Mestrado em Ciências da Saúde

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    Complicações precoces em pacientes submetidos a cirurgia colorretal por câncer: análise retrospectiva de pacientes entre 2016 e2019
    (UNISA, 2022) Pereira, Thales Felipe dos Santos
    Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, em 2015, as causas neoplásicas foram a primeira ou a segunda causa de óbito antes dos 70 anos de idade em 91 de 172 países analisados1 . No Brasil, segundo estimativas do INCA, em 2017, a mortalidade do CCR foi de 9.207 óbitos no sexo masculino (9,12/100 mil) e 9.660 óbitos em mulheres (9,33/100 mil) 2 . Segundo o Ministério da Saúde, para o ano de 2017, foram realizados 138.213 procedimentos de quimioterapia, incluindo quimioterapias neoadjuvantes, profiláticas e paliativas, e 9.582 cirurgias. A complicação pós-operatória mais presente em pacientes com CCR é a infecção de ferida operatória, podendo ocorrer em até 40% dos pacientes. Em razão da relevância desse tema, foi realizado este estudo caracterizado como retrospectivo, avaliando as condições pré-operatórias e comorbidades, com complicações pós-operatórias em pacientes com CCR. Objetivo: Correlacionar variáveis clínicas com a ocorrência de complicações precoces após cirurgia colorretal por câncer. Discussão: Mediante os resultados do presente estudo, nota-se que houve uma diferença na quantidade de participantes entre os grupos, com maior número no sexo masculino apresentando uma razão de 1/1,14, a cirurgia mais realizada em ambos os sexos foi a retossigmoidectomia, seguido de colectomia direita e esquerda, respectivamente. Apesar de haver importante presença de complicações pós-operatórias, como fístula anastomótica, abscesso intracavitário e eventração, não houve relevância estatística ao se avaliar a presença destas em ambos os grupos. Contudo, ao se analisar a presença de infecção de ferida operatória, evidencia-se maior presença no sexo feminino (p = 0,0493). Conclusão: O CCR apresenta comportamento semelhante em ambos os sexos. No entanto, apesar de os integrantes do grupo do sexo masculino serem em maior número, as mulheres pós-menopausadas apresentam proporcionalmente maior tendência para evoluir com infecção de ferida operatória.
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    Incidência do papilomavírus humano, mycoplasma hominis e ureaplasma spp em amostras cervicais coletadas na população ribeirinha do rio Amazonas
    (UNISA, 2020) Silva, Thais dos Santos Cavicchio da
    As infecções sexualmente transmissíveis (IST) continuam sendo um grande problema de saúde pública em todo o mundo, estima-se aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase aconteçam anualmente. A prevalência de Papiloma vírus humano (HPV) na população feminina é de cerca de 54,6% e na masculina, de 51,8% no ano de 2018. Os tipos HPV 16, 18, 31 e 45 são os tipos mais prevalentes, sendo responsáveis por aproximadamente 95% dos casos de carcinomas de células escamosas e suas lesões precursoras de alto grau. O Micoplasma ssp é frequentemente isolado no trato genital, bem como as espécies Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum, normalmente frequente em infecções associadas. A associação entre a infecção pelo HPV e o câncer do colo do útero já é bem estabelecida, embora vários estudos tenham encontrado o envolvimento de Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum contribuindo como facilitador de risco de infecção pelo HPV. Dentre as novas tecnologias desenvolvidas para identificação de DNA-Viral, como um dos desdobramentos do seqüenciamento dos genomas, destacasse a técnica de microarrays, ou chips de DNA. A metodologia de microarrays pode ser utilizada para a determinação de perfis de expressão gênica ou para o estudo de genoma funcional. O Objetivo deste trabalho foi verificar a incidência de HPV, M. Hominis e Ureaplasma spp em amostras cervicais coletadas na população ribeirinha dos afluentes Rio Negro e Madeira no Amazonas. Foram avaliadas 117 amostras e verificamos que 78,63% possuem ensino médio incompleto e a 79,49% são casadas. Ainda 26,49% das voluntárias apresentaram a infecção por HPV e 12% destas mulheres estavam infectadas pelo sorotipo 16. Quando separamos a análise do HPV com o M.hominis, observamos uma concordância discreta (66,7%, p=0,0137) e o mesmo foi feito co U. parvum, observamos uma discordância discreta (56,4%, p=0,1744). O câncer cervical está associado aos HPVs de alto risco oncogênico, no entanto outros patógenos cervicais desempenham um papel importante no microambiente imunológico, levando um aumento permissividade o desenvolvimento do câncer cervical, processo mediado pela resposta inflamatória.
