Abstract:
Esta pesquisa está voltada à questão do pensar a dinâmica do corpo e sua concepção sócio cultural e as implicações de tais questões na sociedade. O corpo observado como produção histórica ideologicamente formatada e as visões sociais sobre este, produzindo estereótipos de beleza pouco embasados numa lógica de eficiência biológica. Desse enfoque sobre o corpo e a concepção deste, se traduz um diálogo entre diversas áreas do conhecimento em um olhar interdisciplinar onde a antropologia, história, sociologia e filosofia nos fornecem subsídios para analisar tema tão complexo. O problema de pesquisa nos levou ao seguinte questionamento: qual a relação entre a concepção de corpo veiculada pela Indústria Cultural e a educação do corpo na sociedade contemporânea e qual o papel do professor de Educação Física neste contexto? Como objetivo geral, está analisar de que forma as imagens corporais veiculadas pela indústria cultural impressa (revistas), especificamente a Revista Marie Claire, acarretam em si um fator preponderante na educação do corpo dos sujeitos, veiculando e reforçando uma determinada concepção de corpo contrária a emancipação do sujeito. Utilizamos o estudo documental, do tipo qualitativo/explicativo, ou seja, uma pesquisa de campo em que realizamos uma análise qualitativa de imagens veiculadas nas revistas Marie Claire, editadas no Brasil entre os anos de 2012 e 2017. Foi realizada a análise de conteúdo e imagética de imagens inseridas nas revistas (tanto na capa quanto em seu interior) para captar a concepção e educação de corpo que a mesma vincula e que acaba educando os sujeitos de determinada maneira. O trabalho foi elaborado em três Capítulos, onde houve uma preocupação de compreendemos que o corpo, ao longo da história, foi dominado de maneira oculta por saberes sociais que o limitaram e cercearam seus direitos em relação a uma construção corporal, no capítulo II entendemos que os discursos da Indústria Cultual acabam por realizar mecanismos de produção da cultura em massa em geral e da cultura do corpo. No capítulo III percebemos pela análise das capas e conteúdos internos da revista Marie Claire, que o corpo mostrado repetidamente em uma padronização onde as imagens se compõem como uma lógica de dominação oculta, baseada em saberes historicamente construído sobre o corpo.
