Mestrado em Veterinária
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- ItemAlterações hematológicas em cães diagnosticados em ehrlichia canis por PCR ou sorologia(UNISA, 2019) Queiroz, Sthephany Erings deA Erliquiose Monocítica Canina no Brasil vem apresentando casuística crescente em hospitais e clínicas veterinárias. Devido a necessidade de realizar um diagnóstico rápido para melhor bem-estar do animal, existe a necessidade de mais conhecimento sobre as alterações hematológicas presentes em animais com suspeita de Erliquiose canina. Essas informações podem ser de grande ajuda para o médico veterinário, especialmente em casos com sintomatologia inespecífica, que podem evoluir para um quadro de prognóstico reservado a ruim. O presente projeto possuiu como objetivo geral, avaliar as alterações hematológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Santo Amaro, apresentando trombocitopenia e diagnosticados com Ehrlichia canis. Os objetivos específicos foram: (1) Correlacionar os dados encontrados no hemograma dos cães com diagnostico molecular e sorológico positivo para E. canis; (2) Correlacionar os dados encontrados no hemograma dos cães com diagnostico sorológico positivo para E. canis. Os 54 (cinquenta e quatro) cães foram divididos em 3 grupos para análise deste estudo científico, sendo distribuídos da seguinte maneira: Grupo 1: cães apresentando alterações clínicas ou trombocitopenia no hemograma e com diagnostico molecular e sorológico positivo para E. canis; Grupo 2: cães apresentando alterações clínicas trombocitopenia no hemograma e com diagnostico sorológico positivo para E. canis; Grupo 3: cães apresentando alterações clínicas ou trombocitopenia no hemograma e negativo no diagnostico molecular e sorológico para E. canis. Com este estudo pode-se concluir que: a) a trombocitopenia e a anemia são os mais importantes achados hematológicos em todas as fases da enfermidade, podendo também ocorrer a pancitopenia; b) testes moleculares e sorológicos são úteis e devem ser utilizados em conjunto com a história clínica do animal com fim de diagnosticar e diferenciar a doença entre as fases aguda, crônica e assintomática.
- ItemAnálise prospectiva do Lokivetmab em cães com dermatite atópica no Brasil(UNISA, 2020) Campos, Millena Leme deA Dermatite Atópica (DA) é uma enfermidade alérgica e inflamatória de caráter crônico da pele e orelha externa de cães e gatos, ocorrendo principalmente em jovens adultos de raça definida. Lokivetmab (Cytopoint®) é um anticorpo monoclonal anti-IL-31 específico em tratar manifestações clínicas da DA canina em diversos graus de severidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução clínica dos cães com DA após aplicação do lokivetmab, através das variáveis CADESI-4, Escala analógica visual do prurido (EAV), Questionário de qualidade de vida dos cāes com DA e a qualidade de vida de seus tutores (QoL), Classificação geral do tratamento proposto (Owner global assessment of treatment efficacy – OGATE) e incidência de efeitos colaterais. A pesquisa foi prospectiva com 30 dias de duração. Foram recrutados 110 animais atendidos em duas clínicas particulares localizadas no Estado de São Paulo. A dose preconizada do lokivetmab foi de 2mg/kg, administrada por via subcutânea no primeiro dia de avaliação (D0). A evolução dos pacientes foi observada no D2 e no D14 por contato telefônico/email, e no D30, presencialmente. No D0, a média da EAV foi de 7,68 (mediana de 7) e sofreu redução no D2 para 3,82 (mediana de 2) (p< 0,001). O CADESI-4 sofreu queda satisfatória de 36,48 no D0 para 16,31 no D2 (p< 0,001). Correlacionando EAV e CADESI-4, houve resultado positivo entre os deltas de variação (p<0,001). O OGATE mostrou que 74,5% dos tutores classificaram o tratamento com resposta ‘boa a excelente’. Ao aplicar o QoL, houve melhora já no D2, que se perpetuou durante todo o seguimento (p<0,001). Dezoito cães (16,36%) apresentaram efeitos adversos leves e auto-limitantes nos primeiros dias de tratamento, sendo eles vômito, diarréia e sonolência. Lokivetmab se mostrou eficaz, seguro e com resposta rápida no controle da DA canina, uma vez que todas as variáveis analisadas apresentaram melhora significativa.
- ItemAvaliação clinica do pós operatório de cirurgia de remoção de bloco ósseo do mento feito com piezocirurgia e ostectomia com instrumentos rotatórios(UNISA, 2009) Comarin, Ronaldo SanguinAtualmente as cirugias estão sendo menos invasivas, agressivas e traumáticas proporcionado um maior conforto pós-operatório para os pacientes e uma maior segurança para ao cirurgião. A cirurgia piezoelétrica vem trazendo nas cirurgias ósseas um novo patamar principalmente nas reconstruções ósseas prévias, á colocação de implantes dentais. Com o objetivo de avaliar o pós-operatório das cirurgias realizadas com esta técnica.
- ItemAvaliação da arnica silvestre (floral de Saint germain) e da arnica montana (homeopatia) em periquitos australianos (melopsittacus undulatus)(UNISA, 2016) Silva, Camila AlvesA procura por pets não convencionais / silvestres e exóticos tem crescido no Brasil e no mundo. Entre coelhos, hamsters, tartarugas e peixes, as aves (psitacídeos de maneira geral) são as favoritas pelo potencial de interação ao seu proprietário. A interação homem–animal bem como o contato físico, emocional e social tem sido maior e mais frequente podendo ser capaz de gerar, em contrapartida, alterações de comportamento, estresse, doenças e até óbito. Para tratar a doença, sua origem ou até preveni-la surgiram às terapias complementares tais como florais, homeopatia, fitoterapia, reiki, acupuntura, entre outras, capazes de equilibrar o físico, comportamental e o ambiente do animal tratado.
