Avaliar a concordância entre inclinômetro e radiografia para avaliar os parâmetros sagistais de adolescentes com escoliose idiopática nas diferentes fases do crescimento
Avaliar a concordância entre inclinômetro e radiografia para avaliar os parâmetros sagistais de adolescentes com escoliose idiopática nas diferentes fases do crescimento
Data
2020
Autores
Schmidt, Ariane Verttú
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Introdução: A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é a mais comum e grave
deformidade da coluna que acomete crianças e adolescentes em fase de maturidade
esquelética das curvaturas sagitais da coluna vertebral. A sua prevenção e controle
do risco de progressão da curvatura escoliótica se faz por meio de instrumentos
precisos e confiáveis. Porém, não se observa na literatura instrumentos livres de
radiação que consideraram as diferentes fases de crescimento esquelético para um
melhor diagnóstico preventivo da curvatura escoliótica. Objetivo: Avaliar a
concordância (confiabilidade) inter e intra-examinador do inclinômetro e sua relação
com o padrão-ouro realizado pelo exame do Raio-X sobre os parâmetros sagitais da
coluna vertebral na fase inicial e tardia do crescimento de adolescentes com EIA.
Métodos: Estudo analítico do tipo transversal. Um total de 39 adolescentes com EIA,
entre 10-18 anos, foram avaliados e divididos em dois grupos: fase inicial de
crescimento (Grupo 1=16, 10-13 anos) e fase tardia do crescimento (Grupo 2=23, 14-
18 anos). Em todos os adolescentes foram mensurados os parâmetros sagitais da
coluna vertebral, sendo eles os ângulos da cifose torácica e lordose lombar, por meio
de dois instrumentos: o exame de imagem do Raio-X bidimensional (perfil sagital) e
pelo Inclinômetro, instrumento livre de radiação. Para ambas as avaliações as
adolescentes permaneceram em posição ortostática com suporte de peso corporal.
Análise Estatística: Foram utilizados testes de Mann-Whitney e Wilcoxon, bem como
o Índice de Concordância Intra-Classe (ICC) e o teste de correlação de Spearman entre
os avaliadores e instrumentos, considerando um nível de significância de 5%.
Resultados: Nas fases de crescimento inicial e tardia o ângulo da cifose torácica se
mostrou sem diferença significantes entre os instrumentos, com excelente
concordância inter e intra-examinador e forte associação com o padrão-ouro pelo
exame de Raio-X. O ângulo da lordose lombar mostrou-se diferentes entre os
instrumentos inclinômetro e o Raio-X (p<0,001), com moderada confiabilidade e pior
correlação com o padrão-ouro da radiografia. Conclusão: As diferentes fases do
crescimento, inicial e tardia, mostraram sem diferenças entre os instrumentos e com
excelente concordância (confiabilidade) inter e intra-examinador do inclinômetro,
instrumento livre de radiação, para o parâmetro sagital da cifose torácica. O ângulo
da lordose lombar mensurado pelo inclinômetro mostrou-se diferente das medidas
do Raio-X, mas com moderada confiabilidade inter e intra-examinador. Outro achado
importante foi a fraca correlação do inclinômetro em relação ao Raio-X para o ângulo
da lordose lombar, tanto para a fase inicial quanto tardia do crescimento, mostrando
ser um instrumento de validade ineficiente para monitoramento curvatura
escoliótica da coluna lombar de adolescentes com escoliose idiopática.
Descrição
Palavras-chave
Escoliose, Crescimento, Raio-X
Citação
SCHMIDT, A. V. Avaliar a concordância entre inclinômetro e radiografia para avaliar os parâmetros sagistais de adolescentes com escoliose idiopática nas diferentes fases do crescimento. 2020. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2020.