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O tratamento de mal oclusão do tipo II e III, por vezes exige a realização de cirurgia
ortognática. Tal terapêutica é capaz de corrigir deficiências dento-esqueléticas,
restabelecer a harmonia facial e a oclusão, mas também capazes de influenciar
diretamente a anatomia das vias aéreas superiores (VAS). O objetivo deste estudo
observacional tipo coorte foi avaliar tridimensionalmente (3D) o volume e área mínima
axial das VAS após 30 dias dos procedimentos cirúrgicos ortognáticos realizados em
maxila, mandíbula e mento em pacientes com mal oclusão tipo II e III. Por meio de
análise das tomografias computadorizadas (TC) de pacientes submetidos à cirurgia bi
maxilar com planejamento virtual, foram avaliados os momentos pré-operatório (T1) e
pós-operatório de até 30 dias (T2), por meio do software Dolphin Imaging®. A amostra
foi proveniente da análise dos prontuários clínicos de pacientes submetidos à cirurgia
entre os anos de 2017 e 2019. Entre os 50 prontuários analisados, 16 foram excluídos
da pesquisa por não preencherem os critérios de elegibilidade, ou por problemas
decorrentes na leitura do software. Dos elegíveis, foram realizadas as mensurações de:
volume total e área axial mínima da via aérea superior. Como variáveis independentes
foram considerados: o tipo de movimento cirúrgico realizado, o gênero e o tipo de
deformidade, respeitando os critérios de exclusão definidos. Os pacientes submetidos
à cirurgia ortognática para classe II apresentaram diferença significativa após a
execução da terapêutica cirúrgica com aumento dos valores em área total e área mínima
axial, diferente dos pacientes classe III, os quais não apresentaram diferença
significativa (p£0.05). Estudos 3D são importantes para confirmar os resultados
observados por meio de ferramentas bidimensionais (2D), uma vez que faltam
evidências sobre as alterações de volume das VAS após a cirurgia ortognática. Os
pacientes de classe II tiveram um aumento significativo do volume total da VAS,
diferente dos de classe III que não apresentam mudança significativa, apesar do
movimento de recuo mandibular. |
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