- ItemAvaliação da eficácia do crataegus SP em cães com insuficiência cardíaca em estágio inicial(UNISA, 2019) Balbueno, Melina Castilho de SouzaA doença de valva mitral mixomatosa é a cardiopatia que mais acomete cães a partir de meia idade, chegando a uma prevalência de 75% dos casos de alterações cardíacas diagnosticadas na rotina clínica. Ocorre por uma degeneração da valva, que se torna insuficiente e consequentemente, há um remodelamento cardíaco, prejudicando o debito. As manifestações clínicas e o tratamento variam de acordo com a severidade da lesão. Na fase assintomática, em que o cão já apresenta aumento de átrio esquerdo, o início do tratamento é benéfico, com intuito de retardar a progressão da doença. Entretanto, alguns medicamentos alopáticos, além de serem de custos elevados, podem apresentar diversos efeitos colaterais, que causam malefício ao animal ou até mesmo, resultam em desistência do tratamento pelo proprietário. Visando prolongar o tempo máximo desta fase assintomática, é recomendada a medicina complementar, fitoterapia e homeopatia, ciências antigas e com eficácias comprovadas. Dentre diversos medicamentos naturais, encontra-se o Crataegus oxyacantha, reconhecido como medicamento cardíaco em diversas pesquisas. Embora, a terapia com a tintura mãe do Crataegus oxyacantha possa ser benéfica, há risco de reações adversas, diferenciando da homeopatia, onde este risco é minimizado pela administração de doses ultradiluídas e potencializadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do medicamento na fase inicial da insuficiência cardíaca, através da pressão arterial sistêmica, frequência cardíaca, fração de encurtamento, fração de ejeção, tempo de relaxamento isovolumétrico e exame hematológico e bioquímico (hematócrito, hemoglobina, plaquetas, TGP, creatinina, fosfatase alcalina e ureia). O estudo comparou 30 cães com DVMM em fase B2, de acordo com a classificação do Colégio Americano de Medicina Veterinária Interna, de diversas raças, ambos os sexos, com 7 anos de idade ou mais, que foram randomizados e divididos em grupos de 10 cães em cada: grupo homeopático, aqueles que recebiam Crataegus 6 cH, fitoterápico, Crataegus TM e placebo, recebiam solução hidroalcoólica. Os animais foram avaliados por exames ecodopplercardiográficos, hematológicos e bioquímicos e aferições de pressão arterial sistêmica na seleção do paciente, após um mês para monitorar se houve progressão da doença e iniciar o tratamento e com 30, 60, 90 e 120 dias após início da terapia para coleta de dados para análise estatística e monitoramento do estudo em cego. Nenhum dos grupos apresentou alterações em exames laboratoriais. Os cães que receberam Crataegus TM apresentaram redução da pressão arterial sistêmica e os que receberam Crataegus 6 cH a queda foi ainda mais significativa. Não houve alteração em frequência cardíaca e fração de ejeção em nenhum dos grupos durante o período do estudo. O grupo que recebeu Crataegus 6 cH apresentou aumento estatisticamente significativo na fração de encurtamento e no tempo de relaxamento isovolumétrico.
- ItemAvaliação da função ventricular esquerda por meio de ecocardiograma bidimensional e “speckle tracking” em cães com hiperadrenocorticismo espontâneo(UNISA, 2017) Francisco, RodrigoO hiperadrenocorticismo (HAC) é uma endocrinopatia caracterizada por concentrações persistentemente elevadas de cortisol na corrente sanguínea e manifestações clínicas diversificadas. Aproximadamente metade dos cães com HAC desenvolvem hipertensão arterial sistêmica (HAS) podendo evoluir para hipertrofia ventricular esquerda. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a função sistólica do ventrículo esquerdo em cães com HAC, por meio da ecodopplercardiografia bidimensional e speckle-tracking (2D-STE) correlacionando os achados ecocardiográficos com a presença de hipertensão arterial sistêmica e hipertrofia miocárdica do ventrículo esquerdo.
