Caracterização de Escherichia coli isoladas de fezes de animais de companhia

dc.contributor.authorFeitosa, Catherine Biondo
dc.date.issued2021
dc.description.abstractA domesticação de cães e gatos tornou a convivência do homem cada vez mais próxima e afetuosa com estes animais. Nos últimos anos, a forte interação da sociedade com os animais de companhia, faz com que a atenção á sanidade dos mesmos seja despercebida. Dentre as inúmeras doenças que merecem destaque, a colibacilose é uma doença infectocontagiosa que acomete inúmeras espécies de animais e o homem. Devido a sua importância, Escherichia coli é considerada uma das espécies mais estudada em medicina humana e veterinária. Embora seja um microrganismo comensal da microbiota entérica dos mamíferos domésticos, outros vertebrados e o homem, algumas amostras de E. coli apresentam diferentes mecanismos e fatores de virulência que alteram os processos celulares, tornando-se potencialmente patogênicas, essas linhagens são divididas em duas categorias: entéricas e extraentéricas. O uso arbitrário de antimicrobianos vem impactado diretamente no surgimento de bactérias resistentes. Neste contexto, a E. coli tem favorecido o aumento da resistência e multirresistência aos antimicrobianos, que podem ser responsáveis por falhas de tratamento em humanos e na medicina veterinária. Devido a sua versatilidade e potencial patogênico, a E. coli também afeta animais de companhia, levando a desordens entéricas e geniturinárias. O estreito vínculo entre animais de companhia e seres humanos propiciam a possibilidade de compartilhamento de microrganismos entre as espécies, e, desta forma, vem se discutindo o papel do animal de estimação como sentinelas de resistência no ecossistema humano, podendo adquirir ou compartilhar para o homem E. coli patogênicas ou multirresistentes a antimicrobianos. O objetivo desde trabalho foi caracterizar isolados de E. coli provenientes de amostras de fezes de cães e gatos, enviadas para coproparasitológico a um laboratório particular na cidade de Botucatu-SP. Após o isolamento e identificação, foi realizado a caracterização dos fatores de virulência das amostras e submetidas ao teste de susceptibilidade bacteriana e teste de aproximação dos discos (Double-Disk Screening”) para a triagem de E. coli com beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Foram analisados 102 isolados de E. coli provenientes de cães e gatos, desses 30,4% (31/102) pertenciam ao filogrupo A, 25,5% (26/102) pertenciam ao filogrupo B2, 18,6% (19/102) ao F, 15,7% (16/102) ao filogrupo D, 3,9% ao B1 (4/102) e C (4/102) e 2% (2/102) ao E. Diante disso, de acordo com os resultados apresentados, conclui-se que, foi possível detectar isolados de E. 9 coli dos patotipos STEC (E. coli shigatoxigênica) e EHEC (E. coli entero-hemorrágica) com diferentes perfis fenotípicos de resistência e de filogrupos distintos. O encontro de isolados multirresistentes, com perfil de betalactamase estendida e isolados multirresistentes, inclusive ao ertapenem em amostras enviadas para diagnóstico coproparasitológico servem de alerta para uma melhor condução no uso de antibióticos e um lembrete aos técnicos e veterinários que fazem o coproparasitológico que mantenham as medidas de biossegurança e de higiene pessoal.
dc.identifier.citationFEITOSA, Catherine Biondo. Caracterização de Escherichia coli isoladas de fezes de animais de companhia. 2021. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária e Bem Estar Animal) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2021.
dc.identifier.urihttp://dspace.unisa.br/handle/123456789/881
dc.language.isopt
dc.publisherUNISA
dc.subjectEscherichia Colipt
dc.subjectResistência Antimicrobianapt
dc.subjectAnimais de companhiapt
dc.titleCaracterização de Escherichia coli isoladas de fezes de animais de companhia
dc.typeDissertação
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