Mestrado em Saúde Única

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    Pesquisa de agentes zoonóticos transmitidos por carrapatos em animais silvestres atropelados em rodovias brasileiras
    (UNISA, 2024) Boer, Fernanda Cunha
    A antropização em habitats naturais é uma das principais causas da perda da biodiversidade, fazendo com que ocorra profundas mudanças nesses ambientes. Dentre essas mudanças, umas das que gera importante impacto ambiental é a implantação de rodovias, que leva ao desmatamento e consequentemente a uma alteração da paisagem natural. A construção de rodovias gera impactos diretos sobre a vida selvagem modificando a estrutura e dinâmica dos ecossistemas. O atropelamento de animais silvestres é a principal causa de mortalidade de vertebrados por meio de ação antrópica. Um dos fatores que aumentam a demanda de novas estradas é o crescimento das cidades, sendo, portanto, necessária a interligação entre elas e a construção de vias de transporte para pessoas e cargas, resultando em impactos ecológicos severos, bem como a aproximação dos animais silvestres com o homem e os animais domésticos. O presente estudo teve por objetivo investigar a presença de possíveis agentes zoonóticos transmitidos por carrapatos em animais silvestres atropelados em rodovias no Estado de São Paulo. Dos 11 animais que apresentaram ectoparasitos, dez estavam infestados exclusivamente por carrapatos e um por carrapato e piolhos. A quase totalidade dos animais que apresentaram ectoparasitos eram mamíferos, com exceção de uma ave da espécie Cariama cristata. Foram coletados carrapatos das espécies Amblyomma dubitatum, Amblyomma nodosum, Amblyomma ovale, Amblyomma sculptum, Rhipicephalus microplus e um piolho da espécie Solenopotes binipilosus. Amostras de tecidos de 33 dos 36 animais testados foram positivas para a presença de DNA de hemoparasitas da ordem Piroplasmida, cinco para o gênero Hepatozoon e somente uma para a família Anaplasmataceae. Todas as amostras foram negativas quanto à presença de DNA de Rickettsia
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    Avaliação da Arnica Silvestre (Floral de Saint Germain) e da Arnica montana (homeopatia) em Periquitos Australianos (Melopsittacus undulatus)
    (UNISA, 2016) Silva, Camila Alves
    A procura por pets não convencionais / silvestres e exóticos tem crescido no Brasil e no mundo. Entre coelhos, hamsters, tartarugas e peixes, as aves (psitacídeos de maneira geral) são as favoritas pelo potencial de interação ao seu proprietário. A interação homem–animal bem como o contato físico, emocional e social tem sido maior e mais frequente podendo ser capaz de gerar, em contrapartida, alterações de comportamento, estresse, doenças e até óbito. Para tratar a doença, sua origem ou até preveni-la surgiram às terapias complementares tais como florais, homeopatia, fitoterapia, reiki, acupuntura, entre outras, capazes de equilibrar o físico, comportamental e o ambiente do animal tratado. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a ação e os efeitos da Arnica Silvestre e da Arnica montana em periquitos australianos padrão inglês (Melopsittacus undulatus) submetidos ao estresse de superpopulação. Foram utilizados 32 periquitos machos divididos em 4 grupos em gaiolas com as mesmas medidas, manejo e alimentação sendo tratados com Arnica Silvestre (Floral de Saint Germain), Arnica montana 6 CH (homeopatia), Solução hidroalcóolica (placebo) e Controle Branco sem nenhuma medicação administrada. A posologia foi de 16 gotas, na água do bebedouro a cada 24 horas pelo período de 29 dias. As aves foram avaliadas quinzenalmente através do escore corporal e pelas categorias comportamentais: Parado em Atividade(PA),Parado em Inatividade(PI),Movimento(M), Comportamento de Manutenção(CM), Forrageio(F), Alimentação(A), Comportamento Anormal (CA), Interação social positiva(IS+), Interação social negativa(IS-) presentes no etograma. Os resultados obtidos indicaram que os grupos medicados com Arnica montana e Arnica Silvestre apresentaram menores sinais de estresse, ausência de óbito e de reações adversas. Portanto, o uso dessas terapias pode ser aplicado a aves.
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    Avaliação da técnica de termografia por infravermelho para diagnóstico e acompanhamento clínico de alterações articulares crônicas em cães.
    (UNISA, 2020) Henrique, Daniela Carvalho Ribeiro Loureiro dos Santos
    Esta pesquisa teve por objetivo a avaliação da termografia por infravermelho para o diagnóstico e acompanhamento clínico de alterações articulares crônicas em cães. Para o estudo, foram selecionados 31 animais, de diversas raças, pesos e idades, divididos em 2 grupos: cães hígidos (N=17) ou com Doença Articular Degenerativa (DAD; N=14). Todos os animais passaram por avaliação clínica que incluiu anamnese, exame físico geral e específico do sistema osteoarticular. Adicionalmente, exames complementares de imagem foram empregados para confirmação do diagnóstico definitivo no grupo de animais com DAD. Todos os cães foram submetidos à perimetria dos membros torácicos e pélvicos, goniometria das articulações úmero-radio-ulnares, rádio-cárpicas, fêmur-tibio-patelares e tíbio társicas, tanto em flexão quanto em extensão, além da análise termográfica de todas as articulações (FLIR® E40, EUA). Os dados gerados foram submetidos à análise estatística descritiva, além de análise de variância e teste de correlação para determinação das possíveis associações entre os achados do exame clínico ortopédico e os resultados do termograma articular. Não foram observadas variações significativas para a angulação dos membros torácicos comparados aos animais hígidos e portadores de DAD;, no entanto, a capacidade de flexão (P=0,0453) e extensão (P=0,0058) da articulação tíbio-társica direita e flexão da articulação tíbio-társica esquerda (P=0,0354) foram influenciadas pela existência de doença articular prévia. Não foram observadas diferenças significativas para a temperatura das diferentes articulações pesquisadas quando comparados os termogramas de animais hígidos e portadores de DAD, exceto para a mensuração termográfica da face cranial da articulação rádio-cárpica esquerda, que apresentou temperatura mais baixa (28,57±0,82) para animais com distúrbios articulares (p=0,0121) enquanto para animais saudáveis foi de 30,88±0,38. Frente aos achados, concluiu-se que a termografia por infravermelho não representou uma técnica eficiente para o diagnóstico e identificação de doenças articulares crônicas em cães.