- ItemAvaliação da infecção in vitro de trypanosona thelieri e trypanosona theileri-like em monocamada de células embrionárias e rhipicephalus microplus (canestrini) (acari: ixodidae)(UNISA, 2019) Queiroz, Íngrid Braz de OliveiraOs tripanossomatídeos apresentam uma grande diversidade de hospedeiros, infectando animais invertebrados e vertebrados de praticamente todas as ordens. A espécie tipo do subgênero Megatrypanum é Trypanosoma theileri, que infecta bovídeos (domésticos e silvestres) e em búfalos, foi descrita a infecção por T. theileri-like. Têm como vetores naturais os tabanídeos voadores e hipoboscídeos. Os carrapatos são artrópodes ectoparasitas, hematófagos altamente especializados em se alimentar de mamíferos, pássaros, répteis e anfíbios. A família dos carrapatos ixodídeos é a mais importante economicamente no âmbito médico e veterinário. Rhipicephalus microplus é uma espécie de carrapato monoxeno que possui o bovino como principal hospedeiro. Foi realizada a avaliação do crescimento e diferenciação de T. theileri (CBT 114) e T. theileri-like (CBT 253) em monocamada de células embrionárias de R. microplus e em meio axênico L15. As formas amastigotas foram avaliadas pela microscopia de fluorescência com marcação de DAPI e faloidina e na microscopia eletrônica de transmissão. O cultivo de Trypanosoma theileri e T. theileri-like com células embrionárias de Rhipicephalus (Boophilus) microplus foi bem-sucedido, embora este carrapato não seja o vetor específico destes protozoários. A fim de confirmar o papel de R. (Boophilus) microplus como agente vetorial desses hematozoários, se faz necessário estabelecer a capacidade do carrapato em suportar o crescimento e multiplicação de Trypanosoma. Trypanosoma theileri e Trypanosoma theileri-like invadiram e permaneceram ativos nas culturas, propondo que possa haver a transmissão destes pelo carrapato R. microplus. O resultado do estudo realizado sobre estes protozoários em carrapatos, pode se tornar uma ferramenta para avaliação da adaptabilidade do hospedeiro invertebrado, bem como apresentar informações da relação parasita-hospedeiro, indo além da denominação de hospedeiro paratênico.
- ItemAvaliação da técnica de termografia por infravermelho para diagnóstico e acompanhamento clínico de alterações articulares crônicas em cães(UNISA, 2020) Henrique, Daniela Carvalho Ribeiro Loureiro dos SantosEsta pesquisa teve por objetivo a avaliação da termografia por infravermelho para o diagnóstico e acompanhamento clínico de alterações articulares crônicas em cães. Para o estudo, foram selecionados 31 animais, de diversas raças, pesos e idades, divididos em 2 grupos: cães hígidos (N=17) ou com Doença Articular Degenerativa (DAD; N=14). Todos os animais passaram por avaliação clínica que incluiu anamnese, exame físico geral e específico do sistema osteoarticular. Adicionalmente, exames complementares de imagem foram empregados para confirmação do diagnóstico definitivo no grupo de animais com DAD. Todos os cães foram submetidos à perimetria dos membros torácicos e pélvicos, goniometria das articulações úmero-radio-ulnares, rádio-cárpicas, fêmur-tibio-patelares e tíbio társicas, tanto em flexão quanto em extensão, além da análise termográfica de todas as articulações (FLIR® E40, EUA). Os dados gerados foram submetidos à análise estatística descritiva, além de análise de variância e teste de correlação para determinação das possíveis associações entre os achados do exame clínico ortopédico e os resultados do termograma articular. Não foram observadas variações significativas para a angulação dos membros torácicos comparados aos animais hígidos e portadores de DAD;, no entanto, a capacidade de flexão (P=0,0453) e extensão (P=0,0058) da articulação tíbio-társica direita e flexão da articulação tíbio-társica esquerda (P=0,0354) foram influenciadas pela existência de doença articular prévia. Não foram observadas diferenças significativas para a temperatura das diferentes articulações pesquisadas quando comparados os termogramas de animais hígidos e portadores de DAD, exceto para a mensuração termográfica da face cranial da articulação rádio-cárpica esquerda, que apresentou temperatura mais baixa (28,57±0,82) para animais com distúrbios articulares (p=0,0121) enquanto para animais saudáveis foi de 30,88±0,38. Frente aos achados, concluiu-se que a termografia por infravermelho não representou uma técnica eficiente para o diagnóstico e identificação de doenças articulares crônicas em cães.
- ItemAvaliação de diferentes protocolos anestésicos para prevenção do estresse e desconforto doloroso associados à eletroejaculação em caprinos(UNISA, 2020) Gelio, Leonardo AlmeidaA eletroejaculação (EE) corresponde a uma técnica que permite a coleta de sêmen de animais domésticos e selvagens, de forma independente à libido ou período de acasalamento de cada espécie. No entanto, o procedimento de EE provoca intensa contração muscular involuntária, esforço, vocalização e decúbito ocasionado pela estimulação aguda da inervação pélvica caudal, manifestações que representam importantes indicadores de desconforto doloroso e estresse animal. Nesse contexto, o objetivo do estudo foi avaliar dois protocolos de bloqueio anestésico local e duas vias de acesso à inervação da região pélvica como alternativas para redução do desconforto e estresse durante a eletrojeculação de caprinos. Para o estudo foram selecionados 7 reprodutores mestiços da raça Anglo-Nubiano. Todos os animais passaram por 5 grupos experimentais para coleta de sêmen: G1 (grupo controle), eletroejaculação convencional sem bloqueio anestésico local; G2, EE com bloqueio ventral da inervação pélvica utilizando cloridrato de lidocaína 2%; G3, eletroejaculação com bloqueio ventral da inervação pélvica, utilizando associação de cloridrato de lidocaína 2% e citrato de fentanila; G4, eletroejaculação com bloqueio da inervação pélvica através do acesso perineal, utilizando lidocaína 2%; G5, EE com bloqueio da inervação pélvica através do acesso perineal, utilizando associação de lidocaína 2% e citrato de fentanila. Todos os reprodutores passaram pelos 5 tratamentos e com 3 repetições para cada grupo experimental. As amostras espermáticas resultantes da eletroejaculação foram submetidas à análise subjetiva de cinética, morfologia e integridade de membrana plasmática. Antes e após a EE foram avaliadas a pressão arterial, frequência cardíaca (FC), respiratória (FR), além da coleta de amostras de sangue venoso para a quantificação dos níveis de cortisol plasmático e creatinina fosfoquinase (CPK). Como parâmetros comportamentais foi observada a ocorrência de ataxia, vocalização e alteração postural de todos animais após a eletroejaculação. Não foram observadas diferenças (P<0,05) para nenhum dos parâmetros de qualidade seminal, ataxia, vocalização, FC e para as concentrações de cortisol quando comparados os diferentes grupos experimentais. Foi necessário menor número de estímulos elétricos para resultar na ejaculação dos animais do G1, que apresentaram menor concentração de CPK plasmático em relação aos grupos tratados. No entanto, maiores valores para a pressão arterial média e diastólica foram associados a pacientes que não receberam bloqueio anestésico previamente à EE. Conclui-se que os bloqueios anestésicos da região pélvica utilizando cloridrato de lidocaína associado ou não ao citrato de fentanila não permitem redução expressiva da dor e desconforto associados à eletroejaculação de caprinos, resultando no aumento do tempo para obtenção dos ejaculados e do número médio de estímulos elétricos necessários para o desencadeamento do processo ejaculatório na espécie.