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    Efeito da intervenção terapêutica com treino de equilíbrio e marcha com feedback visual em idosas com e sem osteoartrite de joelho: ensaio clínico randomizado
    (UNISA, 2022) Souza, Tatiane Silva de
    A osteoartrite (OA) é a afecção crônico-degenerativa mais frequente nos idosos, o que contribui para incapacidade funcional importante. A perda funcional, as alterações da marcha e a redução do controle do equilíbrio são as principais causas de progressão da OA, principalmente do joelho. Recentes estudos demonstraram que o treino de marcha e do equilíbrio são benéficos para ganho de funcionalidade e equilíbrio em idosas sem doença crônica do sistema musculoesquelético, em especial com feedback visual. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito terapêutico de um programa de treino de resistência muscular em membros inferiores, de equilíbrio e marcha associado ao feedback visual sobre os aspectos clínicos, funcionais e biomecânicos de idosas com e sem OA de joelho. Métodos: Foi conduzido um ensaio clínico controlado, paralelo, com alocação aleatória e cegamento dos avaliadores, no qual 40 idosas foram recrutadas, sendo 20 idosas com OA de joelho graus 2 ou 3 randomizadas e alocadas para o grupo de intervenção (GOA, n=20) e para o grupo controle, sem a doença (GC, n=20). A intervenção foi um programa de treino de resistência muscular em membros inferiores, equilíbrio reativo e proativo e treino de marcha associado ao feedback visual do apoio dos pés em diferentes direções. Os desfechos primários foram: a intensidade da dor pela Escala Visual Analógica, o domínio de dor e a funcionalidade pelos questionários: WOMAC (Western Ontario and MacMaster Universities Osteoarthritis) e Algo-funcional de Lequesne. Os desfechos secundários foram: o teste de caminhada de seis minutos, o questionário Falls Risk Awareness Questionnaire-FRAQ-Brasil, o desempenho físico pelo Timed Up & Go Test (TUG), a distribuição da carga plantar durante a marcha e a aceitabilidade das pacientes ao protocolo de intervenção. Análise Estatística: Os efeitos de intervenção (pré e após 2 meses) e grupos (GOA e GC), foram calculados por meio de testes t student (pareado e independente) e o tamanho de efeito foi calculado pelo teste de Cohen’d, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: A intervenção foi efetiva para melhora da dor e edema, bem como o aumento da funcionalidade nas idosas com OA de joelho pré e pós intervenção e em relação ao controle, com tamanho de efeito de moderado a alto. O equilíbrio dinâmico (TUG), apresentou aumento do equilíbrio com tamanho de efeito maior nas idosas com OA, e a percepção do risco de quedas (FRAQ) e o teste de caminha de 6 minutos (TC6) aumentaram pré e pós intervenção para ambos os grupos de idosas (GOA e GC) com tamanho de efeito alto na percepção do risco de quedas. Além disso, houve redução da carga plantar sobre as áreas do mediopé e retropé medial e lateral pré e pós intervenção, para as idosas do GOA de joelho, mas ainda mantendo-se aumentada área de contato em mediopé quando comparado ao GC pós intervenção. Ambos grupos (GOA e GC), apresentaram excelente aceitabilidade, adequação e viabilidade ao programa de intervenção. Conclusão: O protocolo de treino de resistência muscular, treino de equilíbrio reativo e pró-ativo e marcha com feedback visual foi efetivo, no período de 2 meses consecutivos, para reduzir a dor e edema das idosas com OA de joelho. Além disso, aumentou a funcionalidade dos joelhos, o equilíbrio, a distância de caminhada e a percepção de quedas das idosas com e sem OA de joelho. Durante a marcha com feedback visual, o protocolo de intervenção promoveu um melhor ajuste da distribuição da carga plantar sobre as regiões do mediopé e retropé medial e lateral das idosas com OA de joelho. As idosas com e sem OA mostraram excelente aceitabilidade e viabilidade da intervenção.