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    Diagnóstico sorológico e molecular de Leishmania infantum baseado no gene de Catepsina L-like de cães mantidos no Centro de Controle do Zoonoses do município de Marabá, Pará.
    (UNISA, 2020) Campolongo, Caio Izidoro
    As espécies do gênero Leishmania são parasitas intracelulares obrigatórios, responsáveis por grave zoonose em todo o mundo, a leishmaniose. No Brasil, a espécie mais importante é Leishmania infantum, que tem como principal vetor o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Entre os hospedeiros estão mamíferos como canídeos silvestres e domésticos e os seres humanos. No meio urbano os cães domésticos são o principal reservatório do parasita, sendo que casos em cães precedem os casos humanos em uma região. No Brasil a região norte e nordeste do país são as que mais notificam casos de leishmaniose visceral em cães e humanos. Na região norte se destaca o estado do Pará, que vem apresentando mais casos da doença nos últimos anos, tendo o município de Marabá segundo maior número de casos de Leishmaniose visceral em humanos nos últimos anos. O trabalho foi realizado utilizando-se 400 amostras de sangue e soro de cães presentes e atendidos no Centro de Controle de Zoonoses do município de Marabá. As amostras obtidas foram testadas com o método de diagnóstico sorológico DPP, recomendado pelo Ministério da Saúde como método de triagem oficial, e diagnóstico molecular PCR, utilizando gene da Catepsina L-like, tendo melhor especificidade e sensibilidade que outros testes. A prevalência encontrada foi de 75,5 % (302/400) nos testes de pesquisa de anticorpos, representando um número de 302 animais e de 59,25% (237/400) no teste molecular, representando um número de 237 animais. Os resultados demonstram que o parasita Leishmania infantum se encontra amplamente distribuído na região de estudo.
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    Diagnóstico sorológico e molecular de Leishmaniose Canina e isolamento de parasitas do gênero Leishmania em cães do município de Itapecerica da Serra, Cotia e Juquitiba, São Paulo.
    (UNISA, 2020) Costa, Camila de Abreu Aires Ribeiro
    As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde pública e representam um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. Elas parasitam mamíferos e possuem ciclos de vida com alternância entre vertebrados e invertebrados. A maioria das espécies se desenvolve em artrópodes hematófagos, que podem pertencer a diversas ordens e famílias. A Leishmaniose visceral é uma importante zoonose e possui canídeos silvestres e domésticos como importantes reservatórios conhecidos e a diversidade genética de Leishmania infantum no Brasil ainda não é conhecida. Leishmaniose é uma doença severa com ampla distribuição geográfica com uma incidência de dois milhões de casos por ano e 350 milhões de pessoas em áreas de risco de infecção. O objetivo deste projeto é avaliar a presença de parasitas do gênero Leishmania no município de Itapecerica da Serra, Cotia e Juquitiba através do isolamento e diagnóstico molecular. Foram amostrados 153 cães do município do abrigo da ONG Adote um Amicão de Itapecerica da Serra, Cotia e Juquitiba. O diagnóstico sorológico foi realizado dos 153 cães através do método de imunocromatográfico DPP ®, destes 9,80% (15/153) foram positivos para a pesquisa de anticorpos anti-Leishmania pelo método de imunocromatografia (DPP®). A positividade foi de 9,52% (4/42), 13,33% (4/30) e 8,64% (7/81) nos municípios de Cotia, Itapecerica da Serra e Juquitiba, respectivamente. Sequencialmente o diagnóstico molecular foi realizado em amostras de sangue dos mesmos cães através do gene da catepsina L-like, destes 5,33% (8/153) foram positivos para a pesquisa de Leishmania infantum. A positividade foi de 4,76% (2/42), 22,22 % (6/30) nos municípios de Cotia e Itapecerica da Serra, respectivamente. O exame parasitológico foi realizado através da punção por agulha fina de linfonodo poplíteo e sangue periférico total dos animais positivos no sorológico ou molecular, destes 0,66 % (1/153) foi positivo, este animal é oriundo de Itapecerica da Serra. Os testes moleculares específicos para Leishmania infantum demonstraram a presença do agente nos municípios de Cotia e Itapecerica da Serra. Além disso, atenta para uma nova classificação epidemiológica do município de Itapecerica de Serra e para implementação de protocolos de sanidade animal nos processos de adoção.