- ItemAvaliação de manejo pré-abate e bem-estar animal em bovinos abatidos em abatedouro frigorífico no estado de Minas Gerais, inspecionados e fiscalizados pelos serviços oficiais(UNISA, 2018) Botelho, Luís Flávio SilvaO Brasil é um importante produtor e consumidor de proteína de origem animal, ocupando o papel de principal fornecedor desta proteína dos dias atuais, sendo o maior exportador mundial de carne bovina e segundo maior produtor, e o Estado de Minas Gerais possui o segundo maior rebanho. O bem-estar animal é um termo presente nas sociedades humanas, e descreve uma qualidade potencialmente mensurável de um animal vivo em um determinado momento, visando a expressão natural de seu comportamento. O manejo pré-abate é um conjunto de operações de movimentação que deve ser realizado com o mínimo de excitação e desconforto e que tem início na propriedade rural. O objetivo deste trabalho foi conhecer a realidade dos abatedouros frigoríficos quanto às práticas de bem-estar animal, instalações físicas e manejo pré-abate. Para a realização da pesquisa, foi utilizado amostra por conveniência, sendo selecionado dez abatedouros frigoríficos com inspeção municipal, quarenta abatedouros frigoríficos submetidos à inspeção estadual e quarenta abatedouros frigoríficos submetidos à inspeção federal. Os resultados apontam que 64,5% dos estabelecimentos abatem bovinos de corte, sendo que em 45,2% dos abatedouros frigoríficos abatem fêmeas. Que 35,5% das empresas, abate menos que cinquenta animais por dia, e possuem colaboradores destinados às atividades de manejo pré-abate em quantidade insuficiente para o desempenho das operações. Que 74,2% dos abatedouros frigoríficos usam vara de choque elétrico para condução dos bovinos. Que não são todos os estabelecimentos que têm suas construções físicas em acordo com a legislação. Os resultados também mostram que 61,3% dos abatedouros frigoríficos realizam abates emergenciais sem avisar os fiscais para que acompanhassem as atividades. Um dos resultados mais críticos é a constatação que 54,8% dos abatedouros frigoríficos raramente realizam treinamentos com os colaboradores destinados ao manejo pré-abate. Mesmo diante das exigências legais sobre bem-estar animal, 54,9% dos abatedouros frigoríficos foram classificadas como regular, ruim ou péssimo quando considerada a implantação das técnicas bem-estar animal.
- ItemAvaliação de um sistema de monitorização portátil do retorno anestésico baseado em análise de movimento em caninos e felinos(UNISA, 2020) Checchinato, DanielA monitorização contínua de sinais vitais durante o período anestésico e sua recuperação é uma atividade de grande importância, uma vez que consegue aumentar a margem de segurança para o animal. O objetivo desse trabalho foi desenvolver e validar um sistema de monitorização portátil do retorno anestésico baseado em análise de movimento em pequenos animais por meio de um sistema via Wi-Fi de rápida aplicação e pouco dispendioso, para a aquisição digital de sinais vitais. O dispositivo utilizado foi constituído de um sistema BITalino R-IoT e conectado ao computador, via Wi-Fi. Após a colocação deste dispositivo no animal, procede-se à aquisição, em tempo real, e a análise dos sinais mensurados. Foram avaliados 12 animais, sendo 6 caninos pesando entre 5 a 20 kg e 6 felinos pesando 3 a 5 kg, com idade estimada de 6 meses a 3 anos e consideradas ASA I (Associação Americana de Anestesiologia). Os animais foram separados em 2 grupos (6 animais/grupo), sendo os grupos divididos grupo C (caninos) e o grupo F (felinos). Ambos os grupos seguem o protocolo de anestesia de rotina. Colocou-se um aparelho com fita em forma de coleira ao redor do pescoço, medindo as movimentações feitas no período de 1 minuto. Em cada animal foram feitas 5 medições, a primeira (M1) com o animal livre de qualquer fármaco, a segunda (M2) após 15 minutos da aplicação das medicações preanestésicas, a terceira (M3) realizado no momento da extubação, a quarta (M4) realizada após 30 minutos da extubação e a quinta e ultima (M5) após 120 minutos da extubação. Os resultados demostraram que os animais responderam de formas diferentes, iniciando no M1 na media de 662 pontos, caíram para 223 pontos em M2 (com a medicação pré anestesia) e retornando a sua normalidade ao M4 (120 minutos pós a extubação), sendo que somente o grupo dos felinos caíram mais na medicação pré anestésica (MPA) e tiveram uma excitação em M3 (após 30 minutos da extubação) maior do que antes da primeira medição se normalizando nos M5 (120 minutos após a extubação). Os dados obtidos demonstraram a capacidade do aparelho BITalino em detectar as variações, na movimentação e sinais vitais dos animais em questão; além de ser de fácil montagem e aplicação na rotina cirúrgica. As funções de avaliação de temperatura e ECG necessitam ser aprimoradas.
