E quando não é dengue? estimativa do subdiagnóstico de leptospirose e redefinição de áreas de risco usando amostras de pacientes com suspeita de dengue atendidos na rede de saúde municipal de São Paulo
E quando não é dengue? estimativa do subdiagnóstico de leptospirose e redefinição de áreas de risco usando amostras de pacientes com suspeita de dengue atendidos na rede de saúde municipal de São Paulo
Data
2024
Autores
Lucco, Rejane Cristina
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Há anos, estudos têm ilustrado as dificuldades no diagnóstico diferencial entre
leptospirose e dengue, seja devido à semelhança do quadro clínico, ou mesmo à
sobreposição dos períodos de maior ocorrência de ambas as enfermidades. Esse
estudo buscou identificar casos de leptospirose humana no município de São Paulo
pela detecção da infecção leptospírica em pacientes com suspeita clínica de dengue
que não tiveram confirmação da infecção viral. Para as análises, foram utilizadas de
forma inédita, amostras de coágulo sanguíneo, obtidos após utilização do soro dos
pacientes para a realização do teste de ELISA para detecção da proteína NS1, capaz
de identificar pacientes com infecção aguda pelo vírus da dengue. Entre agosto e
setembro de 2023, 200 amostras de coágulos sanguíneos foram selecionadas para
investigação da presença de DNA leptospírico. A seleção foi feita com base no Distrito
Administrativo da residência dos pacientes (DA) de acordo com estudo recente que
identificou os DAs com maior probabilidade de apresentar casos subnotificados. Os
coágulos sanguíneos foram descongelados e separados do gel após centrifugação
por dois minutos com o tubo invertido. Após a recuperação, foi realizada a quebra
mecânica do coágulo adaptando a metodologia proposta por Tas (1990) e em seguida,
a amostra foi tratada e então, foi realizada a extração do DNA para realização da PCR.
Após reação de amplificação de fragmento do gene 16S, foram identificadas 7
amostras positivas (3,5%; IC95% 1.6%-6.7. Todos os controles positivos do processo
de extração foram positivos à PCR, com bandas únicas e intensas. Embora o baixo
número de pacientes positivos tenha impossibilitado a identificação de áreas de risco
para o subdiagnóstico da enfermidade, os resultados indicam a viabilidade da
detecção molecular de leptospiras em coágulos sanguíneos, sinalizando uma
abordagem alternativa e viável para o diagnóstico precoce e a estimativa do
subdiagnóstico da leptospirose. Reforçam também a necessidade de aprimorar
métodos diagnósticos precisos para orientar intervenções clínicas e autoridades
sanitárias na prevenção e tratamento da leptospirose humana.
Descrição
Palavras-chave
Leptospirose, Dengue, Detecção Molecular, Coágulo Sanguíneo, Subdiagnóstico, PCR, qPCR, Epidemiologia
Citação
LUCCO, Rejane Cristina. E quando não é dengue? estimativa do subdiagnóstico de leptospirose e redefinição de áreas de risco usando amostras de pacientes com suspeita de dengue atendidos na rede de saúde municipal de São Paulo. Orientador: Bruno Alonso Miotto. 2024. 55 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Única) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.