Associação entre parâmetros musculares com sintomas de ansiedade e depressão

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Data
2024
Autores
Tanaka, Gabriella Mayumi
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Resumo
O transtorno depressivo maior e os transtornos de ansiedade estão entre as principais fontes da carga global relacionada à saúde. Nesse cenário, a identificação de potenciais preditores de sinais e sintomas precoces de depressão e ansiedade é de fundamental importância para evitar o agravamento desses quadros. Objetivo: Este estudo investigou as associações entre a força de preensão manual e o teste de sentar e levantar com sintomas de depressão e ansiedade. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. Os participantes foram recrutados por meio de mídias sociais e convidados a comparecer à universidade para avaliações. Os participantes foram submetidos a uma entrevista semiestruturada para registrar características sociodemográficas (idade, sexo, estado civil, etnia, renda familiar), comorbidades, uso de tabaco e medicamentos, sintomas de ansiedade e depressão e qualidade de vida. Em seguida, foram avaliadas as características antropométricas (peso e altura), a força de preensão manual e a funcionalidade (teste de sentar e levantar). Resultado: Duzentos e dezesseis indivíduos foram avaliados. O grupo de baixa força apresentou valores elevados no Inventário de Ansiedade de Beck (9,5 vs. 5,9 unidades arbitrárias; P = 0,0008) e o Inventário de Depressão de Beck do grupo de alta força (10,8 vs. 7,9 unidades arbitrárias; P = 0,0214). Da mesma forma, quando os indivíduos foram estratificados pelo teste de sentar e levantar, o grupo do teste de sentar e levantar com baixo escore demonstrou valores elevados no Inventário de Ansiedade de Beck (9,9 vs. 5,5 unidades arbitrárias; P = 0,0030) e o Inventário de Depressivos de Beck em comparação com o grupo com escores altos (11,2 vs. 7,5 unidades arbitrárias; P < 0,0001). As análises de frequência de sintomas mínimos/leves e moderados/graves de ansiedade e depressão indicam uma relação significativa entre o escore do teste de sentar e levantar e a frequência de sintomas mínimos/leves e moderados/graves de ansiedade (P=0,0090). O modelo de regressão ajustado mostrou associação inversa entre força de preensão manual e ansiedade (escores de ansiedade: β = -0,22, IC95% -0,38 a - 0,07; P = 0,005; Escores de depressão: β = -0,25; IC95% -0,42 a -0,07; P = 0,006). Da mesma forma, os escores do teste de sentar e levantar foram associados com ansiedade (β = -0,33, IC95% -0,54 a -0,13; P = 0,002) e depressão (β = -0,32, IC95% -0,56 a - 0,09; P = 0,008). Conclusão: Esses achados revelam os parâmetros musculares como um importante fator de risco para o estado de saúde mental, justificando novos estudos clínicos para testar potenciais estratégias de melhora dos parâmetros musculares como medida de prevenção de maus desfechos mentais.
Descrição
Palavras-chave
Transtornos Mentais, Saúde Mental, Força, Funcionalidade
Citação
TANAKA, Gabriella Mayumi. Associação entre parâmetros musculares com sintomas de ansiedade e depressão. Orientador: Saulo dos Santos Gil. Coorientador: Lucas M. Neves. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.