) realizavam em média, 4 vezes por semana, por mais de 30 minutos. A qualidade de vida em ambos apresentaram médias entre 3 e 4, classificadas como regular a boa. A convivência com o diagnóstico e tratamento para os diabéticos não representa um problema sério para eles, mas se preocupam principalmente com as complicações que podem surgir e sentem-se culpados quando deixam de cuidar do diabetes. Sentem que a falta de metas claras e concretas no cuidado do seu diabetes é um problema para eles, bem como os sentimentos de privação a respeito da comida e das refeições. E socialmente relatam como problema sério sentirem que seus amigos e familiares não apoiam seus esforços em lidar com o seu diabete. Os não- diabéticos estão em sua maioria satisfeitos com a sua imagem, com silhuetas que se assemelham entre a imagem percebida e a desejada, já para os diabéticos a imagem corporal esperada é sempre menor do que a percebida, apontando sinais de insatisfação corporal, percepção de obesidade e o desejo de magreza. CONCLUSÃO: O objetivo foi alcançado e mostrou que o trabalho com idosos, diabéticos ou não, deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, para que haja um olhar especializado nos aspectos de saúde, de nutrição, de capacidade funcional, de equilíbrio emocional, social e ambiental, para garantir qualidade de vida aos mesmos.
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    A emergência da negritude no Brasil, as teorias de inferiorização racial e os caminhos da legislação de proteção à igualdade
    (UNISA, 2017) Silva, Denise Maria Perissini da
    Esta dissertação analisa 14 acórdãos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) referentes ao tema do racismo e crimes de intolerância racial, disponíveis em inteiro teor na página eletrônica daquele Tribunal, no tópico ‘Jurisprudência selecionada’ sob o verbete ‘Racismo’, no período de 1998 a 2016 por meio da Análise de Jurisprudências (AJ). O problema de investigação desta pesquisa consiste em analisar se as decisões jurisprudenciais correspondem às expectativas da população afrodescendente brasileira no tocante à tutela da honra subjetiva preconizada pela legislação anti-racista e pelos costumes sociais. Foram abordados os temas da negritude, considerada um elemento de valorização e autonomia da identidade dos negros, e o mito da ‘democracia racial’ que propaga discursos demagógicos de que ‘não existe racismo’ devido à miscigenação e à suposta igualdade de oportunidades entre brancos e negros. As tensões sociais decorrentes do racismo foram analisadas sob a óptica da Psicologia Social e da Psicanálise, considerando-se que a formação de estigmas e estereótipos são produções grupais que se enraízam no inconsciente da sociedade, e formam representações sociais que se solidificam, fazendo com que o indivíduo se despersonalize para adotar acriticamente esses valores, e aja conforme os parâmetros do grupo pelo mecanismo da projeção de juízos de valor diferentes dos dados de realidade que o grupo-alvo procura apresentar. A partir da lei nº 7.716/1989, a conduta racista veio perdendo seu caráter de ‘impunidade’ e passou a ser objeto de questionamento jurisdicional pelas vítimas. Porém, os resultados da análise das jurisprudências do TJSP apontam que somente a partir de 2010 começa a haver efetiva proteção aos atos de intolerância racial, o que sugere uma resistência inicial em aplicar corretamente a legislação aos casos concretos, com o escamoteamento da gravidade dos fatos e o desvio dos propósitos do legislador frente ao combate ao racismo ou injúria racial, uma vez que o agente argumenta que ‘foi uma brincadeira’, ‘não sabia o que estava fazendo’, ou que a vítima está ‘inventando’ ou ‘exagerando’. Essa situação faz com que haja percalços na instauração da efetiva igualdade, com abalos na identidade dos afrobrasileiros, que caminha de modo não entrecruzado, mas sim paralelo, à legislação que busca demarcar critérios de igualdade racial. O racismo deve ser combatido com a plena aplicabilidade da legislação e da jurisprudência, mas também com conscientização individual e coletiva do significado simbólico da gravidade desta conduta nociva e das implicações dela para si e para os outros. A conquista e a construção cotidiana dos direitos à equidade racial incluem o direito e acesso à judicialização. Não obstante, problematizamos as situações nas quais o acesso ao Judiciário dos afrobrasileiros tem sido ampliado, mas paradoxalmente apresenta poucos resultados efetivos. A dilaceração do recurso dos afrobrasileiros à busca da honra subjetiva violada pelas práticas de intolerância racial é uma questão que deve ser considerada pelas políticas públicas que garantam a construção cotidiana da subjetividade, voltadas à consolidação da negritude, visando a transformar o direito de acesso ao Judiciário em um direito à proteção e garantias de equidade social/racial e cidadania.
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    Educação de jovens e adultos no Brasil: da alfabetização à inclusão cultural
    (UNISA, 2018) Santos, Cibelle Dirce dos
    O enfrentamento ao analfabetismo e a projeção das políticas públicas de educação de jovens e adultos a partir da segunda metade do século XX têm sido os principais pilares para a valorização das pessoas que estão alijadas de seu direito à educação. Esta dissertação busca compreender as iniciativas desenvolvidas e o sentido de cidadania que floresceu por meio das propostas realizadas. Foram consideradas as estratégias de ação junto à classe trabalhadora nos anos de 1950 e 1960, sob a influência de Paulo Freire e sua pedagogia humanista, comprometida com o movimento de alfabetização de jovens e adultos. O MOVA Regional na região do ABCD paulista, o Programa Brasil Alfabetizado e o atual Serviço de Jovens e Adultos introduziram novas dinâmicas nas propostas educativas e o poder de mobilização junto às camadas populares. O novo contexto origina-se de atuações pedagógicas que se propõem a atender o mercado de trabalho, cada vez mais exigente, comprometido com a sociedade tecnológica e informacional. Mediante a análise da educação de jovens e adultos de Diadema, e especificamente da escola Cora Coralina, busca-se refletir sobre a educação cidadã que conduz os jovens e adultos a se tornarem sujeitos de valor e produtivos diante de um mercado de trabalho altamente competitivo. Destacou-se também o papel central da interdisciplinaridade como possibilidade real de construção de saberes e ordenação do letramento para uma clientela que vem sendo caracterizada por um processo crescente de juvenilização.
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    Memória e cultura material: cemitério Campo da Saudade, município de Couto Magalhães (TO)
    (UNISA, 2019) Martins, Juliana Maria
    A presente dissertação analisa os possíveis fenômenos sociais e mentais que contribuíram para a formação das variações tumulares, padrões e formas específicas de ocupação espacial presentes no contexto do cemitério Campo da Saudade, em Porto Franco do Araguaia, distrito do município de Couto deMagalhães (TO). O estudo foi desenvolvido de maneira interdisciplinar, cujas fronteiras disciplinares percorreram o âmbito da filosofia, história e antropologia. Os resultados obtidos a partir das análises de cunho qualitativo e quantitativo,demonstram que o contexto do cemitério não poderia seguir em análise apenas peloviés das representações sociais em coletividade. Foi considerado que as variações tumulares seriam a materialização das representações do espírito (inconsciente), proporcionando uma espécie de coexistência entre passado e presente, o novo. Os padrões de demarcação dos enterramentos, ou maneiras específicas de organização dos corpos inseridos no espaço do cemitério, foram associadas àsmações imediatas do consciente em relação ao espaço, o espaço vazio e homogêneo no qual a inteligência humana se realiza. É nele que conseguimos nos organizar de maneira lógica, ou seja, organizar as coisas externas a nós. A extensão dos corpos em relação ao espaço possibilitou compreender que uma das condições do ser-nomundo é o ser-no-espaço, representações mútuas do inconsciente e consciente.