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    Adesão ao autocuidado de diabéticos tipo 2 submetidos à amputação de urgência em um hospital público de referência
    (UNISA, 2021) Domingos, Simone Aparecida
    Amputações de membros inferiores (AMI) são uma consequência grave do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A adesão às atividades de autocuidado previne complicações diabéticas periféricas e diminuem os riscos de amputação. Objetivo: Avaliar a adesão ao autocuidado de pacientes que encontram se em pós-operatório imediato de amputação de membros inferiores em caráter de urgência ocasionada por complicações diabéticas periféricas. Métodos: Estudo transversal com 106 pacientes em pós-operatório de AMI de urgência por complicações periféricas decorrentes do DM2. Foi utilizado um questionário estruturado para caracterização sociodemográfica e clínica da amostra e Questionário de Atividades de Autocuidado (QAD). Para avaliar a significância das diferenças entre os grupos (sexo, estado civil e amputação prévia), foi usado o teste de Mann-Whitney (mediana, populações não paramétricas). A adesão às atividades de autocuidado é apresentada como média ± desvio padrão (DP). Resultados: Os resultados revelaram adesão total para a atividade tomar injeção de insulina conforme recomendado com médias de 7,00 (DP = 0,0) dias/semana, médias satisfatórias também foram alcançadas para as demais atividades medicamentosas. A prática de atividade física aparece como uma das atividades com menor adesão de dias por semana, com médias de 0,65 (DP = 1,9) para atividade física por pelo menos 30 minutos e 0,52 (DP = 0,90) para atividade física específica. Adesão extremamente baixa também foi observada para a questão seguir orientação alimentar dada por um profissional, com médias 0,55 (DP = 0,98) dias/semana.
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    Avaliação dos efeitos da suplementação com l-glutamina na atividade antioxidante da HDL em idosos fisicamente ativos: foco na paraxonase-1 e glutationa peroxidase
    (UNISA, 2022) Pires, Renier Soares
    Neste estudo, objetivou-se avaliar se a suplementação de Gln pode melhorar o balanço redox e a capacidade antioxidante total do HDL, mediada pelas atividades PON-1 e GPx, em idosos fisicamente ativos. Métodos: 83 idosos, não praticantes (NP, n=32) e praticantes de um programa de treinamento físico combinado (EFC, n=51), foram separados em 2 subgrupos de acordo com a suplementação: grupos Gln (NP-Gln, n=16 e EFC-Gln, n = 26) e grupos de placebo (NP-PL, n=16 e EFC -PL, n=25). Amostras de sangue foram obtidas antes (pré) e após (pós) 30 dias de suplementação com Gln (0,3g / kg / dia + 10g de maltodextrina) ou placebo (10g de maltodextrina) para avaliar a glicemia, o perfil lipídico, os parâmetros oxidantes e antioxidantes, e atividades GPx e PON-1. Resultados: Glicemia mais baixa foi encontrada nos grupos EFC do que nos grupos NP, tanto pré quanto pós-suplementação. Níveis mais elevados de HDL-c e também atividades de peroxidase total (PRx) e GPx foram encontrados nos subgrupos NP-Gln e EFC-Gln póssuplementação em comparação com os valores anteriores. Além disso, o aumento da atividade da GPx pós-suplementação nesses subgrupos também foi superior aos valores encontrados nos subgrupos NP-PL e EFC-PL, no mesmo período. Curiosamente, maior atividade de PON-1 foi encontrada apenas no subgrupo EFC-Gln pós-suplementação do que os valores basais. Redução da razão entre peróxidos totais e PRx, ferro e PRx, e também peróxidos totais e GPX foram encontrados nos subgrupos NP-Gln e EFC-Gln pós-suplementação em comparação com os valores anteriores, enquanto redução da proporção entre TBARS e PRx ou GPx foram encontrados nos subgrupos EFC-Gln pós-suplementação em comparação com os valores anteriores. Os outros parâmetros permaneceram inalterados.