- ItemAvaliação do microagulhamento na terapêutica da alopecia x em cães da raça spitz alemão(UNISA, 2018) Baptista, Alexandre BastosA alopecia X é uma dermatopatia não inflamatória e não pruriginosa, de etiopatogenia desconhecida, que afeta principalmente cães da raça spitz alemão (lulu da Pomerânia). A doença caracteriza-se pela perda progressiva do pelame, poupando apenas a cabeça e membros em seus estádios mais avançados. A grande popularidade do spitz alemão, uma das raças de cães mais criada no Brasil, somada à elevada ocorrência da alopecia X nestes animais e ao sucesso apenas parcial dos tratamentos disponíveis, tornam prementes o desenvolvimento e avaliação de outras alternativas terapêuticas para esta enfermidade. Por estes motivos, o objetivo principal do presente estudo foi avaliar a eficácia do microagulhamento no tratamento da alopecia X. A casuística foi composta por 23 cães da raça spitz alemão, diagnosticados com alopecia X. Todos os animais foram submetidos à técnica mista de microagulhamento, desenvolvida para este estudo, utilizando-se o rolo dérmico (região truncal) e a caneta dérmica (regiões cervical e perineal, membros pélvicos e cauda). Um novo método, o DAX-sa, foi desenvolvido e utilizado para estimar de forma objetiva a resposta terapêutica ao microagulhamento. Os índices de recrescimento piloso obtidos com o microagulhamento neste estudo foram: Excelente Recrescimento (80 a 100% de recrescimento piloso) em 14 cães (61%); Bom Recrescimento (60 a 80%) em 3 cães (13%); Razoável Recrescimento (40 a 60%) em 3 cães (13%); Mínimo Recrescimento (0 a 40%) em 3 cães (13%). O microagulhamento foi eficaz em promover o recrescimento piloso nos casos de alopecia X com perda severa do pelame (>80%), em casos crônicos (com duração superior a 24 meses) e em casos já tratados anteriormente com trilostano e melatonina, sem resposta. Estes resultados demonstraram que o microagulhamento é uma opção terapêutica satisfatória nos casos de alopecia X em cães da raça spitz alemão, com um elevado índice de recrescimento piloso e, portanto, uma alternativa viável aos tratamentos hormonais convencionais.
- ItemAvaliação do papaver somniferum e arnica montana ultradiluídos na recuperação anestésica e analgesia pós-operatória em cadelas submetidas à ovario-histerectomia eletiva(UNISA, 2018) Travagin, David Ronald ParraA ovário-histerectomia é considerada o procedimento mais realizado na rotina cirúrgica veterinária, principalmente em cadelas. Esse procedimento é geralmente realizado com o paciente sob anestesia geral, que consiste na depressão reversível e controlada do sistema nervoso central, causando inconsciência e analgesia, com diminuição das funções sensoriais, motoras e autonômicas. O estímulo nociceptivo desse procedimento cirúrgico pode persistir no período pós-operatório por até 24 horas e é capaz de modificar o comportamento natural dos referidos pacientes. Aproximadamente 30% das mortes relacionadas à anestesia acontecem no período perianestésico, principalmente no período pós-anestésico. Fatores que prolongam o tempo de extubação e recuperação anestésica aumentam os riscos de mortalidade. Visto a importância do período de recuperação anestésica, o emprego de técnicas que permitam uma rápida e adequada recuperação é necessário para o aumento da segurança e bem-estar dos pacientes submetidos à anestesia geral. Objetivou-se avaliar os efeitos do uso do Papaver somniferum 200 cH e Arnica montana 30 cH na recuperação anestésica e na analgesia pós-operatória em cadelas submetidas à ovário-histerectomia eletiva. Foram avaliadas 40 cadelas, de diversas raças, pesando entre sete e 14 kg, com idade entre um e três anos, consideradas ASA I (Associação Americana de Anestesiologia, após exame físico e laboratorial. Foram divididas aleatória e igualmente em 4 grupos, o Arnica, o Papaver, o Solução hidroalcoólica 5% e o Solução fisiológica e receberam 4 gotas de cada tratamento, no período de 1 hora, de 10/10 minutos. Foi mensurado o tempo necessário para o retorno anestésico total (em minutos), bem como a duração da analgesia pós-operatória (em horas), utilizando-se a escala de Glasgow modificada. As frequências cardíaca, respiratória, pressão arterial sistólica e temperatura retal também foram avaliadas durante a recuperação anestésica. O estudo foi realizado em cego, e os códigos revelados após análise estatística. Os dados foram submetidos a ANOVA, seguida pelo teste de Tukey, considerando-se diferença significativa quando p<0,05. O grupo tratado com Papaver retornou da anestesia (41,0 ± 7,6 minutos) mais rápido que os demais: Arnica (65,8 ± 17,3 minutos), hidroalcoólico (68,8 ± 15,0 minutos) e solução fisiológica (55,3 ± 12,5 minutos), p≤0,05. O grupo Arnica necessitou de resgate analgésico mais tarde que os demais (17,8 ± 3,6 horas): Papaver (6,6 ± 0,9 horas), hidroalcoólico (5,1 ± 1,2 horas) e solução fisiológica (4,1 ± 0,9 horas), p≤0,05. Os demais parâmetros fisiológicos não apresentaram diferenças estatísticas entre si. Os resultados obtidos nesse trabalho corroboram com outros descritos na literatura. Conclui-se que o Papaver somniferum 200 cH é eficiente na aceleração do tempo de recuperação anestésica em cães e que a Arnica montana 30 cH pode ser uma alternativa no protocolo de controle de dor aguda nesses animais.
