O uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19 no Brasil
O uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19 no Brasil
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Data
2024
Autores
Mancusi, Giovanna Sabó
Silva, Isabela Guimarães da
Oliveira, Marcos Peterlini Pereira de
Azimovas, Mario Sérgio
Fliter, Sthephanie
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Editor
UNISA
Resumo
INTRODUÇÃO: No período entre 2020 e 2021, durante a pandemia de COVID-19 (doença do coronavírus 2019), muitos países utilizaram a telemedicina como forma de cuidar do paciente, sendo também utilizada no Brasil. No atual cenário de pandemia, a telemedicina pode complementar a prestação de serviços de saúde na ausência de atendimentos presenciais. Desde então, a telemedicina tem sido cada vez mais popular no atendimento de pacientes. No entanto, são necessários estudos para compreender os efeitos da entrega remota de abordagens de tratamento,
especialmente durante a pandemia no Brasil. METODOLOGIA: Estudo transversal. Participantes: Foram avaliados 324 adultos durante um ano consecutivo de pandemia de COVID-19, correspondentes aos anos de 2020 e 2021. Aplicou-se um questionário virtual, através da plataforma Google Forms. As variáveis coletadas foram: características antropométricas, necessidade de se consultar com um médico durante a pandemia de COVID-19, utilização da telemedicina durante o período pandêmico, entendimento sobre a telemedicina, sexo e faixa etária que utilizou esse atendimento, experiência, dificuldades e recomendação deste tipo de assistência médica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 314 indivíduos eram do estado de São Paulo e 265 de outros Estados do Brasil, sendo 67,3% mulheres e 32,7% homens que relataram necessidade de consulta médica durante a pandemia de COVID-19. Destas, 53,7% das mulheres relataram utilizar telemedicina em comparação com 46,3% dos homens. Os motivos de utilização da telemedicina foram a infecção por COVID-19 com 18,2% e a praticidade do atendimento em 27,5%, enquanto 13,6% não gostaram desse tipo de atendimento e 8,3% não tiveram acesso por meio do plano de saúde. 73,1% relataram saber o que é telemedicina, 24,1% relataram não saber como é esse atendimento e 2,8% relataram não saber. A experiência foi positiva para 88,6% das mulheres e 11,4% dos homens, sendo a faixa etária predominante entre 40 e 59 anos.
Um total de 35,8% relatou que a telemedicina superou expectativas e necessidades, enquanto 11,7% relataram que esperavam mais deste tipo de assistência e 1,9% não tiveram uma boa experiência. Em relação à dificuldade, 54,9% relataram dificuldade em acreditar no diagnóstico médico, 39,8% relataram não ter dificuldade, 3,9% dificuldade no uso do software de assistência, 1,4% dificuldade em confiar no sigilo das informações do médico. Na recomendação da telemedicina, 57,7% recomendamapenas para alguns tipos de atendimento, 23,8% recomendam sempre, 12,3% apenas durante a pandemia de COVID-19 e 6,2% não recomendam. CONCLUSÃO: Após um ano de pandemia da COVID-19 (2020-2021), com período de confinamento, a telemedicina mostrou-se de grande auxílio no estado de São Paulo, com maior utilização por mulheres em comparação aos homens, na faixa etária entre 40 e 59 anos, sendo o motivo predominante de atendimento a infecção por COVID-19 e a praticidade do atendimento. O conhecimento e a experiência com o atendimento por telemedicina foram relatados como positivos pelos pacientes, com exceção da dificuldade em acreditar no diagnóstico do médico no atendimento virtual, porém, recomendaram seu uso no atendimento clínico pela praticidade e agilidade do atendimento.
Descrição
Palavras-chave
Covid-19, Pandemia, Telemedicina, Pacientes
Citação
MANCUSI, Giovanna Sabó; SILVA, Isabela Guimarães da; OLIVEIRA, Marcos Peterlini Pereira de; AZIMOVAS, Mario Sérgio; FLITER, Sthephanie. O uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. Orientador: Leonardo Sokolnik de
Oliveira. 2024. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina) - Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2024.