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As espécies do gênero Leishmania são parasitas intracelulares obrigatórios,
responsáveis por grave zoonose em todo o mundo, a leishmaniose. No Brasil, a
espécie mais importante é Leishmania infantum, que tem como principal vetor o
flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Entre os hospedeiros estão mamíferos como
canídeos silvestres e domésticos e os seres humanos. No meio urbano os cães
domésticos são o principal reservatório do parasita, sendo que casos em cães
precedem os casos humanos em uma região. No Brasil a região norte e nordeste do
país são as que mais notificam casos de leishmaniose visceral em cães e humanos.
Na região norte se destaca o estado do Pará, que vem apresentando mais casos da
doença nos últimos anos, tendo o município de Marabá segundo maior número de
casos de Leishmaniose visceral em humanos nos últimos anos. O trabalho foi
realizado utilizando-se 400 amostras de sangue e soro de cães presentes e atendidos
no Centro de Controle de Zoonoses do município de Marabá. As amostras obtidas
foram testadas com o método de diagnóstico sorológico DPP, recomendado pelo
Ministério da Saúde como método de triagem oficial, e diagnóstico molecular PCR,
utilizando gene da Catepsina L-like, tendo melhor especificidade e sensibilidade que
outros testes. A prevalência encontrada foi de 75,5 % (302/400) nos testes de
pesquisa de anticorpos, representando um número de 302 animais e de 59,25%
(237/400) no teste molecular, representando um número de 237 animais. Os
resultados demonstram que o parasita Leishmania infantum se encontra amplamente
distribuído na região de estudo. |
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