- ItemAvaliação reprodutiva de periquitos australianos padrão inglês (melopsittacus undulatus) em cativeiro com o uso de manejo nutricional(UNISA, 2016) Couto, Erica PereiraOs periquitos australianos (Melopsittacus undulatus) são considerados pelo IBAMA como animais domésticos. Suas necessidades nutricionais variam conforme a fase da vida e, na fase reprodutiva necessita-se de aproximadamente 12 a 15% de proteína bruta. Nesta fase o aumento da proteína na dieta se faz necessária, pois ocorre maior consumo de alguns aminoácidos uma semana antes da ovoposição, devido ao crescimento do oviduto e a produção do ovo propriamente dito. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação com proteína na forma de albumina ou na forma de aminoácidos sobre a reprodução dos periquitos australianos padrão inglês.
- ItemAvena sativa e echinacea angustifolia modificam padrões de eosinófilos em cães senescentes(UNISA, 2020) Bruno, FernandaO objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações hematológicas e bioquímicas de cães entre 8 e 15 anos de idade e a ação de medicamentos ultradiluídos. Além da idade, outro critério de escolha dos animais participantes da pesquisa foi que não estivessem sendo submetidos a nenhum tratamento alopático que pudesse interferir no presente estudo. Os animais passaram por anamnese e exame clínico e para a avaliação hematológica, primeiramente foram coletadas amostras sanguíneas, sendo armazenadas em tubos com conservantes EDTA e tubos com ativador de coágulo. Na sequência efetuadas dosagens glicêmicas através de aparelho destro Freestyle Neo Optimun® (Abbott, Irlanda). Foram avaliados valores de concentração de hemoglobina, volume globular, hematimetria, volumecorpuscular médio (VCM), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM), amplitude de variação dos eritrócitos [red cell distribution width (RDW)] e plaquetometria, determinados em contador automático de células modelo BC-2800 Vet®, Mindray, China. A contagem diferencial foi efetuada de forma manual através de microscopia ótica, em esfregaços sanguíneos corados pelo panótipo rápido. Foram realizados também os seguintes exames bioquímicos: Ureia, Creatinina, Glicose, Fosfatase Alcalina e Alanina Aminotransferase. As coletas foram realizadas com intervalo de 20 dias. Com um total de 4 coletas por animal, sendo duas antes do uso das edicações e duas após, respeitando o intervalo. Considerando que este estudo obteve amostras de 34 animais, para análise dos resultados, inicialmente os dados foram analisados descritivamente. Para as variáveis numéricas foram apresentadas média e desvio padrão. O tratamento estatístico seguiu com a utilização de testes paramétricos, que incluiu o teste t de Student para amostras independentes quando na comparação de 2 grupos, ou o teste ANOVA quando na comparação de 3 ou mais grupos. O teste Post-Hoc utilizado quando na comparação de 3 ou mais grupos foi de Bonferroni para amostras com variância iguais ou similares. O teste t de Student de amostras pareadas foi utilizado para se comparar os períodos [1.ª avaliação (baseline), 2.ª, 3.ª, e 4.ª avaliações]. Para todos os testes estatísticos foram utilizados um nível de significância de 5%. Como resultados foram obtidos a diminuição dos eosinófilos (p<0,02) e da creatinina (p<0,05), no decorrer das avaliações. Os demais parâmetros não apresentaram diferenciações entre o valor baseline e demais coletas (p≥0,05). Os animais embora idosos, estavam com parâmetros hematológicos dentro dos valores de referência conhecidos em literatura. No presente estudo houve a influência dos medicamentos Avena sativa e Echinacea angustifolia na redução dos valores médios de eosinófilos e de creatinina.
