Perfil demográfico, clínico-obstétrico e aerobico de grávidas hospitalizadas com diabetes mellitus gestacional

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Data
2017
Autores
Reis, Glaucia Aparecida dos
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Editor
UNISA
Resumo
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é caracterizada como qualquer grau de intolerância à glicose, com início durante o período gestacional. É considerado um problema de saúde pública em decorrência da mortalidade e morbidade materna e do recém-nascido, além dos elevados custos econômicos e sociais nos níveis terciários de assistência. A prática de atividade física, especificamente a caminhada, é um dos recursos do tratamento clinico habitualmente indicado para melhor controle da glicemia e da qualidade de vida da gestante. Porém, poucos estudos evidenciam o perfil sociodemográfico, clinico, obstétrico e aeróbico de grávidas com DMG em período de hospitalização, para que se possa elaborar um programa de atividade física adequada. Objetivo: verificar o perfil sociodemográfico, clinico, obstétrico e aeróbico de grávidas com DMG hospitalizadas. Métodos: Estudo observacional, prospectivo e descritivo com alocação por conveniência. O grupo foi composto por 20 grávidas hospitalizadas com DMG em um hospital público municipal da cidade de São Paulo. Foram colhidos dos prontuários os dados necessários para o desenvolvimento deste estudo. Todas as gestantes foram avaliadas quanto à altura e peso corporal para o cálculo do IMC e questionadas quanto à presença de dor nos Membros Inferiores, mensurada pela escala visual analógica - EVA e classificada quanto ao tipo, e também questionadas quanto ao peso corporal anterior à gravidez. A análise estatística dos dados foi feita por análise inferencial, por meio de média, mediana, desvio padrão e percentual dos dados adquiridos. Resultados: Os resultados do estudo apontam que o perfil sóciodemográfico das grávidas com DMG apresenta características antropométricas de maior sobrepeso e elevado percentual de sedentarismo, a escolaridade voltada para o ensino fundamental e médio, a prevalência na cor permaneceu branca e parda. Quanto ao estado civil, predominou a união estável e o casamento, e as profissões foram variadas, porém permaneceram com maior prevalência as do lar e as de auxiliares de serviços gerais, quanto ao encaminhamento para atendimento e internação hospitalar pode-se observar que foram provenientes de 20 UBS distintas. Em relação ao tempo de hospitalização pode-se observar um maior tempo na primeira internação, em média de 7,3 dias e uma média em torno de 5,8 reinternações. Considerando a primeira internação e as reinternações, as gestantes permaneceram em média 23 dias hospitalizadas. A idade gestacional variou de 26 à 37 semanas, apresentando uma média de 29,9, o motivo da internação foi o controle glicêmico. A glicemia mostrou-se aumentada na primeira internação em relação à glicemia da alta hospitalar para todas as mensurações realizadas. Em relação à administração de insulina, observou-se um aumento tanto na dosagem quanto no número de doses da primeira em relação a ultima internação. A dor nos MMII foi classificada em 30% (intensa). O teste de caminhada de 6 minutos mostrou aumento tanto da frequência cardíaca quanto da pressão arterial sistêmica ao final do teste e em relação à distância percorrida em metros observou-se uma redução na distância percorrida. Conclusão: As gestantes com DMG apresentam sobrepeso e elevado percentual de sedentarismo, um perfil de escolaridade baixo, longo período de hospitalização sendo o tempo da primeira internação significativamente maior que a ultima e frequentes reinternações por descontrole da glicemia e baixo condicionamento aeróbico.
Descrição
Palavras-chave
Diabetes mellitus, Gestante, Macha
Citação
REIS, G. A. Perfil demográfico, clínico-obstétrico e aerobico de grávidas hospitalizadas com diabetes mellitus gestacional. 2017. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2017.