Prevalência de alterações patológicas em seios maxilares através da tomografia computadorizada

Imagem de Miniatura
Data
2016
Autores
Drumond, João Paulo Nunes
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNISA
Resumo
Introdução: os seios maxilares são sítios frequentes de alterações odontogênicas e não odontogênicas; de origem inflamatória, alérgica, neoplásica, traumática ou iatrogênica. Devido à sua relação com estruturas nobres como a base do crânio, encéfalo e assoalho da órbita; o envolvimento sinusal por doenças deve ser cuidadosamente avaliado, pois danos nas estruturas adjacentes são graves e os processos infecciosos ou neoplásicos podem se propagar local ou sistemicamente. A Tomografia Computadorizada (TC) é uma técnica efetiva e padrão ouro quando indicada para diagnóstico de lesões sinusais, sendo largamente utilizada. Objetivos: avaliar através da TC, a prevalência de alterações patológicas dos seios maxilares em uma determinada população, utilizando como fonte o banco de dados de um hospital público na cidade de São Paulo. Material e Método: a amostra deste estudo foi composta por 762 exames tomográficos da face realizados em âmbito hospitalar. Os exames foram separados em 3 grupos: Grupo A (idade entre 12 a 19 anos); Grupo B (idade entre 20 e 49 anos); Grupo C (idade acima de 50 anos); e pelo sexo masculino ou feminino. Foram considerados os seguintes processos patológicos: I- Espessamento Mucoperiosteal; II- Sinusopatia; III- Sinusopatia Odontogênica; IV- Rinossinusite Aguda; V- Formação Polipóide; VI- Lesão Óssea; VII- Neoplasias; VIII- Antrolitos; IX- Corpos Estranhos; X- Fístula Oroantral. De acordo com a localização no interior do seio maxilar, as alterações sinusais foram classificadas em: (A) Anterior; (P) Posterior; (I) Inferior, (S) Superior, (M) Medial; (L) Lateral e (C) Combinada. Resultados: dentre os 762 exames tomográficos avaliados, 305 exames (40,02%) estavam normais, e 457 exames (59,97%) estavam alterados. As seguintes frequências de alterações foram encontradas: espessamento mucoperiosteal focal em 21,25%; formação polipóide em 10,76%; sinusopatia crônica (7,48%); sinusopatia odontogênica (2,29%); neoplasias em 2,03%; rinossinusite aguda (1,77%); lesões ósseas e corpos estranhos em 0,65% e 0,13% respectivamente; e fístula oroantral em 0,06%. Não houve diferença significativa entre os gêneros masculino e feminino, e os Grupos A, B ou C quando comparados em relação às frequências das anormalidades encontradas e para o lado do seio maxilar alterado. Conclusão: observamos 46,42% de prevalência absoluta de alterações sinusais maxilares. Espessamento mucoperiosteal (21,25%); sinusopatias aguda, crônica e odontogênica (11,54%); formações polipóides (10,76%) e neoplasias (2,03%) são as alterações de maior importância nos seios maxilares. A TC da Face se mostrou eficaz para a avaliação de alterações patológicas em seios maxilares.
Descrição
Palavras-chave
Seios Maxilares, Tomografia Computadorizada, Epidemiologia
Citação
DRUMOND, João Paulo Nunes. Prevalência de alterações patológicas em seios maxilares através da tomografia computadorizada. 2016. Dissertação (Mestrado em Odontologia) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2016.