- ItemCaracterização epidemiológica, clínica, ultrassonografia e histopatológica dos incidentalomas adrenais em cães(UNISA, 2018) Sant’Anna, Isabella de MouraIncidentaloma adrenal é uma massa adrenal identificada ao acaso durante exames de imagem que não foram realizados devido à suspeita de doença adrenal. Na maioria das vezes, os incidentalomas são representados por adenomas adrenocorticais não funcionais, sendo considerados incidentalomas verdadeiros; mas também podem incluir tumores que necessitam de intervenção terapêutica ou cirúrgica, a exemplo do carcinoma adrenocortical, feocromocitoma, adenomas funcionais ou metástases. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os incidentalomas adrenais quanto aos aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais, hormonais, ultrassonográficos, bem como sua classificação histopatológica. Este trabalho constituiu em um estudo retrospectivo observacional de uma série de vinte casos obtidos a partir de prontuários clínicos de cães com incidentaloma adrenal submetidos à adrenalectomia, atendidos no serviço de endocrinologia da clínica NAYA Especialidades entre o período de 2015 a 2018. Os resultados encontrados apontaram uma maior ocorrência em fêmeas (75%), com idade média de 11 ± 1,68 anos. As raças mais acometidas foram o lhasa apso e o maltês, sendo o peso médio dos animais 12,45 ± 9,95 kg. Onze animais (55%) tiveram alterações laboratoriais, sendo a elevação da fosfatase alcalina a mais frequente. Em relação aos testes hormonais, todos os animais que foram submetidos ao teste de supressão com baixa dose de dexametasona tiveram resultados negativos e dois (10%) tiveram o teste de estimulação com ACTH positivo. As adrenais neoplásicas apresentaram comprimento entre 2,29 e 5,6 centímetros (média 3,20 ± 0,81 cm) e largura entre 1,03 e 7,3 centímetros (média 2,14 ± 1,33 cm). Em seis animais (30%) foi observada formação nodular isolada em um dos polos adrenais e os quatorze animais restantes (70%) apresentavam formação difusa na glândula adrenal. Quanto aos achados histopatológicos, os adenomas adrenocorticais tiveram características semelhantes aos dos carcinomas, como por exemplo, padrão de crescimento trabecular, citoplasma eosinofílico, pleomorfismo, hemorragia e necrose fibrinosa, além da presença de hematopoiese e vacuolização citoplasmática, que são frequentemente encontrados nos adenomas. A presença do índice mitótico foi o principal diferencial nos carcinomas. Os feocromocitomas apresentaram necrose tumoral, alta taxa mitótica e alta celularidade como marcadores de malignidade. Ao diagnóstico foram encontrados nove carcinomas adrenocorticais, sete adenomas e quatro feocromocitomas. Em conclusão, os incidentalomas acometeram principalmente fêmeas idosas de pequeno porte, e os carcinomas foram diagnosticados com maior frequência. Por este motivo, sugere-se que o tratamento cirúrgico dos tumores adrenais seja avaliado de forma criteriosa e indicado sempre que possível, visto à grande ocorrência de tumores malignos em animais aparentemente assintomáticos.
- ItemDetecção de leishmania SPP: em cães provenientes da zona sul de São Paulo(UNISA, 2017) Molla, Letícia MariaA Leishmaniose Visceral é uma doença sistêmica, de curso crônico e grave. É uma zoonose de grande importância em diversos países do mundo, causada nas Américas por um protozoário (Leishmania infantum chagasi) parasita intracelular obrigatório e transmitido ao homem e aos animais pela picada de flebotomíneos, sendo no Brasil Lutzomyia longipalpis a principal espécie vetora. Com o objetivo de detectar a presença de Leishmania spp. em regiões não endêmicas da cidade de São Paulo, foram coletadas e analisadas 153 amostras de sangue de cães de ambos os sexos, com idade a partir de 3 meses, com ou sem de raça definida e com ou sem sintomatologia clínica sugestiva da doença, animais estes participantes de campanha de esterilização cirúrgica eletiva promovida pelas subprefeituras regionais dos bairros do Grajaú e Ilha do Bororé em parceria com ONG (Organização NãoGovernamental).
- ItemDetecção de patógenos dos gêneros ehrlichia e babesia em cães capturados pelo centro de controle de zoonoses (CCZ) da cidade de Marabá (PA)(UNISA, 2019) Carioca, Ana Carolina FernandesOs animais domésticos e silvestres estão frequentemente expostos a diferentes espécies de carrapatos. O interesse nos carrapatos de animais domésticos tem aumentado principalmente por causa das doenças causadas pelos patógenos por eles transmitidos. De ocorrência mundial, a Erliquiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Ehrlichia canis. Considerada por muitos como uma das mais importantes doenças transmissíveis na clínica de pequenos animais. No Brasil, vem apresentando casuística crescente em hospitais e clínicas veterinárias. Já a babesisose canina é causada por hemoprotozoários do gênero Babesia que parasitam os eritrócitos. O principal vetor dos agentes patogênicos responsáveis por estas duas doenças, são carrapatos do grupo Rhipicephalus sanguineus. Tanto a erliquiose quanto a babesiose podem apresentar manifestações clínicas de fase aguda, subclínica e crônica, sem sinais específicos. No Estado do Pará, pode se dizer que não são conhecidos estudos sobre a ocorrência dos patógenos causadores destas duas doenças. O presente estudo teve como objetivo, investigar molecularmente cães capturados ou atendidos pelo Centro de Controle de Zoonoses deste município, para a presença de Ehrlichia e Babesia. Foram coletadas amostras sanguíneas de 94 cães, entre fêmeas e machos, em cinco dos seis distritos compreendidos pela cidade de Marabá, no período de julho a setembro de 2018. Os resultados mostraram que das 94 amostras testadas, três apresentaram positividade para E. canis e 23 para e B. canis vogeli, na detecção molecular pela PCR em tempo real. Embora o número de animais investigados tenha sido pequeno, frente a população canina do município, este estudo confirma a ocorrência destes dois patógenos nos cães do município de Marabá e alerta para a necessidade de estudos mais abrangentes sobre estes dois agentes, causadores de graves doenças nos cães.
- ItemDetecção molecular de hemoparasitos em cães com trombocitopenia provenientes da zona norte de São Paulo: manifestações clínicas e alterações laboratoriais(UNISA, 2019) Silva, Bruna Regina FiguraAs hemoparasitoses caninas são doenças transmitidas por artrópodes hematófagos e causadas por uma grande variedade de agentes. A espécie Anaplasma platys corresponde a parasitas intracelulares obrigatórias de plaquetas, principalmente em cães, sendo responsáveis pelo desenvolvimento de um quadro clínico denominado trombocitopenia cíclica canina. A babesiose canina é uma doença transmitida por carrapatos, causada por hematozoários do gênero Babesia, no qual a B. canis vogeli é a mais prevalente no Brasil. A erliquiose monocítica canina (EMC) no Brasil vem apresentando casuística crescente em hospitais e clínicas veterinárias, sendo considerada por muitos como uma das mais importantes doenças transmissíveis na clínica de pequenos animais. Outra enfermidade, pouco relatada, é a Hepatozoonose canina, causada pela ingestão do vetor infectado com o protozoário que atinge monócitos e neutrófilos do cão, levando à doenças com severidade variáveis. A Micoplasmose Canina é uma enfermidade pouco relatada, causada por bactérias que afetam os eritrócitos e que pode ser fatal em animais imunossuprimidos, esplenectomizados ou que apresentam co-infecções. Outra hemoparasitose importante em cães é a rangeliose ou nambyuvú (orelha que sangra), também conhecida como febre amarela dos cães ou peste do sangue, causada pela infecção por Rangelia vitalii. R. rickettsii é considerada a espécie mais patogênica entre as Rickettsias. A doença causada por essa bactéria é chamada de Febre maculosa das Montanhas Rochosas (RMSF) devido ao primeiro relatado ter ocorrido na região das Montanhas Rochosas nos EUA. No Brasil, é também conhecida como Febre Maculosa Brasileira e os carrapatos do gênero Amblyomma são os vetores. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência de hemoparasitos em cães apresentando trombocitopenia, assim como relacionar com manifestações clínicas e alterações laboratoriais. Foram selecionadas 115 amostras de cães trombocitopênicos atendidos em Hospital Veterinário particular da zona norte de São Paulo/SP, sendo processadas por PCR em tempo real. 43 amostras foram positivos para ao menos um patógeno: Hepatozoon spp. (11,3%), E. canis (6,08%), B. canis vogeli (6,08%) e A. platys (0,86%). Coinfecções também foram detectadas: B. canis vogeli e Hepatozoon spp. (7,82%); E. canis e Hepatozoon spp. (1,62%); A. platys, B. canis vogeli, E. canis e Hepatozoon spp. (0,86%); B. canis vogeli, Hepatozoon spp. e Mycoplasma spp (0,86%); B. canis vogeli, Hepatozoon spp. e R. vitalii (1,62%). As manifestações clínicas apresentadas foram sinais gastrointestinais, apatia, mucosas hipocoradas, hipertermia, perda de peso, sinais neurológicos, hematúria, alterações locomotoras, respiratórias, desidratação, linfadenopatias, hemorragias, icterícia, epistaxe e óbito. Em relação ao hematócrito, 33 apresentaram anemia, sendo 12 classificadas como leve; 16 (14,15%) moderadas; 3 (2,65%) severas e 2 (1,76%) muito severas. Das 115 amostras, onze (9,64%) apresentaram leucopenia, enquanto que em 31 amostras (27,43%) observou-se leucocitose. Houve diferença estatística entre os valores de hipertermia, icterícia, linfadenopatias, sinais locomotores e epist.
- ItemDiagnóstico sorológico e molecular de Leishmania infantum baseado no gene de Catepsina L-like de cães mantidos no Centro de Controle do Zoonoses do município de Marabá, Pará.(UNISA, 2020) Campolongo, Caio IzidoroAs espécies do gênero Leishmania são parasitas intracelulares obrigatórios, responsáveis por grave zoonose em todo o mundo, a leishmaniose. No Brasil, a espécie mais importante é Leishmania infantum, que tem como principal vetor o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Entre os hospedeiros estão mamíferos como canídeos silvestres e domésticos e os seres humanos. No meio urbano os cães domésticos são o principal reservatório do parasita, sendo que casos em cães precedem os casos humanos em uma região. No Brasil a região norte e nordeste do país são as que mais notificam casos de leishmaniose visceral em cães e humanos. Na região norte se destaca o estado do Pará, que vem apresentando mais casos da doença nos últimos anos, tendo o município de Marabá segundo maior número de casos de Leishmaniose visceral em humanos nos últimos anos. O trabalho foi realizado utilizando-se 400 amostras de sangue e soro de cães presentes e atendidos no Centro de Controle de Zoonoses do município de Marabá. As amostras obtidas foram testadas com o método de diagnóstico sorológico DPP, recomendado pelo Ministério da Saúde como método de triagem oficial, e diagnóstico molecular PCR, utilizando gene da Catepsina L-like, tendo melhor especificidade e sensibilidade que outros testes. A prevalência encontrada foi de 75,5 % (302/400) nos testes de pesquisa de anticorpos, representando um número de 302 animais e de 59,25% (237/400) no teste molecular, representando um número de 237 animais. Os resultados demonstram que o parasita Leishmania infantum se encontra amplamente distribuído na região de estudo.